Tópico: Mundo

Irão: serviço combinado Trump-Netanyahu

Manuel Raposo — 14 Junho 2025

O entendimento de Netanyahu com Trump não é apenas sobre Gaza e a Palestina, mas sobre todo o Médio Oriente

Uma vez mais, o “direito de defesa” concedido a Israel pelo Ocidente imperialista revela o que é na realidade:  o direito ao terror de Estado, ao assassinato selectivo, ao massacre de populações civis, à violação do direito internacional e humanitário e à impunidade diante das instituições internacionais.

Quando concedido a respeito de Gaza, a pretexto dos ataques de 7 de outubro, resultou em 60 mil mortos e centenas de milhares de feridos, levou à destruição física completa de um território habitado por mais de dois milhões de pessoas, permitiu o uso da fome como arma de guerra, conduziu ao genocídio e à limpeza étnica assumidos com todas as letras.


Uma admissão pública da degradação moral do Ocidente

Editor / Roger Waters — 20 Maio 2025

“Ou aceitam os nossos planos de roubar a vossa terra e construir um campo de golfe ou matamo-vos”.

Roger Waters, compositor e músico inglês que integrou os Pink Floyd, tem sido uma das vozes mais sonoras pela causa da Palestina. Na sua denúncia dos crimes israelitas não poupa palavras: Israel é um estado pária, protegido pelos EUA, que comete, à vista de todos, descarados crimes de guerra, genocídio, limpeza étnica, em mais de 75 anos de existência.

Na mensagem em vídeo que transcrevemos, Waters apela de forma vigorosa à luta pela causa palestina. “Por nossa parte”, garante, “não seremos silenciados, este coro é um coro global e não nos vamos embora”.


A derrocada do Ocidente

Editor / O Comuneiro — 22 Abril 2025

1 de outubro de 1949, Praça Tienanmen. Mao Tsetung proclama a República Popular da China

A agitação que, visivelmente, abala o mundo tem raízes fundas. Uma, é a derrota do Ocidente na Ucrânia, implicitamente reconhecida pelo principal promotor da guerra, os EUA. Outra, mais determinante ainda, é a decadência que, vinda de dentro, fruto de um capitalismo caduco, mina a hegemonia, aparentemente imbatível, que o imperialismo até há pouco exerceu sobre o mundo.


Uma visão russa da viragem operada nos EUA

Editor / Dmitry Trenin — 27 Março 2025

O Ocidente, tal como o conhecíamos, desapareceu

O texto que reproduzimos, originalmente publicado na revista russa Profil e em Russia Today, tem o interesse de mostrar o pensamento que norteia a elite dirigente da Rússia em face da viragem operada pelo governo Trump. Um compreensível tom de optimismo sobressai dos argumentos de Dmitry Trenin: a vitória militar, a resistência económica, a unidade política interna da Federação Russa e o alargamento dos seus apoios externos estão de facto na base da mudança operada nos EUA. Mas não há propriamente triunfalismo nas palavras de Trenin, por boas razões.


O tamanho da derrota 

Manuel Raposo — 4 Março 2025

Tratados como inúteis pela nova gerência de Washington

Os políticos europeus que apostaram tudo na guerra da Ucrânia, na cauda dos EUA, entraram em completo desnorte com a viragem personificada por Donald Trump. Chefes de governo e comentadores de serviço insinuam que uma espécie de loucura atinge a nova administração norte-americana, não excluindo alguns – entre os mais apatetados, claro – a hipótese desesperada de Trump ser um agente de Putin…


EUA, UE: a guerra como sobrevida

Manuel Raposo — 8 Fevereiro 2025

Mentalidade de guerra, gastos militares acrescidos, perda de condições de vida. É esse o programa

O mesmo indivíduo que um dia acusou os portugueses de esbanjarem os subsídios da União Europeia “em mulheres e vinho”, veio há pouco exigir que os gastos militares do país (como de todos os membros da NATO) passem de 2% para 5% do PIB. Disse mesmo, sem qualquer rebuço, com a soberba de um colonizador, que esse acréscimo de despesa deveria ser conseguido à custa das pensões, da saúde pública e da educação. O personagem, Mark Rutte (*), era então primeiro-ministro da Holanda e é agora secretário-geral da NATO.


Uma segunda vaga de revoluções africanas?

Editor / Alex Anfruns, Workers World — 24 Janeiro 2025

A França tem de ir embora. Manifestação popular no Níger

No ano passado, num prazo de poucos meses, uma sucessão de quedas de regimes políticos na região africana do Sahel – no Níger, no Burkina Faso e no Mali –  alterou os equilíbrios de poder que vinham dos tempos coloniais. Por terem sido fruto de golpes de estado conduzidos por militares, os novos regimes instaurados poderiam parecer mais uma mudança de mãos do poder sem benefícios para os países e as suas populações. As medidas políticas postas em prática, porém, desmentem essa ideia.


As voltas da Pax Americana

Editor / Kirill Strelnikov — 31 Dezembro 2024

Fuga do país e quebra da natalidade: desde 2022, a população da Ucrânia diminuiu em mais de 10 milhões de pessoas, um quarto do total

A conversa sobre a necessidade de cessar fogo na Ucrânia que os meios ocidentais promovem desde a eleição de Trump tem a ver com uma realidade muito concreta que se impõe mesmo aos olhos dos mais fanáticos belicistas: a guerra está perdida para o Ocidente no plano militar. A isto soma-se o facto de a Rússia não ter sido derrotada pelas sanções económicas e não ter ficado politicamente isolada, longe disso, do resto do mundo. Os planos do imperialismo norte-americano e dos seus serviçais europeus – que apostavam no desgaste militar, no colapso económico e na ostracização política da Rússia – saíram, portanto, furados.


Amesterdão: fascismo e sionismo de mãos dadas

Editor / Anis Raiss — 18 Novembro 2024

Amesterdão. Polícia tenta arrancar bandeira da Palestina das mãos de uma manifestante.

Os desordeiros israelitas que tumultuaram Amesterdão em 6 e 7 de novembro, foram rapidamente tratados pelos meios ocidentais como vítimas de antissemitismo. Protegidos pela Mossad, que os acompanhou desde a chegada à cidade, acharam que podiam impor a sua lei terrorista rasgando bandeiras palestinas, entoando cânticos racistas e agredindo cidadãos árabes. Sentiram-se, num primeiro momento, capazes de transpor para solo holandês o que o seu governo e as suas forças armadas fazem impunemente na Palestina. Enganaram-se: a resposta rápida e musculada dos cidadãos de Amesterdão deu-lhes uma lição que lhes vai seguramente ficar marcada na memória e no corpo.


Quem insiste em apoiar o Ocidente…

Editor / O Comuneiro — 31 Outubro 2024

O genocídio não é uma doença de Israel, mas de todo o império ocidental, de que Netanyahu é, nesta hora, herói e paladino supremo

Quem insiste em apoiar o Ocidente na sua luta existencial deve saber que está a apoiar a guerra permanente, o fascismo, o genocídio e, em última instância, a extinção da humanidade. Estas palavras, da introdução ao número de outubro da revista O Comuneiro, abrem caminho a um conjunto de artigos que vão desde a abordagem das características do imperialismo na sua fase contemporânea até à história da violência e da desigualdade a que as mulheres têm sido submetidas.


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