O tamanho da derrota
Manuel Raposo — 4 Março 2025

Os políticos europeus que apostaram tudo na guerra da Ucrânia, na cauda dos EUA, entraram em completo desnorte com a viragem personificada por Donald Trump. Chefes de governo e comentadores de serviço insinuam que uma espécie de loucura atinge a nova administração norte-americana, não excluindo alguns – entre os mais apatetados, claro – a hipótese desesperada de Trump ser um agente de Putin…
É compreensível o desnorte. Então, nós – que nos mostrámos fiéis seguidores dos planos de Biden, que acreditámos na derrota da Rússia mais dia menos dia, que aceitámos pagar a energia três vezes mais cara, que afundámos as nossas economias e arriscámos a fúria dos eleitores, que vimos o Nord Stream ser estilhaçado, que nos sujeitámos a pagar mais para a NATO, que confiámos na asa protectora dos EUA – somos agora tratados como inúteis pela nova gerência de Washington?!
Espantada, a clique dirigente europeia, especialmente a de Bruxelas, é levada a acreditar que se trata de um interregno de quatro anos, valendo talvez a pena fazer finca-pé ao desbocado Trump na esperança de que uma outra equipa Biden II volte a pôr o comboio nos carris – ou seja, prosseguir a via da guerra eterna, as long as it takes.
O imperialismo perdeu a guerra
A viragem nos EUA, obviamente, não se deve a nenhuma loucura pessoal, pela razão simples de que a política de uma potência imperialista como os EUA não muda sem que novos dados objectivos muito fortes a tal obriguem. A nova equipa dirigente dos EUA expressa a posição dos sectores das classes dominantes norte-americanas de que é preciso salvar o imperialismo do beco em que se meteu. O beco é a guerra na Ucrânia – a que se juntam a dívida colossal que o Estado acumula sem cessar, as ameaças que pairam sobre a hegemonia do dólar, a perda contínua de influência um pouco por todo o mundo, tendências estas que a guerra acelerou em vez de travar.
Tudo se torna mais simples de entender se admitirmos o seguinte: o imperialismo perdeu a guerra na Ucrânia. Todos os propósitos amplamente anunciados pela equipa de Biden que a Europa seguiu cegamente – desgastar militarmente a Rússia, arruiná-la economicamente, isolá-la do resto do mundo, derrubar o regime para abrir portas a uma segunda era Ieltsin – fracassaram.
Nenhum destes alvos foi atingido. Mas mais do que isso. Foram os EUA e a Europa que acabaram derrotados militarmente a ponto de se colocar hoje em causa a existência da NATO. O descalabro económico atinge sobretudo a Europa, mas também os EUA, a braços com uma dívida colossal que assusta a própria elite norte-americana. Foi o Ocidente que ficou isolado, na medida em que se reforçaram os laços de colaboração e as alianças entre a Rússia e a China e o chamado Sul Global. O poder do regime russo saiu reforçado internamente e as miragens de dividir a Rússia em talhões caiu por terra, ao mesmo tempo que a União Europeia se desfaz e os EUA se dividem ao meio em facções inconciliáveis.
Mudança de estratégia
É o reconhecimento íntimo deste fracasso, apesar das farroncas dos agentes políticos, que leva os líderes norte-americanos a mudar de estratégia. O seu fito é retirar, quanto antes, os EUA do atoleiro em que a política de confronto com a Rússia os meteu. Trump quer pôr termo à guerra enquanto pode evitar males maiores. Não por qualquer desejo de paz e concórdia, mas porque o prolongar do conflito só dará à Rússia, à China e aos BRICS maiores vantagens do que já conseguiram e, em reverso, limitará as escolhas políticas do imperialismo.
