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18 Novembro 2025
Tópico: Liberdades
A crise no Magrebe. Mão estrangeira e males próprios
Manuel Raposo — 10 Setembro 2021

O corte de relações diplomáticas, em final de agosto, entre a Argélia e Marrocos inquietou a Europa — particularmente, Espanha e Portugal — não tanto pelo conflito em si, mas por poder causar problemas ao fornecimento de gás natural vindo da Argélia, uma vez que um dos principais gasodutos atravessa território marroquino. Sossegados os espíritos com a garantia da Argélia de que o abastecimento não terá quebras, é natural que o assunto seja ignorado pelos meios de comunicação e as suas razões políticas reduzidas a mais uma briga entre árabes “que não se entendem”.
Ponto de mira
Para lá da cortina de fumo
Editor — 19 Agosto 2021
Uma barragem de propaganda, nos limites do ridículo, acompanha as notícias sobre o Afeganistão. Os motes são fáceis de identificar: a sorte das mulheres (“e raparigas”, como disse o cuidadoso Guterres), a violência sobre os colaboradores do regime deposto, o perigo de um novo santuário de terrorismo internacional, o risco de mais uma maré de refugiados sobre a Europa. Em vago, tudo é possível — mas, em concreto, nenhum sinal aponta nesse sentido. Pelo contrário, os testemunhos vindos de quem avalia a situação no próprio terreno, sem ter propósitos de servir a agenda ideológica do Ocidente, mostram mesmo surpresa por tamanha mudança se passar em tão boa ordem.
O irresistível avanço taliban, ou a intrigante popularidade do terror
António Louçã — 14 Agosto 2021

Os taliban são uma corrente político-religiosa obscurantista, reaccionária e misógina. Após décadas a fio de guerras, ocupações e ditaduras, o povo afegão irá entrar agora em mais um capítulo sombrio da sua história. Com a experiência acumulada, a grande maioria sabe certamente o que a espera. Como podem então os taliban gozar de um apoio popular tão forte que lhes permitiu vencer as maiores potências do mundo?
Homenagem a Otelo Saraiva de Carvalho
Manuel Raposo — 28 Julho 2021

A bitola para avaliar politicamente os militares do 25 de Abril (como qualquer outra pessoa) não é a posição que eles tomaram acerca do derrube da ditadura naquela madrugada de 1974. Sobre isso houve um largo “consenso nacional” que ainda hoje perdura no essencial: a ditadura estava podre e acabada e a guerra colonial perdida. A boa bitola é a posição perante o movimento popular que irrompeu logo a seguir ao golpe militar, que surpreendeu os próprios militares e subverteu o país de norte a sul. Foi esse o revelador que fez ver que nem todos os gatos eram pardos.
A explosão social na América Latina
Manuel Raposo — 29 Junho 2021

A agitação social e política na América Latina nos anos 2019 e 2020, especialmente antes do desencadear da pandemia, trouxe para as ruas milhões de pessoas reclamando mudanças políticas e melhores condições de vida. No final de 2019, todo o Continente esteve em ebulição praticamente simultânea. Foi a maior turbulência das últimas décadas, marcada não só por manifestações pacíficas mas também por forte repressão militar e policial a que os manifestantes responderam com violentos confrontos com as forças do poder. Centenas de mortos e milhares de feridos não chegaram para calar os protestos.
Reflexos lusitanos da nova Guerra Fria
Manuel Raposo — 21 Junho 2021

A entrega, pela Câmara Municipal de Lisboa, de uma lista nomes de manifestantes oposicionistas à embaixada da Federação Russa gerou uma novela que vale a pena desdobrar em dois ou três capítulos.
O primeiro deles consiste no facto — agora óbvio, mas desconhecido da generalidade dos cidadãos — de que as Câmaras Municipais estão incumbidas de proceder as estas denúncias por sistema. Tal prática, que estava cometida aos extintos Governos Civis (de má memória), terá passado de mansinho para as autarquias, sem que ninguém pusesse o procedimento em causa. Ou seja, este tipo de denúncia é um automatismo que o nosso democratíssimo regime acha normal.
Ponto de mira
Contra a corrente
Editor — 9 Junho 2021
A comunicação social nacional é hoje detida, como se sabe, por três ou quatro grandes grupos empresariais com raízes em várias áreas de negócios. A pressão exercida por tais monopólios sobre os conteúdos informativos é esmagadora — para os profissionais, mas sobretudo para o público.
Quem está do lado de cá dos jornais, das televisões ou das rádios não conhece os bastidores onde tudo se decide. Mas apercebe-se da parcialidade das notícias, da preferência dada a comentadores situacionistas, da colocação em lugares de destaque dos “colaboradores” mais fiéis, da omissão programada do que verdadeiramente diz respeito à vida colectiva, do país ou do mundo, e que poderia contribuir para mudar-lhe o rumo.
Os pioneiros da moderna pirataria aérea
Urbano de Campos — 30 Maio 2021

O desvio do avião da Ryanair pelas autoridades da Bielorrússia e a prisão de um opositor do regime que ia a bordo foi, acima de tudo, um gesto de estupidez política cujas consequências talvez não tenham sido inteiramente calculadas pelo regime de Lukashenko. Mas o alarido que os meios políticos e jornalísticos ocidentais têm feito sobre o assunto não passa a ser, lá por isso, uma defesa de regras e de direitos consagrados internacionalmente, como pretendem os governos dos EUA e da Europa. Pelo contrário, os seus protestos indignados têm todos os ingredientes da mais rotunda hipocrisia.
Saara Ocidental, última colónia africana
Editor / Associação de Amizade Portugal-Sahara Ocidental — 21 Maio 2021

As notícias, aparentemente inesperadas, de milhares de marroquinos a passarem a salto para Ceuta com a evidente colaboração das autoridades de Marrocos, trouxe para primeiro plano uma questão demasiado esquecida: a colonização do Saara Ocidental pelo reino de Marrocos. O pretexto para a invasão de Ceuta foi o facto de as autoridades espanholas terem recebido, para tratamento médico, um líder da Frente Polisário, a qual luta há 46 anos pela independência do território sem que Marrocos respeite as determinações das Nações Unidas sobre o caso — à imagem do que Israel faz, impunemente, com os direitos da Palestina.
Ponto de mira
Os criminosos e os cúmplices
Editor — 16 Maio 2021
Os crimes de Israel estão à vista e são conhecidos: ataques sem conta aos civis palestinos, assassinatos selectivos de dirigentes, roubo de território, redução da população da Palestina à fome, política de conflito permanente no Médio Oriente, acções militares contra povos vizinhos. Tudo isto somado às piores práticas aprendidas do colonialismo e do nazismo — de que a propaganda sionista tanto se faz vítima como cobertura para os seus actos.