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11 Setembro 2025
Tópico: Política
Ponto de mira
Contra informação
Editor — 12 Março 2022
1 A direcção da Meta (empresa proprietária do Facebook e Instagram) decidiu contribuir para o esforço de guerra do Ocidente com aquilo que melhor sabe fazer: dar largas a que sejam produzidos insultos e ameaças de morte contra cidadãos e militares russos, incluindo os presidentes russo, Putin, e bielorrusso, Lukashenko. Quatro mil e quinhentos milhões de pessoas, tantas como as que seguem as duas plataformas, passaram assim a ser destinatárias da mais miserável propaganda de guerra: a que pode ser feita por qualquer energúmeno, a coberto de nome falso, sem receio de represálias.
Ucrânia empurrada para a frente de batalha
Manuel Raposo — 4 Março 2022

No ataque da Rússia à Ucrânia, os EUA e a UE têm ocasião de ver, em espelho, as suas próprias acções das últimas décadas. O mesmo vale para as autoridades portuguesas e para cada um dos governos europeus, que nunca levantaram qualquer objecção às intervenções militares, às sanções e às ameaças de todo o tipo, com origem nos EUA ou na própria UE, contra países como a Jugoslávia, o Iraque, o Afeganistão, a Líbia, a Síria, a Venezuela, o Irão, ou Cuba — todos eles tão soberanos como a Ucrânia.
A quem interessa a guerra na Europa?
Manuel Raposo — 20 Fevereiro 2022

Neste momento, os acontecimentos na Ucrânia estão envoltos pela nuvem de fumo que caracteriza a propaganda de guerra. As posições oficiais destinam-se não a esclarecer os factos e o andamento das negociações, mas a anular os argumentos adversários e a cativar a opinião pública para um dos lados da contenda. É preciso ir às origens do conflito, agora extremado, para se perceber o papel de cada um dos contendores, o que cada um deles pretende e até onde pode ir.
As alavancas do sr. Ventura
Urbano de Campos — 12 Fevereiro 2022

A polémica em torno do Chega — se tem ou não direito a um vice-presidente da Assembleia da República — só é útil para avaliar o comportamento dos restantes partidos diante do renascente fascismo. No plano formal não existe qualquer questão: o Chega pode, pelo regimento da AR, propor quem quiser; e os deputados têm o direito de recusar os candidatos do Chega. Isto bastaria para pôr um ponto final na questão. Mas não.
Ponto de mira
Ganhou a direita, não nos iludamos
Editor — 2 Fevereiro 2022
A vitória esmagadora do PS passa por ser uma vitória da esquerda só porque travou, para já, o assalto da direita ao governo. O esvaziamento do BE e do PCP, o desaparecimento do PEV, o crescimento da extrema direita nas figuras do Chega e da IL parecem detalhes que o sucesso de António Costa deixa na sombra. Os números, porém, dizem outra coisa (1).
O conjunto da direita (PSD, CDS, IL, Chega) arrecadou, em termos líquidos, 549 mil votos mais do que em 2019. A esquerda parlamentar (PS, PCP, BE, PEV, Livre, PAN) teve, também em termos líquidos, quase 36 mil votos a menos. Em balanço geral, a vantagem da esquerda, que em 2019 foi de 1.142.000 votos, baixou para 557 mil. O número de votantes aumentou quase 336 mil (excluindo brancos e nulos), a maior fatia dos quais terá votado à direita.
Notas de campanha
Os velhos novos liberais, ou vice-versa
Manuel Raposo — 28 Janeiro 2022

De súbito, toda a direita se declara mais ou menos “liberal”. Acusa a esquerda (entenda-se: a esquerda parlamentar) de vícios estatistas e verbera-a por “não ser amiga” dos empresários. Aponta aos últimos seis anos de governo a culpa por uma estagnação económica que vem de há décadas e clama por reformas que, na verdade, nenhum governo, de qualquer cor, pôs em prática. Que liberalismo é esse e de que reformas fala?
Tribuna
A esquerda perante a ofensiva imperialista
Manuel Raposo — 26 Janeiro 2022

O mundo está a ser arrastado para uma nova guerra fria. O extremar dos conflitos em torno de Taiwan e da Ucrânia são disso evidência. As maiores potências alinham forças, forjam alianças e preparam-se para confrontos que ultrapassam a mera competição económica e podem resvalar para o confronto militar. Que atitude deverá ter a esquerda anticapitalista e anti-imperialista a este respeito? Será possível manter uma posição de neutralidade e de equidistância sem tratar de saber quem agride e quem é agredido, quem provoca e quem se defende? A réplica que faço ao artigo de António Louçã “Putin e Xi Jinping, os favoritos do imperialismo” procura trazer estas interrogações para uma discussão aberta, na ideia de contribuir para que a esquerda não passe ao lado de acontecimentos que certamente vão marcar o nosso futuro próximo.
Putin e Xi Jinping, os favoritos do imperialismo
António Louçã — 14 Janeiro 2022

Os EUA e a União Europeia esperneiam e esbracejam com as ameaças de Putin contra a Ucrânia e com as ameaças de Xi Jinping contra Taiwan, com os atentados de serviços secretos russos contra opositores políticos e dos tribunais chineses contra o movimento pró-democracia em Hong Kong. Festival de hipocrisia: ninguém é mais conveniente para o imperialismo do que déspotas como Putin ou Xi Jinping.
Notas de campanha
O nó górdio do crescimento económico
Manuel Raposo — 9 Janeiro 2022

Promessas de crescimento económico, das mais variadas, são cavalo de batalha de todos os candidatos às eleições de 30 de janeiro, com presença obrigatória em todos os programas. Mas, ano após ano, a ideia teima em não ter resultados práticos. Porque não progredimos verdadeiramente desde há décadas? Porque é tão difícil concretizar uma política de crescimento viável? Porque é que as percentagens de crescimento, quando as há, são anémicas, sem efeitos reais nas condições de vida da população? E porque é que, mesmo nesta penúria, as fortunas se acumulam do lado do capital?
Livro
“Dos nossos irmãos feridos”
Manuel Raposo — 22 Dezembro 2021

Em Novembro de 1956, Fernand Iveton, um operário torneiro argelino de origem francesa, é preso em Argel, acusado de ter colocado uma bomba no armazém da fábrica Gaz d’Algérie onde trabalhava, por denúncia de um contramestre. A bomba, que apenas se propunha causar estragos sem fazer vítimas, não chegou sequer a explodir. Mesmo assim, três meses depois de ser preso, Iveton é guilhotinado na sequência de um julgamento apressado cujo único propósito era dar uma lição exemplar aos independentistas argelinos, sobretudo àqueles de origem francesa que se juntaram à luta de libertação. A guerra de libertação da Argélia tinha começado em 1954 e levaria à independência do país em 1962.