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9 Janeiro 2025
Encostar o Governo à parede!
Manuel Raposo — 9 Janeiro 2025
O Governo fez da repressão policial imagem de marca. Tal como os fascistas, explora os medos de uma “maioria silenciosa” desinformada, atrasada, confundida e ignorante. Alimenta-os com a insinuação manhosa de que a segurança de cada um depende da força bruta da polícia, se necessário à margem da lei, e chama a isso “ordem pública”. Deixa passar a ideia de que a insegurança aumenta e de que a criminalidade é um produto da imigração. Começa pela repressão sobre os imigrantes, contando com a passividade dos nacionais. Procura ganhar as boas graças dos portugueses pobres reprimindo os pobres de outras origens.
As voltas da Pax Americana
Editor / Kirill Strelnikov — 31 Dezembro 2024
A conversa sobre a necessidade de cessar fogo na Ucrânia que os meios ocidentais promovem desde a eleição de Trump tem a ver com uma realidade muito concreta que se impõe mesmo aos olhos dos mais fanáticos belicistas: a guerra está perdida para o Ocidente no plano militar. A isto soma-se o facto de a Rússia não ter sido derrotada pelas sanções económicas e não ter ficado politicamente isolada, longe disso, do resto do mundo. Os planos do imperialismo norte-americano e dos seus serviçais europeus – que apostavam no desgaste militar, no colapso económico e na ostracização política da Rússia – saíram, portanto, furados.
O que a onda de despedimentos anuncia
Urbano de Campos — 20 Dezembro 2024
Com ar ufano, o primeiro-ministro fez-nos saber que Portugal é “um farol de estabilidade” na Europa – nas finanças, na política, na paz social. Montenegro não podia ter escolhido melhor ocasião para o auto-elogio: precisamente quando milhares de trabalhadores são lançados no desemprego por centenas de empresas que promovem despedimentos colectivos, e quando mesmo os economistas mais optimistas e os empresários mais voluntariosos anunciam que está montado o palco para uma tempestade perfeita que ameaça o país e toda a Europa.
Frutos serôdios do novembrismo
Manuel Raposo — 24 Novembro 2024
Quarenta e nove anos depois, no que respeita à História, está tudo dito e provado acerca do 25 de Novembro. O que resta discutir, e por isso se volta ao assunto todos os anos, é a questão política, isto é, o curso que o golpe imprimiu à vida do país – pela razão de que, ao derrotar o movimento popular de 74-75, o golpe abriu caminho, não apenas à destruição das principais conquistas revolucionárias, mas também, por isso mesmo, à reconstituição das forças sociais e partidárias mais reaccionárias da sociedade portuguesa. A anatomia política do golpe tem, portanto, de ser feita sob a luz do momento em que hoje estamos; do ponto de chegada e não tanto do ponto de partida de há 49 anos. A actualidade do assunto reside aqui.
Amesterdão: fascismo e sionismo de mãos dadas
Editor / Anis Raiss — 18 Novembro 2024
Os desordeiros israelitas que tumultuaram Amesterdão em 6 e 7 de novembro, foram rapidamente tratados pelos meios ocidentais como vítimas de antissemitismo. Protegidos pela Mossad, que os acompanhou desde a chegada à cidade, acharam que podiam impor a sua lei terrorista rasgando bandeiras palestinas, entoando cânticos racistas e agredindo cidadãos árabes. Sentiram-se, num primeiro momento, capazes de transpor para solo holandês o que o seu governo e as suas forças armadas fazem impunemente na Palestina. Enganaram-se: a resposta rápida e musculada dos cidadãos de Amesterdão deu-lhes uma lição que lhes vai seguramente ficar marcada na memória e no corpo.
OE2025, tanto barulho por nada
Manuel Raposo — 5 Novembro 2024
O debate prévio sobre o Orçamento do Estado tinha já várias semanas de duração, com ameaças de ruptura de parte a parte entre PSD e PS, quando o ministro dos Assuntos Parlamentares resumiu o sentido de tão acesa polémica dizendo “andamos no fundo a dizer a mesma coisa”. O mais caricato da situação está ainda no facto de toda a discussão se ter travado sem que fosse conhecido o conteúdo do OE, só recentemente apresentado para debate na Assembleia da República. Mais do que novela, como foi dito, tratou-se de uma farsa de baixo nível.
Quem insiste em apoiar o Ocidente…
Editor / O Comuneiro — 31 Outubro 2024
Quem insiste em apoiar o Ocidente na sua luta existencial deve saber que está a apoiar a guerra permanente, o fascismo, o genocídio e, em última instância, a extinção da humanidade. Estas palavras, da introdução ao número de outubro da revista O Comuneiro, abrem caminho a um conjunto de artigos que vão desde a abordagem das características do imperialismo na sua fase contemporânea até à história da violência e da desigualdade a que as mulheres têm sido submetidas.
Mais justiça, menos polícia!
Urbano de Campos — 26 Outubro 2024
Os factos. Um cidadão que regressa a casa de noite é morto por uma patrulha da polícia com duas balas no peito disparadas à queima roupa. Para matar, portanto. O comando da PSP emitiu de imediato um comunicado dizendo que a vítima ameaçara os polícias com uma faca.
A vítima, porém, não estava armada. O próprio agente implicado nos disparos desmentiu o comunicado, confessando à Polícia Judiciária que a vítima estava desarmada. Tratou-se, portanto, de um assassinato a sangue frio e não de uma reacção em legítima defesa. O comando da PSP, agindo por antecipação, mentiu – no que só pode ser entendido como uma tentativa de encobrir o crime.
Hezbollah prepara guerra popular de longa duração
Editor / Leila Ghanem — 16 Outubro 2024
A brutalidade dos ataques na Palestina e no Líbano, a extensão dos actos de guerra, o desplante terrorista de quem não olha a regras, a impunidade diante das condenações internacionais, tudo isto somado à fanfarronice dos dirigentes de Israel, se for tomado pela aparência e pelo efeito imediato, corre o risco de convencer muita gente de que este novo nazismo encarnado por Israel e patrocinado pelos EUA é imbatível. Olhado o assunto pela base, contudo, é nossa opinião que Israel empreendeu uma fuga em frente na tentativa de evitar o afundamento de um Estado, de natureza colonial, tornado insustentável pelas alterações de forças que o mundo e o Médio Oriente têm presenciado.
A missão que o imperialismo exige de Israel
Manuel Raposo — 7 Outubro 2024
“Direito de defesa” é a frase obrigatória que precede o discurso de qualquer dirigente do mundo ocidental acerca de Israel, reproduzida como um eco interminável por todos os jornalistas e comentadores de serviço. Na verdade, trata-se de uma palavra de código para significar o direito de ataque e a impunidade conferidos pelos EUA e pela a União Europeia aos dirigentes sionistas para exercerem o seu mandato terrorista no Médio Oriente. Decorrido um ano de guerra genocida na Palestina, seguido da aplicação do mesmo método ao Líbano e de ameaças de estender a guerra ao Irão, cabe perguntar que articulação existe entre as palavras vãs dos dirigentes ocidentais e os actos concretos de Israel.