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9 Janeiro 2025
Tópico: Liberdades
Encostar o Governo à parede!
Manuel Raposo — 9 Janeiro 2025
O Governo fez da repressão policial imagem de marca. Tal como os fascistas, explora os medos de uma “maioria silenciosa” desinformada, atrasada, confundida e ignorante. Alimenta-os com a insinuação manhosa de que a segurança de cada um depende da força bruta da polícia, se necessário à margem da lei, e chama a isso “ordem pública”. Deixa passar a ideia de que a insegurança aumenta e de que a criminalidade é um produto da imigração. Começa pela repressão sobre os imigrantes, contando com a passividade dos nacionais. Procura ganhar as boas graças dos portugueses pobres reprimindo os pobres de outras origens.
As voltas da Pax Americana
Editor / Kirill Strelnikov — 31 Dezembro 2024
A conversa sobre a necessidade de cessar fogo na Ucrânia que os meios ocidentais promovem desde a eleição de Trump tem a ver com uma realidade muito concreta que se impõe mesmo aos olhos dos mais fanáticos belicistas: a guerra está perdida para o Ocidente no plano militar. A isto soma-se o facto de a Rússia não ter sido derrotada pelas sanções económicas e não ter ficado politicamente isolada, longe disso, do resto do mundo. Os planos do imperialismo norte-americano e dos seus serviçais europeus – que apostavam no desgaste militar, no colapso económico e na ostracização política da Rússia – saíram, portanto, furados.
Amesterdão: fascismo e sionismo de mãos dadas
Editor / Anis Raiss — 18 Novembro 2024
Os desordeiros israelitas que tumultuaram Amesterdão em 6 e 7 de novembro, foram rapidamente tratados pelos meios ocidentais como vítimas de antissemitismo. Protegidos pela Mossad, que os acompanhou desde a chegada à cidade, acharam que podiam impor a sua lei terrorista rasgando bandeiras palestinas, entoando cânticos racistas e agredindo cidadãos árabes. Sentiram-se, num primeiro momento, capazes de transpor para solo holandês o que o seu governo e as suas forças armadas fazem impunemente na Palestina. Enganaram-se: a resposta rápida e musculada dos cidadãos de Amesterdão deu-lhes uma lição que lhes vai seguramente ficar marcada na memória e no corpo.
Mais justiça, menos polícia!
Urbano de Campos — 26 Outubro 2024
Os factos. Um cidadão que regressa a casa de noite é morto por uma patrulha da polícia com duas balas no peito disparadas à queima roupa. Para matar, portanto. O comando da PSP emitiu de imediato um comunicado dizendo que a vítima ameaçara os polícias com uma faca.
A vítima, porém, não estava armada. O próprio agente implicado nos disparos desmentiu o comunicado, confessando à Polícia Judiciária que a vítima estava desarmada. Tratou-se, portanto, de um assassinato a sangue frio e não de uma reacção em legítima defesa. O comando da PSP, agindo por antecipação, mentiu – no que só pode ser entendido como uma tentativa de encobrir o crime.
Hezbollah prepara guerra popular de longa duração
Editor / Leila Ghanem — 16 Outubro 2024
A brutalidade dos ataques na Palestina e no Líbano, a extensão dos actos de guerra, o desplante terrorista de quem não olha a regras, a impunidade diante das condenações internacionais, tudo isto somado à fanfarronice dos dirigentes de Israel, se for tomado pela aparência e pelo efeito imediato, corre o risco de convencer muita gente de que este novo nazismo encarnado por Israel e patrocinado pelos EUA é imbatível. Olhado o assunto pela base, contudo, é nossa opinião que Israel empreendeu uma fuga em frente na tentativa de evitar o afundamento de um Estado, de natureza colonial, tornado insustentável pelas alterações de forças que o mundo e o Médio Oriente têm presenciado.
A missão que o imperialismo exige de Israel
Manuel Raposo — 7 Outubro 2024
“Direito de defesa” é a frase obrigatória que precede o discurso de qualquer dirigente do mundo ocidental acerca de Israel, reproduzida como um eco interminável por todos os jornalistas e comentadores de serviço. Na verdade, trata-se de uma palavra de código para significar o direito de ataque e a impunidade conferidos pelos EUA e pela a União Europeia aos dirigentes sionistas para exercerem o seu mandato terrorista no Médio Oriente. Decorrido um ano de guerra genocida na Palestina, seguido da aplicação do mesmo método ao Líbano e de ameaças de estender a guerra ao Irão, cabe perguntar que articulação existe entre as palavras vãs dos dirigentes ocidentais e os actos concretos de Israel.
Amílcar Cabral: nosso herói também
Editor — 20 Setembro 2024
A ideia corrente de que o golpe dos Militares de Abril nos libertou da ditadura peca pelo facto de colocar na sombra o papel, esse sim decisivo, dos movimentos de libertação anticoloniais que durante treze anos fustigaram o colonialismo português. Foi a luta armada, travada com sacrifício de, seguramente, muitas centenas de milhares de combatentes africanos, que, ao libertar do jugo colonial os novos países, fez ruir o fascismo português. A democracia portuguesa de 1974 é fruto dessa luta levada a cabo por africanos.
Um dos esquecidos é Amílcar Cabral. Nascido em 12 de setembro de 1924, foi um dos grandes ideólogos das independências africanas e o mais destacado dirigente político da guerrilha na Guiné-Bissau que viria a terminar na independência da Guiné e de Cabo Verde.
“1984” em 2024
Manuel Raposo — 23 Agosto 2024
Quando George Orwell escreveu o seu romance mais famoso, acredita-se, teria em mente caracterizar o regime estalinista, ou ter-se-ia inspirado nele ou naquilo que à época se dizia dele. Mas a qualidade e a perspicácia da obra, pode hoje constatar-se, ultrapassa em muito essa real ou suposta intenção dirigida à URSS de então. “1984”, quarenta anos depois, sobrevive como retrato do nosso dia a dia.
A hora dos chacais
Manuel Raposo — 31 Julho 2024
Quando confrontada com o ataque de Israel a Beirute, em 30 de julho, que matou um comandante do Hezbollah, a primeira declaração de Kamala Harris foi repetir o slogan “Israel tem direito a defender-se”. Horas depois, Israel matava pelo mesmo processo o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que se encontrava em Teerão. Numa frase, Kamala Harris disse tudo sobre si própria e a sua candidatura para quem queira entender como são as coisas: deu luz verde a Israel para prosseguir as provocações ao Líbano e ao Irão, mostrou que não se distingue do seu patrono Biden, e confirmou o interesse crucial dos EUA na guerra promovida pelos sionistas – tenha ela a extensão que tiver, arrisque o que arriscar e adopte os métodos que adoptar.
“Credibilizar” a União Europeia, pretende o BE
Urbano de Campos — 26 Julho 2024
Em declarações recentes à TSF, a deputada europeia do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, manifestou-se contra aquilo a que chamou os “dois pesos e duas medidas” da União Europeia acerca das guerras na Ucrânia e em Gaza, e defendeu que a “União Europeia deve credibilizar-se internacionalmente”. Entenda-se: o peso e a medida “errados” a que Catarina Martins se refere respeita ao morticínio em Gaza, no qual a UE tem sido parte activa dedicando-lhe apenas vagas condenações morais.