A reviravolta súbita a que o governo de Trump teve de meter mãos resulta da percepção – por parte de um bloco maioritário da elite política e da oligarquia económica norte-americana – de que se a situação hoje é má, amanhã pode ser desesperada. Vistas as coisas no seu contorno geral, o imperialismo norte-americano ensaia com Trump a retirada de uma frente de combate irremediavelmente perdida no propósito de poupar forças e reorientar objectivos.
A jogada, porém, tem todo o ar de ser tardia. A viragem estratégica que, desde Obama, foi programada pelo imperialismo de deslocar atenções e meios para o Extremo Oriente no propósito de conter a China, está comprometida. O plano de derrotar a Rússia para depois mais facilmente derrotar a China, fracassou em toda a linha: a Rússia saiu vencedora da contenda, a China não parou de reforçar a sua capacidade económica, tecnológica e militar, os laços de cooperação entre uma e outra consolidaram-se e ambas alargaram apoios no mundo dos países periféricos.
Com que forças, com que aliados, com que políticas vão os EUA derrotar essa frente que se vai forjando na hostilidade ao imperialismo? É este o centro das preocupações norte-americanas actuais.
Europeus atónitos
Porque não mostram os europeus reconhecer a derrota que os EUA já estão a tentar digerir?
Para os norte-americanos, é fácil operar a reviravolta porque podem dizer, muito “democraticamente”, que Trump nada tem a ver com a política da administração Biden.
(Não o mesmo a respeito do massacre na Palestina, em que Trump prossegue sem rebuço a política de Biden, o que mostra bem a duplicidade da manobra do imperialismo: retirar da derrotada Ucrânia, prosseguir a ofensiva no Médio Oriente onde calcula poder obter ganhos.)
Para os dirigentes europeus o caso é diferente. Todos eles (os que alinharam com Biden) se comprometeram com a guerra até ao fim, empenharam-se em forjar uma opinião pública de cérebro bem lavado para a qual a guerra fosse uma necessidade inquestionável, impuseram às populações sacrifícios materiais de monta, baniram órgãos de informação porque eram “do inimigo”, acusaram de traição e de “putinismo” os que não aceitaram a via da guerra, chamaram “cavalos de Tróia” aos países que recusaram ir a reboque. Depois disto, virar o disco significaria perderem a máscara e criarem condições para serem apeados do poder.
Sem excluir uma grande dose de oportunismo, de cegueira e de estupidez em tudo isto, há contudo algo de mais substancial que molda as atitudes das cliques dirigentes europeias.
Alteração nas relações imperialistas
Um primeiro factor está na alteração da relação entre os EUA e a Europa no seio da tríade imperialista (EUA, Europa, Japão) constituída na sequência da segunda grande guerra. Na nova via ensaiada pelo imperialismo norte-americano, a Europa não pode ser um concorrente dos EUA – nisto, Trump iguala de novo Biden. A Europa terá de ser um subordinado sem vontade própria, que sirva sem qualquer objecção os desígnios dos EUA. A hegemonia passa a ditadura, os aliados passam a servos.
Qualquer esboço de união entre países da Europa não serve este propósito. A Europa tem de ser um mero somatório de países domáveis cujo poder político e cujos capitais não possam competir com os dos EUA. O convite dos governantes norte-americanos a que as empresas europeias se desloquem para os EUA e o apoio aberto às forças políticas de extrema-direita contra os poderes instalados na Alemanha, em França e no Reino Unido não deixam dúvidas.
As ambições do grande capital europeu de se constituir como uma potência com alguma vontade própria – que foi a mola que do lado europeu impulsionou a União – estão votados ao fracasso diante dos novos planos do imperialismo norte-americano. Exemplo 1: os recursos naturais ucranianos, minerais ou agrícolas, a que a UE ambicionava deitar mão ficam em causa diante do protectorado exclusivo que os EUA querem exercer sobre o que resta da Ucrânia. Exemplo 2: o maná da reconstrução da Ucrânia devastada pode não lhe caber em sorte diante da gula dos monopólios norte-americanos. Exemplo 3: a ofensiva genocida israelo-americana no Médio Oriente deixa os europeus fora de qualquer ganho político ou material.
