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Uma campanha alegre
Manuel Raposo — 17 Setembro 2019
Quem tenha assistido aos frente-a-frente televisivos entre António Costa e Jerónimo de Sousa, e entre António Costa e Catarina Martins ficou com dados para perceber porque é que o PS se abeira da maioria absoluta, deixando o PCP e o BE a uma distância muito maior do que há quatro anos (*). Não só os números dizem quem ganhou com a aliança governativa, como os debates mostram porquê.
A abstenção é de esquerda?
António Louçã — 11 Setembro 2019
A política institucional que temos não desperta entusiasmos nem atrai simpatias. Os acordos de bastidores, os golpes baixos da polémica, a intriga permanente dos lobbies económicos, a venalidade de muitos eleitos e eleitas – tudo isso é moeda corrente na rotina parlamentar, e de tal modo se tornou regra que o povo descrê das excepções, perde sensibilidade para os matizes e faz pagar aos poucos justos como aos muitos pecadores.
Nova crise? Velho problema
Manuel Raposo — 5 Setembro 2019
Em tom ligeiro e de passagem — talvez para poderem vir a dizer “nós alertámos” — o primeiro-ministro e o presidente da República referiram recentemente a possibilidade de uma nova crise económica e financeira mundial. Para sossegar os espíritos, fizeram crer que, nessa eventualidade, o país estaria “mais bem preparado” em resultado quer da “maior robustez” das finanças públicas, quer da nova lei do trabalho — como se isso fosse barreira a um vendaval como o que se desencadeou em 2008. São declarações tão tranquilizantes como o são os comprimidos para dormir.
Governo patronal-socialista contra o direito de greve
António Louçã — 20 Agosto 2019
Tinha de ser a “geringonça”, para fazer o que nenhum governo de direita alguma vez ousaria: serviços mínimos a 100 por cento, requisição civil desde o primeiro dia, militares a fazerem de motoristas, motoristas procurados em casa pela polícia e conduzidos para trabalhos forçados sob ameaça de prisão. Mas ninguém pense que este foi um ataque de pânico dos patronal-socialistas perante uma greve especialmente perigosa. Para eles, cada greve é agora um incêndio e o alarmismo tornou-se uma panaceia universal.
Donde menos se esperava
13 Agosto 2019
Não admira que os patrões, não apenas os dos transportes, tenham tomado como alvo o porta-voz dos camionistas, o advogado Pardal Henriques. À boca pequena e na forma de intriga, tanto lhe são apontadas “ambições políticas” escondidas, como supostos comportamentos “pouco recomendáveis” — como disseram esse outro advogado que representa a Antram (que terá também as suas ambições políticas) e o presidente da Confederação do Comércio (ele mesmo politicamente pouco recomendável).
O que admira é ver Francisco Louçã (SIC, 9 Agosto), e com ele o BE; e também o PCP, seja através do Avante, pela pena de Manuel Gouveia (8 Agosto), ou em notas de imprensa (8 e 12 Agosto), fazerem o mesmo.
Greve dos motoristas
Um espelho da política que por aí vai
Urbano de Campos — 13 Agosto 2019
Todas as forças do poder se conjugam contra os motoristas em greve: a fúria dos patrões de todos os sectores, exigindo sempre mais do seu Governo, inclusive a requisição civil “preventiva”; as palmas da direita, louvando a “justeza” das medidas de António Costa, reconhecendo que ela própria não faria melhor; o servilismo da comunicação social, numa campanha sem vergonha para denegrir os trabalhadores e dar boa imagem da Antram; a sanha dos comentadores “especializados”, em campanha pela revisão da lei da greve; enfim, os ataques pessoais ao porta-voz dos camionistas, na tentativa de anular através da intriga a justeza da luta.
Movimento sindical debaixo de fogo
Urbano de Campos — 3 Agosto 2019
A postura arbitral que o Governo assumiu, em Abril, para mediar o conflito entre os camionistas de matérias perigosas e a associação patronal, caiu de forma flagrante. Em tudo, para efeitos práticos, o Governo colocou-se agora do lado da ANTRAM e contra os sindicatos (SNMMP e SIMM) que lançaram o pré-aviso de greve para 12 de Agosto.
Pode discutir-se a oportunidade ou o tacto dos sindicatos ao anunciarem esta nova greve, mas não se pode com isso esconder o facto de o Governo se ter bandeado para o lado dos patrões dos transportes, escudado no pretexto de defender o interesse “do país”.
Por isso o PS capitaliza…
Manuel Raposo — 29 Julho 2019
Não é precisa muita especulação para se perceber que não há mistério nenhum na previsível subida da esquerda parlamentar e na queda abrupta da direita. As últimas sondagens apontam uns 59% para a esquerda (PS 43%, BE 9%, CDU 7%) e uns 27% para os dois partidos da direita (PSD 21%, CDS 6%).
Não há mistério, porque o contraste com os tempos da troika entra pelos olhos dentro: as pessoas, como é óbvio, preferem viver melhor (ou menos mal) do que pior.
Pirataria britânica agrava perigo de guerra no Golfo Pérsico
António Louçã — 22 Julho 2019
Ao mandar apresar um petroleiro iraniano em Gibraltar, no que deviam ser águas territoriais espanholas, o Governo britânico talvez só quisesse dar mais uma prova de alinhamento com o batuque guerreiro de Donald Trump e John Bolton. Mas a provocação tem consequências e elas estão à vista. A guerra está mais próxima.
Tarifas de Trump colidem com a produção capitalista globalizada
Fred Goldstein (*) — 17 Julho 2019
O governo de Trump está preso entre a política chauvinista de grande potência, super-imperialista, do “América primeiro”, por um lado, e a divisão capitalista do trabalho no mundo, por outro lado. A cada passo, a contradição entre a propriedade privada capitalista e a produção socializada mundial torna-se um obstáculo ao próprio capitalismo. Em particular, os interesses globais do imperialismo norte-americano e da estrutura económica global do capitalismo mundial hoje contradizem fortemente as metas políticas do governo de Trump.
