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22 Março 2023
Tópico: Mundo
Iraque: o que mudou em 20 anos
Manuel Raposo — 22 Março 2023

A invasão do Iraque iniciada a 19 de março de 2003 foi evocada com um certo incómodo por parte das forças que a promoveram e a apoiaram. Com efeito, a mentira, rapidamente desfeita, acerca das armas de destruição massiva (ADM) — que foi o argumento definitivo usado por norte-americanos e britânicos para justificar o ataque — não deixa margem para dúvida acerca da montagem então praticada para enganar a opinião pública. As torturas praticadas na prisão de Abu Ghraib e o arbítrio de Guantânamo, que dura até hoje, completam o quadro da acção “libertadora” e “democratizadora” levada a cabo pelos EUA.
A Comuna: viva há 152 anos
Editor — 18 Março 2023

Em 18 de março de 1871, o povo de Paris tomou conta do poder. Respondeu assim à derrota sofrida pela França na guerra com a Prússia, iniciada um ano antes, na qual Napoleão III tinha envolvido o país. A guerra imperialista franco-prussiana transformou-se em guerra civil; o proletariado apontou armas à burguesia e ao poder da Terceira República.
A exploração de trabalho infantil nos EUA
Editor / Workers World — 17 Março 2023

Como a base da civilização é a exploração de uma classe por outra classe, alertava Friedrich Engels em 1884, cada progresso da produção é simultaneamente um retrocesso na situação da classe oprimida. Poderia pensar-se que, século e meio volvido, tal drama tivesse sido ultrapassado e que o “crescimento económico” proporcionasse óbvio bem-estar às populações colocadas na senda do “progresso”. O dia a dia dos trabalhadores de hoje, em todos os cantos do planeta, desmente tal ideia. Mas a denúncia recente de exploração de mão-de-obra infantil nos EUA vem dar ao caso uma outra dimensão.
Mulheres de todo o mundo, uni-vos!
Editor — 8 Março 2023
No ano passado, de janeiro a novembro, foram assassinadas em Portugal 28 mulheres, 25 delas em contexto familiar ou de intimidade. Nas tarefas domésticas, as mulheres portuguesas arcam com 87% do tempo e os homens 12%. A taxa de pobreza e de desemprego é maior entre as mulheres. (Dados da UMAR e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, 2022)
Ponto de mira
A liberdade não está a passar por aqui
Editor — 20 Fevereiro 2023
O presidente da República não achou melhor maneira de marcar o primeiro aniversário da guerra na Ucrânia do que condecorar o seu colega Zelensky com o Grande-Colar da Ordem da Liberdade.
Não nos devemos espantar. Um regime que assinalou recentemente a morte de Adriano Moreira como se ele tivesse sido um dos maiores vultos da política nacional — sem dizer uma sílaba sequer sobre o seu passado colonialista e fascista, nunca retractado — um regime assim define-se a si mesmo, e dele se pode esperar tudo.
O que nos dizem as sondagens sobre a guerra
Urbano de Campos — 12 Fevereiro 2023

Sondagens de opinião feitas ao longo do ano passado desmentem que a população europeia esteja de alma e coração com a política da UE e da Nato a respeito da Ucrânia, como a monocórdica e esmagadora propaganda oficial pretende fazer crer. Ao contrário, revelam uma percentagem muito significativa de pessoas que se manifestam pelo fim rápido da guerra, mesmo que a Ucrânia tenha de ceder território. Esta posição tende a aumentar com o agravamento dos efeitos económicos do conflito e das sanções, e ganha maior expressão sobretudo entre as classes sociais com menores rendimentos.
Até quando a guerra vai ser tabu?
Manuel Raposo — 3 Fevereiro 2023

Dezenas de jornalistas e opinadores gastaram horas de comentários sobre a recente entrevista televisiva do primeiro-ministro. Escalpelizaram tudo: inflação, aplicação dos fundos europeus, dívida pública, luta dos professores, demissões no Governo, escândalos na TAP. Mas, apesar de todo este afã analítico, ninguém teve a ousadia de trazer à baila a questão da guerra na Ucrânia no que respeita à posição do Governo e do Estado. António Costa deu-se assim ao luxo de mencionar de passagem a guerra como mais um incidente “inesperado”, a par da pandemia ou da inflação, como coisa com que ninguém estaria a contar e que, como um golpe de vento, veio perturbar o bom rumo da governação.
Subitamente, o nazismo ucraniano deixou de existir…
Urbano de Campos — 6 Janeiro 2023

A desvalorização que o mundo ocidental, empenhado até às orelhas no apoio à Ucrânia, faz do nazismo ucraniano é, simultaneamente, um sinal da debilidade das suas convicções democráticas e uma demonstração de falta de princípios na guerra que conduz contra a Rússia. Quando recentemente o ministro russo Lavrov lembrou de novo que um dos objectivos da ofensiva russa iniciada em 24 de fevereiro era a desnazificação da Ucrânia, choveram os costumeiros argumentos da troika EUA-UE-Nato de que tudo não passava de um pretexto da Rússia para desencadear a operação militar.
Lições da instabilidade política na América Latina
Editor / John Catalinotto — 14 Dezembro 2022

A guerra na Ucrânia concita todas as atenções políticas do momento. Especialmente para as populações europeias, as razões são fáceis de entender: um conflito militar ao pé da porta, escassez de bens, carestia, aumento da pobreza, ataque ao Estado Social. Mas as atenções do imperialismo, concretamente dos EUA, não se ficam pela Ucrânia ou a Europa. Recentes ataques aos regimes políticos do Peru, da Argentina e do México mostram que os EUA não desistem facilmente da ideia prepotente de que o Continente é um seu quintal.
A guerra num ponto de viragem?
Manuel Raposo — 21 Novembro 2022

As informações divulgadas nos últimos dias sobre a guerra na Ucrânia, apesar de fragmentárias e mesmo contraditórias, parecem apontar num sentido: os EUA estarão a pressionar os dirigentes ucranianos para aceitarem negociações com a Rússia. A confirmar-se, será uma viragem significativa da posição dos EUA e do Ocidente em relação ao curso do conflito — aparentemente dando razão às posições de países como a Turquia ou a China, que sempre advogaram uma solução negociada, mas também a Hungria ou a Sérvia que resistiram à política europeia e norte-americana de sanções contra a Rússia e de lançar achas na fogueira.