A falência da UE
Um segundo factor está no fracasso político da UE. A união política revela-se de dia para dia como uma casca vazia, alimentada e mantida pelas grandes potências e gerida por uma burocracia alheia às reais necessidades dos povos europeus. O alinhamento na guerra, e sobretudo a noção de que ela a partir de dada altura estava perdida, causou sérias divisões que paralisaram a acção das instituições comunitárias e acentuaram a desconfiança entre países membros. A ausência de uma política externa unificada é espelho da incapacidade da UE se afirmar como uma potência à medida das ambições do seu capital.
A insistência dos principais dirigentes europeus ainda no poder (agora com a colaboração prestimosa dos trânsfugas britânicos!) em alimentar a ficção do perigo russo tem todos os traços do velho pretexto do “inimigo externo”. Com isso, a UE pretende conseguir manter entre os estados membros um gregarismo de rebanho que não consegue com argumentos de validade política.
Um terceiro factor está na decadência económica da UE, que acompanha, de resto, a decadência geral do Ocidente imperialista. A crise económica desencadeada em 2008 seguida da crise epidémica de 2020 não tiveram recuperação plena. A Europa recuou face aos EUA, e ambos perdem diante do progresso das potências emergentes. Uma vez mais, a guerra funcionou como um catalizador: a política de sanções à Rússia acelerou o declínio europeu, atingindo gravemente as suas maiores potências económicas e fazendo da UE um projecto à beira da falência.
Os planos de “reindustrialização” gizados pelas cúpulas europeias dando primazia à indústria militar são uma resposta desesperada ao marasmo económico que se arrasta. Também aqui a tese do “inimigo externo” e a eternização do clima de guerra (ou da “mentalidade de guerra”, na expressão, com ressonâncias nazis, do secretário-geral da NATO) são argumentos meramente instrumentais. As classes dominantes europeias precisam de convencer as populações de que há um perigo de morte ao virar da esquina para lhes poder extorquir os milhões necessários para uma corrida aos armamentos – sabendo todos nós que tais milhões virão inevitavelmente dos salários, das pensões e dos apoio sociais.
“Garantias”, reclama a Europa
A pressa do governo de Trump em terminar a guerra não convém à desprevenida Europa, que se sente posta de lado.
O facto de Trump ter optado por conversações directas com os dirigentes russos traduz o reconhecimento de que o confronto na Ucrânia sempre foi, desde a origem, uma disputa entre os EUA e a Rússia para a qual a Europa foi mobilizada como mero auxiliar. Nada garante que o entendimento que saia das negociações – tanto a respeito da Ucrânia, como a respeito de outras questões bilaterais tocantes a um novo equilíbrio entre potências – leve em conta os interesses europeus.
A inusitada coligação da UE com o Reino Unido e outros para fazer frente a Trump, a pretexto de conseguir uma paz “justa e duradoura”, não é mais do que um regateio, da parte dos seguidores de Biden, para ver se conseguem ter voz activa nas mudanças que se preparam.
As “garantias de segurança”, agora tão reclamadas pelos dirigentes europeus para se contraporem aos planos de Trump, são apresentadas como sendo garantias de segurança militar, a dar pelos EUA, contra uma suposta ameaça russa (em que ninguém verdadeiramente acredita). Mas essas “garantias” têm um segundo sentido, diplomaticamente escondido, que vai além da faceta militar. O que a Europa pretende, usando uma vez mais Zelensky e os ucranianos como instrumentos, é a garantia de que os EUA aceitam continuar a partilhar com o capital europeu os benefícios de que este tem gozado por todo o mundo por ter sido até à data o fiel parceiro do imperialismo – na África, no Médio Oriente, na América Latina. Uma vez mais, nenhuma consideração pela Ucrânia ou pelos povos europeus está aqui em jogo.
