Tópico: Liberdades

Um perseguido em redor do mundo

João Bernardo — 20 Janeiro 2008

battisti.JPGOs órgãos de informação de massas esforçam-se por legitimar ideologicamente as medidas antiterroristas, apresentando-as como uma necessária preservação dos valores da tolerância contra o fundamentalismo islâmico. Esquecem-se − ou, mais exactamente, procuram fazer esquecer − que o governo de Washington é integrado por fundamentalistas religiosos não menos fanáticos e que conta como principais apoios entre os países muçulmanos a Arábia Saudita, esse exemplo de feminismo e de liberdade religiosa, e o Paquistão, outro exemplo de perfeito funcionamento das regras parlamentares. E esquecem ainda que as medidas antiterroristas, não só agora mas desde há muito, se têm destinado a perseguir os que lutam contra o capitalismo.


Um paraíso de mercenários

João Bernardo — 2 Janeiro 2008

mercenarios-dibujo_72dpi.gifO arquipélago de Fiji fica situado no Oceano Pacífico, ao norte da Nova Zelândia e a leste da Austrália. Pelas fotografias é um daqueles paraísos das agências turísticas, areia branca, coqueiros, sereno mar azul, montanhas verdes, senhoras com flores no cabelo e cavalheiros atléticos.
Quando as autoridades britânicas abandonaram o arquipélago e o país se tornou independente, em 1970, as forças militares montavam a cerca de 200 homens, mas a participação nas operações de paz − são assim chamadas, não sou eu que lhes chamo − no Líbano e no Sinai implicaram que em quinze anos os efectivos militares de Fiji aumentassem dez vezes.


As seguranças privadas em Portugal

José Mário Branco — 29 Dezembro 2007

arma_72dpi.jpgContrariamente a outros países, em Portugal o número de seguranças e vigilantes privados ainda não ultrapassou o das forças repressivas do Estado. Mas, dada a tendência para aumentar, será apenas uma questão de tempo.
O relatório de 2006 da Secretaria-Geral do MAI – que tutela o licenciamento das firmas de segurança e a aprovação dos seus agentes – diz que há em Portugal 110 empresas privadas de segurança, com um total de 36.998 vigilantes, além dos serviços de segurança internos de 56 outras empresas.


Os seguranças

João Bernardo — 25 Dezembro 2007

magrittearespostainesperada_72dpi.jpgEm qualquer corredor, à saída de qualquer elevador, junto a qualquer porta, deparamos com eles, bíceps grandiosos, boina à banda e óculos espelhados − os seguranças. O seu crescimento acelerado é um dos traços distintivos do aparelho repressivo actual.
Nos meados da década de 1980 as despesas de segurança privada ascendiam nos Estados Unidos a 22.000 milhões de dólares por ano, enquanto se limitavam a 14.000 milhões de dólares por ano as despesas públicas de policiamento, e as cifras correspondentes eram 90.000 milhões de dólares e 40.000 milhões de dólares nos meados da década de 1990.


Portugal-2007: Um balanço repressivo

Rui Pereira — 22 Dezembro 2007

policia_72dpi.jpgUm dos balanços mais reveladores e (talvez por isso) menos revelados do Portugal-2007 é o saldo repressivo de um tempo que se mostrou fértil em ocorrências. Noticiados (ou nem isso) no correr dos dias, os exemplos sucedem-se e esquecem-se. Mas vistos no seu conjunto formam um quadro significativo como poucos da visão do Portugal do Partido Socialista, deixando-nos um eloquente alerta para o que se prepara. Só não vê quem queira muito não ver.


Os métodos de tortura da CIA

JMB (com agências e The Guardian) — 21 Dezembro 2007

tortura_72dpi.jpgHá cerca de 2 semanas, no ambiente de tricas eleitorais entre os dois partidos do regime nos EUA, surgiu mais um escândalo relacionado com a CIA. O director da agência teria dado ordens para destruir as gravações vídeo dos interrogatórios de dois “suspeitos de terrorismo”. Pode-se imaginar o teor dessas imagens… e compreende-se a pressa de as destruir.


Querem fechar o Grémio Lisbonense

JMB / Os Amigos do Grémio — 17 Dezembro 2007

gremiolisbonense_72dpi.jpgA segunda mais antiga colectividade do país, fundada em 1842 e situada em pleno Rossio, no coração da baixa pombalina de Lisboa, está há algum tempo ameaçada por interesses privados – diz-se que os Pestanas querem lá instalar mais um hotel. Agora recebeu a última ordem de despejo. Não valeram de nada os recursos. E de nada valeram – até agora – os apelos à Câmara Municipal, às forças políticas parlamentares ou ao Ministério da Cultura, em geral mais sensíveis aos negócios privados do que à vida associativa.


Um total de 110 anos de prisão para 24 activistas

(adaptado de midiaindependente.org e supportolegale.org) —

genova.jpgNa passada sexta-feira, 14 de Dezembro, foi encerrado o “processo dos 25” em que vinte cinco pessoas foram acusadas de “devastação e saqueio” nos protestos ocorridos em 2001 durante a reunião do G8, em Génova, Itália. Durante os protestos, que juntaram na cidade italiana 300 mil pessoas idas de todo o mundo – uma impressionante e inédita manifestação de internacionalismo contra o grupo das potências capitalistas dominantes – um jovem, Carlo Giuliani, foi abatido pela polícia à queima-roupa.
Um mês antes da sentença agora lida, 80 mil manifestantes vieram à rua reivindicar a autoria dos protestos de Génova. Não obstante, o resultado foi apenas um activista inocentado, enquanto os demais foram condenados a penas de cadeia que somam 110 anos (variando entre cinco meses e onze anos).


Repressão sobre os imigrantes na Coreia do Sul

Indymedia (adaptação) — 8 Dezembro 2007

coreiasul.jpgEm 27 de Novembro, três funcionários do Sindicato dos Migrantes da Coreia do Sul (SMCS) foram presos à saída de casa ou do emprego. A direcção do SMCS tem sido um alvo preferencial da intensificação geral da repressão do governo sobre os imigrantes indocumentados naquele país. Desde Agosto, cerca de 20 membros e funcionários foram detidos pelas autoridades. Reside na Coreia do Sul cerca de 1 milhão de estrangeiros, calculando-se que 230.000 deles sejam trabalhadores sem documentos. Atraídos pelo “sonho coreano”, o número de trabalhadores imigrantes na Coreia do Sul não pára de crescer. