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Tópico: Cartas
“Esquerdismo radical”
14 Setembro 2009
Se não fosse o “esquerdismo radical” de que fala pejorativamente o PM Sócrates, Portugal estava no caos e completamente de rastos.
Fernando Barão
Os 50 anos da ETA
Após 50 anos de luta, a ETA só acabará quando o Reino de Espanha e a República de França tiverem a coragem política de realizarem um referendo seriamente democrático sobre a autonomia e independência do País Basco e Navarra.
Fernando Barão
Corrupção à solta
13 Dezembro 2008
A prometida transparência do Estado continua nublada e obscura. É ou não legal que os gestores de empresas e instituições públicas aufiram ordenados/rendimentos superiores ao do primeiro-ministro e do presidente da República? Não! O governador do Banco de Portugal e o administrador dos CTT ganham muito e muito mais… A lei está a ser transgredida pelo governo que a criou. Vejam-se os salários milionários e obscenos pagos na Câmara Municipal do Porto e o regabofe na empresa pública de obras sociais da Câmara Municipal de Lisboa. A justiça está conluiada com a corrupção activa e criminosa que anda à solta em Portugal. É urgente uma vigilância revolucionária dos cidadãos sobre os escondidos negócios do Estado.
Fernando Barão
Socialdemocracia remendada
O capitalismo está mundialmente de rastos. Bateu no fundo. Dificilmente os nossos impostos vão salvá-lo. A crise/recessão não vai parar, apesar de os governos dizerem que sim. O tão apregoado neoliberalismo morreu. Agora querem desesperadamente ressuscitar a socialdemocracia, remendada e refundada. Objectivo: salvar a pele e justificar/manter o sistema. Porque é que em Portugal o PCP e o BE – que dizem defender o socialismo científico – não têm a coragem de o proclamar aberta e frontalmente como alternativa ao capitalismo?
Fernando Barão
Imperialismo
O imperialismo unipolar de pensamento único acabou. A superestrutura económica/financeira que o sustenta está a ruir. A cidadania revolucionária mundial tem que lutar contra outro tipo de imperialismos emergentes – China, Índia, Rússia, União Europeia, etc. Imperialismo nunca mais!
Fernando Barão
Tempos difíceis
28 Junho 2008
Os tempos não são fáceis e publicar um jornal como o Mudar é preciso ter coragem. Primeiro que tudo, era preciso que entre nós, malta da esquerda, nos deixássemos das divergências do costume. Eu pessoalmente gosto do jornal, e tenho enviado para os meus amigos o site na net, porque penso que o mais importante é trazer pessoal que nunca participa em nada. Eu penso que aí é que está o grande desafio que o jornal pode ter: informar das lutas que se vão travando para trazer malta que nunca participa em nada. Se essa batalha for ganha, acho que estão de parabéns.
Emanuel Cruz
O Não da Irlanda
O Não da Irlanda representa o Sim por uma Europa dos cidadãos, contra a Europa dos burocratas e antidemocratas da Comissão da UE, do directório e dos governos – como o portugês – que lhes prestam vassalagem.
Fernando Barão
Com a corda na garganta
A quem me estiver a ler, aqui fica a minha reflexão. Acham que o problema é só dos que têm vindo para a rua protestar? Dos que tiveram a coragem de fazer greves e paralisações? Acham que são todos uns perigosos comunistas que vos roubarão a casa e o pão que ainda comem?
Estão contentes e felizes com este governo e ainda acreditam na propaganda dele?
Mercadoria
30 Maio 2008
Nestas eras de sonhos mortos,
só quimeras enlatadas
animam parcialmente
espíritos duvidosos e
vazios, produtos.
Todos são cada vez menos,
mas as marcas ainda são as mesmas…
O tempo inexiste em ócio,
a carne é sabor angústia,
o carrasco é o ponteiro do relógio
e há recreio de bílis,
que mais ácidas,
derretem até a lógica.
E quando, iluminado pela lâmpada de Mercúrio,
encontro o meu cansado reflexo
em espelho sujo,
espumando saliva fria,
reclamo o rótulo
que me falta,
consumindo-me grátis,
mercadoria.
Rafael Puertas de Miranda
A Comunicação Social extinguiu a classe operária
26 Abril 2008
Na SIC-Notícias, a 4 de Abril, Mário Crespo abriu o noticiário das 21h com os despedimentos da Delphi e Yazaki Saltano, duas fábricas de componentes para automóveis, referindo que tinham sido despedidos cerca de 500 e 400 funcionários e «colaboradores» nas duas fábricas.
Mário Crespo e senhores jornalistas: caracterizem-me sociologicamente um «colaborador» a nível da relação social de trabalho. O funcionário pertence à administração, à contabilidade; o operário, a operária, à fabrica e estão na linha de produção e montagem tanto no automóvel como no têxtil. Sejamos claros e deixemo-nos de colaboracionismos…