Os custos de uma economia de guerra
Este regateio europeu seria risível se não pusesse em jogo o bem-estar e a vida de milhões de europeus, incluindo ucranianos e russos. Mas é precisamente com as condições de vida e com as próprias vidas europeias – primeiramente as dos trabalhadores, como sucede sempre nestes casos – que os dirigentes europeus jogam sem pudor.
As despesas militares colossais que programam (800 mil milhões de euros, segundo proposta apresentada por Ursula von der Leyen), a insistência no envio de tropas para a Ucrânia, a reintrodução do serviço militar obrigatório não passam de tentativas de dar músculo aos monopólios europeus.
Os trabalhadores e os povos europeus, arrastados contra vontade para a guerra, desgastados por três anos de morticínio, empobrecidos pelo descalabro económico, têm pela frente um novo desafio: sabotar os planos europeus de constituir, à sua custa, uma criminosa economia de guerra.
Comentários dos leitores
•MANUEL BAPTISTA 5/3/2025, 3:51
Bravo! percutente leitura da estratégia do imperilaismo. A batalha de classe continua
•João A. Nunes 5/3/2025, 12:26
Muito bem!
O que para mim ainda não é claro é se a Rússia estará disponível, em que medida e em que termos, para satisfazer as ambições, económicas (que são grandes) mas também de correlativa influência política, dos EUA em relação à Ucrânia. Quer dizer, não sei como decorrerão as conversações russo-americanas e quanto tempo durará o aparente idílio atual.
•leonel l. clérigo 5/3/2025, 14:33
J.A. Nunes
Não sei se podemos chamar "ambição" quando se joga na defensiva para se "salvar" parte de tudo que se teve.
Mas para nós o que julgo que importa é como podemos apear os orfãos "governantes" europeus da treta que ficaram agora sem a voz do dono.
•JMLUZ 7/3/2025, 10:10
Em vez de derrota chamar-lhe-ia FORTE ABANÃO na medida em que não foram derrotados totalmente, como mantêm os seus objectivos.
1º Continuar a enfraquecer a Rússia e tentar balcaniza-la
2º Tentar enfraquecer a amizade e os acordos militares entre a China e a Rússia.
3º Bloquear e tentar desmantelar o novo espaço económico BRICS, afim de procurar salvar as regras que impôs o Dólar como moeda internacional de transação
O que mudou foi a táctica imperialista ocidental por um lado manter a mesa de negociação e conseguir o máximo que seja possível e com isso impedir o avanço militar russo, por outro manter por parte da UE o anterior apoio militar e financeiro à Ucrânia na perspectiva de continuar a procurar o enfraquecimento da Rússia.
Mas não há dúvida que tal ABANÃO também veio provar a todos aqueles que defendiam procurar a PAZ na MESA das NEGOCIAÇÕES, que se tal acontecesse não se tinha chegado aqui.
Quanto ao resto do texto concordo com a análise desejando que não fique apenas por aqui, na medida em que muita coisa poderá mudar para as forças revolucionárias.
•leonel l. clérigo 7/3/2025, 14:23
J. M. LUZ
Em primeiro lugar, saúdo a tua chegada "à liça": é urgente sair desta pastelada mental em que a "nossa" burguesia tem tido a "sabedoria" de nos manter. E sem CONHECIMENTO, é escusado PROCURAR ALTERNATIVAS.
Em segundo lugar, a situação complexa que presenciamos, exige hoje - por ser NOVA - espirito aberto na procura da sua COMPREENSÃO, uma chave para abrir as portas do emaranhado de acontecimentos que nos caíram em cima quebrando a "paz podre" da pacatez imperial do Ocidente.
A questão que ponho é a seguinte: QUAL o VERDADEIRO SIGNIFICADO da "PROPOSTA do REARMAMENTO EUROPEU" que vem agora da ELITE BUROCRÁTICA dos supostos DIRIGENTES da UE?
1 - O IMPÉRIO OCIDENTAL - que em 1944 deu seus primeiros passos em BRETTON WOODS - entrou recentemente em grave CRISE que se expressa na enorme e insustentável dívida económica do seu CENTRO: os USA.
2 - Num aparte, isto tem acontecido aos IMPÉRIOS e não é novo: geralmente, as enormes despesas MILITARES - para o manter visto não terem o ACORDO dos POVOS - levam-no à falência sobretudo quando sua FUNÇÃO, como IMPÉRIO, DECLINA.
O Império Romano foi claro exemplo disso: ele divide-se em IMPÉRIOS do OCIDENTE e ORIENTE porque a parte ORIENTAL do IMPÉRIO (Constantinopla) já não queria SUSTENTAR as DESPESAS MILITARES da parte OCIDENTAL (Roma) que se transformara num "sorvedor de despesa" por razão de assegurar as FRONTEIRAS sob PRESSÃO dos BÁRBAROS.
3 - Hoje a questão põe-se: para manter o IMPÉRIO a EUROPA tem que abrir os "cordões à bolsa" e "aliviar" a DÍVIDA USA INSUSTENTÁVEL.
Assim, e em minha fraca opinião, o REARMAMENTO EUROPEU não tem nada - ou pouco - de DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, mas simplesmente COMPRAR ARMAMENTO ao USA para lhe "equilibrar" a DÍVIDA. E não é de esperar outra coisa de BUROCRATAS.
•António 8/3/2025, 12:39
O argumento que a união europeia usa é que Putin não pode ganhar, porque se tal acontecer, então Putin vai invadir a europa. Quem na realidade está enviando armas para matar russos, é a união europeia. A rússia não está matando nem enviando armas para eliminar cidadãos residentes na união europeia.
Em 1700, a Suécia invadiu a Rússia. Em 1800 foi Napoleão. Em 1900, Hitler. Durante 2000, tentativas dos Estados Unidos. E agora, a Eurppa?
A Nato na Ucrânia? É só para plantar girasóis e flores na fronteira com a Rússia?
•António 8/3/2025, 13:15
Complemento do meu texto anterior:
Em 1800, também a Inglaterra invadiu a Rússia. Quem na realidade ameaça quem?
•leonel l. clérigo 8/3/2025, 18:23
ANTÓNIO
Tenho ouvido, de facto, essa "história da carochinha" do PUTIN invadir a EUROPA. Isso é o chamado "argumento ao jeito do Zelensky" que os Burocratas de Bruxelas querem que os Europeus acreditem.
Mas ARGUMENTOS RACIONAIS GEOPOLÍTICOS em favor dessa história, nem um para amostra. No entanto, argumentos "sentimentais" de "partir o coração", há por aí aos Kilos.
Vai levar muito tempo ainda para a BURGUESIA CAPITALISTA EUROPEIA se recompor do SUSTO que apanhou com a REVOLUÇÃO RUSSA de 1917. Mas na vida, mais tarde ou mais cedo, há coisas que se tornam inevitáveis como é o fim da EXPLORAÇÃO do TRABALHO.
•leonel l. clérigo 8/3/2025, 18:54
Só mais uma coisa:
Não sei se já se esqueceu que Maria de Lurdes Pintassilgo referia - penso que repetindo um célebre estadista Francês conhecido - que a EUROPA "VAI do ATLÂNTICO AOS URAIS". E até aos URAIS, há um bom bocado da RÚSSIA.
•Adilia Mesquita Maia 9/3/2025, 19:57
A União Europeia não tem plano nem estratégia, anda completamente à deriva, desgovernada por líderes para lá de medíocres. Só lhe resta a tática e a agora a tática é o rearmamento que nem sequer vai ser feito com base na produção industrial interna mas mais simplesmente indo às compras aos States com dinheiro nosso. Lamentável em todos os sentidos.
Como bons abutres, as elites capitalistas ocidentais apostaram tudo na fragmentação da Rússia – outro pais capitalista, mas suficientemente exótico para ser transformado no inimigo - confiantes em que a pilhagem ia valer a pena. Deram com os burros na agua, mas em lugar de o reconhecerem continuam a corrida para o abismo. Se fossem sozinhos, até que não era mal pensado, o pior é que normalmente mandam à frente a arraia miúda para amortecer o choque!
P.S. Parabéns e obrigada ao Manuel Raposo pela finíssima análise que nos proporcionou.
•leonel l. clérigo 10/3/2025, 10:33
Adilia Maia
Aproveitando o seu "...sem PLANO nem ESTRATÉGIA" da UE...e então nós que há 50 anos andamos nas mãos desta "nossa" BURGUESIA MANHOSA e DESMIOLADA que nem sequer é capaz de equacionar os principais PROBLEMAS do PAÍS para, ao menos, os tentar SOLUCIONAR.
O que se passa na ASSEMBLEIA da REPÚBLICA - e não é de hoje nem de ontem - é assustador: um perfeito VAZIO onde dominam os "truques" politiqueiros manhosos e o "silêncio" para nos manterem entretidos e desviados do que é essencial: o DESENVOLVIMENTO do País - para benefício de toda a POPULAÇÃO PORTUGUESA - e onde para esta gente parece poder ser resumida na famosa CLASSE MÉDIA - que não se sabe muito bem o que é mas parece ficar-se por uns quantos pequeno-burgueses mais "endinheirados" - deixando no esquecimento propositado todo o mundo pobre da CLASSE TRABALHADORA.
Os Comentadores e Jornalistas da Comunicação dita SOCIAL que são "mostrados" ao público - não sei como são escolhidos mas tudo o indica serem "a dedo" - são tão "Vazios" como os Parlamentares e parecem apostados em acelerar a parvoíce dos cérebros: uma vergonha. Só têm uma atenuante: terem que "ganhar a vida".
Não sei como se pode apear toda esta gente. Mas que isso tem que ser feito, mais dia menos dia, não tenho qualquer dúvida.
Até lá, aguentem-se PORTUGUESES!...
•António 11/3/2025, 4:00
Entre 2014 e 2022, 14000 russos morreram com ataques ucranianos. O que é que os Estados Unidos teriam feito, se o mesmo número de americanos tivessem morrido em qualquer parte do mundo?
•leonel l. clérigo 11/3/2025, 17:25
Estou de "boca aberta" perante o que está a acontecer na Assembleia da República:
o COLAPSO dos Partidos BURGUESES nascidos do Golpe do 25 Novembro.
•leonel l. clérigo 11/3/2025, 18:26
Continuo de "boca aberta": agora o sr. Rui Rocha passou a "adivinho" da Alma Portiguesa. Mas não sei com que feitiçaria ele sabe que a ALMA PORTUGUESA NÃO QUER ELEIÇÕES.
•leonel l. clérigo 12/3/2025, 14:29
"Pelo andar da carruagem", estou vendo que a Empresa do sr. Montenegro vai dar agora "pano para mangas" como se uma empresa "rentista" mixuruca fosse a "coisa" mais importante do País.
Isto é bem revelador do estado a que isto chegou e do desnorte que tomou conta de nós.
Em vez da inteligente AR forçar a criação dum GRUPO de TRABALHO que realize e torne público um DIAGNÓSTICO sério sobre as deficiências do PAÍS SOCIO-ECONÓMICO para se avançar um PLANO de EXECUÇÃO que as solucione, aposto "dobrado contra singelo" que o novo "GOVERNO" vai persistir na "via sacra" ORÇAMENTAL eternamente composta por uma amalgama de "medidas" sem nexo interno nem objectivo.
Será que este PAÍS não tem emenda?...
E terá Futuro?...