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18 Novembro 2025
Tópico: Mundo
Bilionários altamente poluentes
Editor / Jessica Corbet — 10 Novembro 2022

É sentimento comum que as discussões e as resoluções que visam travar as alterações climáticas resultantes da acção humana não produzem efeitos práticos. As diversas cimeiras do clima assim o mostram de ano para ano, por mais apelos que sejam feitos aos poderes públicos, por mais metas que sejam estabelecidas, por mais dramáticos que sejam os discursos, como o que o secretário-geral da ONU, António Guterres, voltou a fazer, desta vez no Egipto. Não é de esperar que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que decorre em Sharm El-Sheikh, dê resultados diferentes.
Pôr fim à guerra: uma voz solitária no Parlamento Europeu
Editor / Clare Daly — 30 Outubro 2022

Apesar de a UE não ter um quadro legal que lhe permita acusar um país terceiro de patrocinar o terrorismo de Estado, o Parlamento Europeu levou a cabo em 18 de outubro um debate acerca do assunto sob pressão das autoridades ucranianas. Dias antes, o Conselho da Europa fizera o mesmo, com direito a discurso de Zelensky, pois claro. Em ambas as sessões, o alvo, evidentemente, foi a Federação Russa, e o propósito declarado foi o de forjar, pelo menos no plano moral e da propaganda, uma condenação das autoridades russas para lá do quadro específico da guerra.
Ucrânia, Palestina: os duplos padrões do Ocidente
Editor / Jonathan Cook — 22 Outubro 2022

As contradições gritantes do Ocidente no tratamento da guerra da Ucrânia e da ocupação da Palestina deviam servir para despertar a opinião pública da hipnose em que é mantida acerca da guerra, tanto num como noutro caso. É o que defende Jonathan Cook ao pôr em evidência os duplos padrões do Ocidente quando compara estes e outros conflitos da actualidade. O monopólio da informação que é levada ao grande público por todos os meios ao dispor dos estados ocidentais confere-lhes, sem dúvida, uma vantagem esmagadora no condicionamento das mentalidades. Mas não lhes dá razão.
Ponto de mira
Uma dívida que não é nossa, uma guerra que não queremos
Editor — 13 Outubro 2022
Quer o Orçamento do Estado quer o “acordo de rendimentos” firmado há dias na Concertação Social consagram a perda de poder de compra dos trabalhadores diante da inflação. Nem os salários são aumentados ao nível da carestia, nem a especulação com os preços é travada. Esta espoliação marca a linha política do Governo e mostra — para lá de todas as “ajudas” e de todo o palavreado — quais as classes sociais que o Governo sacrifica no altar da crise económica.
Afinal, quem promove o fascismo?
Manuel Raposo — 30 Setembro 2022

Cem anos depois de Mussolini ter chegado ao poder, o fascismo volta a governar a Itália. A vitória anunciada de Giorgia Meloni não mereceu, ao longo de semanas, quaisquer comentários da parte dos líderes europeus, parecendo que todos eles encaravam o caso, não só como inevitável, mas também como normal e aceitável. Apenas nas vésperas do dia da votação a porta-voz dos eurocratas, Ursula von der Leyen, resolveu lançar um aviso, tão inútil como estúpido, brandindo a ameaça de sanções se os novos governantes de Itália não se comportassem pelas regras de Bruxelas.
O significado de “reconstruir” a Ucrânia
Editor / Michael Roberts — 23 Setembro 2022

As notícias e discussões sobre a guerra na Ucrânia, essencialmente centradas sobre os confrontos militares e políticos, têm deixado na sombra operações de outra ordem, decorridas nos bastidores internacionais do poder, que são cuidadosamente furtadas à opinião e ao julgamento públicos. Estão neste caso as repetidas reuniões à volta da “recuperação” ou da “reconstrução” da Ucrânia. Estas iniciativas, apresentadas como gestos de solidariedade e de apoio, mal mascaram as ambições económicas do capital ocidental a respeito dos recursos naturais da Ucrânia, entre eles a sua imensa riqueza agrícola.
Ponto de mira
Circo sem pão
Editor — 15 Setembro 2022
Ainda nos falta suportar quase uma semana de reportagens até ao funeral de Isabel II. O ror de horas de transmissões televisivas, o batalhão de repórteres vestidos de luto especialmente enviados para debitarem todas as banalidades, as louvaminhas a uma aristocracia absolutamente corrompida, a convocação de testemunhos bacocos sobre as finuras do protocolo ou as virtudes da monarquia — tudo isso junto é revelador do estado de morte cerebral das classes dominantes do país. Mas é também o circo com que contam distrair a populaça (por quanto tempo?) da guerra, do abismo económico, da degradação da vida diária, da falta de futuro.
Ministro dos fardamentos
Urbano de Campos — 3 Setembro 2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, fez questão de ir a Kiev no dia da independência da Ucrânia, a 24 de agosto. Falou com Zelensky depois de, dizem as notícias, ter de se refugiar num bunker devido a uma ameaça de bombardeamento. Este episódio excitante valeu-lhe um rasgado elogio de um comentadorzeco da CNN Portugal pela “coragem física” demonstrada… Resultados da visita, segundo Cravinho: manifestar apoio a Zelensky (pela enésima vez) e receber de Zelensky um pedido de fardamentos novos. Só isso?
A quem serve a fantasia de uma vitória ucraniana?
Editor / William Schryver — 26 Agosto 2022

Não é vocação destas páginas olhar para a guerra na Ucrânia pelo lado estritamente militar. O artigo a que damos divulgação, contudo, embora centrado nas operações militares, permite abordar questões de natureza política que nos parecem de primeira importância. Uma das quais é esta: não estando à vista, nem sendo plausível, uma vitória dos ucranianos na guerra, por que razão insistem Zelensky e os seus apoiantes ocidentais (EUA, Nato, UE) em recusar negociações com a Rússia e em afirmar que o conflito só terminará com a expulsão completa das tropas russas?
Amnistia Internacional: uma denúncia incómoda
Editor / Batko Milacic — 14 Agosto 2022

A comunicação social passou como gato sobre brasas pelo relatório da Amnistia Internacional que denuncia crimes de guerra cometidos pelo exército ucraniano. De facto, o documento não só revela as violações do direito humanitário do lado ucraniano como, por essa via, coloca em causa a acusação — até agora inteiramente unilateral — acerca dos alegados crimes cometidos pela parte russa. Não admira pois que o relatório, divulgado a 4 de agosto, tenha sido rapidamente remetido a um completo esquecimento.