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3 Dezembro 2023
Tópico: Efeméride
Ponto de mira
A igualdade não está a passar por aqui
Editor — 11 Março 2021
Não será seguramente por falta de declarações que as mulheres não alcançarão a igualdade. No passado 8 de Março choveram comoventes apoios à causa, do secretário-geral da ONU, António Guterres, da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, até inumeráveis reportagens e testemunhos na comunicação social. Não faltou mesmo a argúcia do grande comércio, amigo da mulher-consumidora, que lançou campanhas promocionais de electrodomésticos ou produtos de beleza.
Elogio do cerco à Constituinte
António Louçã — 7 Janeiro 2021

Quarenta e cinco anos depois daquele memorável 12 de novembro de 1975, já correram rios de tinta para vilipendiar os operários da construção civil que, fartos de serem despachados com promessas vãs, cercaram a Assembleia Constituinte reivindicando um aumento de salários razoável.
Hoje, graças à invasão do Capitólio, podemos apreciar o contraste entre um proletariado consciente e a populaça desembestada das milícias fascistas.
PSD: quando a ideologia não pesa muito
Manuel Raposo — 8 Dezembro 2020

A evocação de Sá Carneiro, 40 anos após a sua morte em Camarate, é muito mais do que uma homenagem de calendário, ou do que uma tentativa de reanimar o PSD de hoje com o sopro do PPD de ontem. Também não se trata apenas de procurar efeitos imediatos, rebaixando Rui Rio diante do padroeiro. Será tudo isso, mas ainda mais: um esforço para congregar toda a direita, reabilitando, sob vestes democráticas, o que há de mais reaccionário tanto na génese do PPD como nos planos políticos alimentados por Sá Carneiro desde sempre.
Ponto de mira
Parque jurássico
Editor — 30 Setembro 2020
A TSF reanimou um fóssil por alguns minutos, numa entrevista a Ferraz a Costa transmitida a 26 de Setembro. O homem, que foi presidente da CIP durante 20 anos, é presidente (pois claro) duma associação patronal chamada Fórum para a Competitividade. Além de gerir os negócios da família, do ramo farmacêutico (Iberfar), nunca se lhe conheceu actividade laboral propriamente dita. Fala do trabalho dos outros, como patrão.
Crónica da pandemia
Duas espinhas na garganta, ainda assim
Manuel Raposo — 2 Maio 2020
Com argumentos de defesa da saúde pública, a direita (mas não só a direita) atirou-se às comemorações do 25 de Abril e do Primeiro de Maio, classificando os promotores de irresponsáveis e de “darem um sinal errado” à população quando se pede a todos que fiquem em casa.
Pouco interessou aos críticos que as regras de afastamento físico fossem respeitadas em qualquer dos casos. Tal como não lhes interessa o facto de, todos os dias, milhares de trabalhadores que permanecem em actividade se acumulem em transportes públicos escassos e em locais de trabalho sem condições de segurança sanitária.
25, o deles e o nosso
Manuel Raposo — 25 Novembro 2019
Sobre o 25 de Novembro, 44 anos depois, está tudo dito e (quase) tudo provado. Foi um golpe militar conduzido pela ala direitista do MFA, teve o apoio das secretas e dos governos europeus e norte-americano, Mário Soares foi o seu testa de ferro, pôs fim ao movimento popular mais radical da história portuguesa recente, criou condições para a reconstituição do grande capital, destruiu as organizações populares e fez retroceder as conquistas de 19 meses de acção directa de um povo farto de mordaças — festiva, solidária, empenhada, como todas as movimentações que constroem coisas novas.
Uma democracia cinzenta, engravatada, dita representativa, moderna, europeia, tomou o lugar do que fora um simples, tímido, esboço de democracia popular. Não foi preciso esperar 44 anos para ver os frutos: primazia absoluta aos negócios, corrupção, fortunas fulgurantes, diferenças colossais entre riqueza e pobreza, degradação dos serviços sociais, afastamento da massa do povo de qualquer decisão política (depois queixam-se da abstenção…), os pobres de novo empurrados para baixo. Eis o monopólio político da burguesia.
A gravação perdida e achada do 11 de Março de 1975
Uma assembleia que a história dos vencedores chamou “selvagem”
António Louçã — 3 Maio 2019
Um livro de Almada Contreiras, Jacinto Godinho e Vasco Lourenço veio colocar ao alcance do público a transcrição, praticamente integral, das discussões havidas na famosa assembleia de 11 para 12 de março de 1975. A assembleia realizou-se poucas horas após o putsch spinolista, em que o RAL 1 foi bombardeado por aviões da Força Aérea e cercado por tropas pára-quedistas, com um saldo de um morto e quinze feridos. As bobines com o registo áudio da assembleia, dadas como perdidas durante muitos anos, são uma fonte fundamental para compreender o que se passou. E isso já bastaria para a publicação ser aplaudida e os seus promotores felicitados pela iniciativa.
Maio de 68: mais do que a agitação estudantil
Manuel Raposo — 10 Maio 2018
Cinquenta anos passados, não há propagandista, por mais rasteiro, desta burguesia em fim de festa, que não se compraza em declarar morto o movimento de Maio de 68. A evocação que toda a comunicação social dele tem feito — em tom de enterro festivo — só tem lugar, aliás, pelo facto de as classes dominantes considerarem que a coisa é hoje inóqua e que as “transformações” reclamadas nas ruas foram absorvidas pela sociedade burguesa.
“Soldado Milhões” — o filme e a lenda
António Louçã — 21 Abril 2018
O filme de Gonçalo Galvão Teles e Jorge Paixão da Costa que agora estreou será, para o público escassamente informado sobre a Primeira Grande Guerra, uma reconstituição estimulante de ambientes e de personagens. À primeira vista, as entorses ao rigor histórico serão desculpáveis com o formato de “ficção histórica” que é o do filme.
Mulheres espanholas mostram o caminho
Urbano de Campos — 9 Março 2018
Centenas de protestos e manifestações por toda a Espanha assinalaram o Dia Internacional da Mulher, 8 de Março. Numa iniciativa praticamente inédita (antes, só em 1975 as mulheres islandesas fizeram o mesmo), foi lançada a ideia de uma greve das mulheres em protesto contra a desigualdade de salários e de acesso ao trabalho, contra a violência de que são alvo, por iguais direitos. A adesão foi maciça. Mais de 5 milhões de pessoas paralisaram o trabalho por 24 horas.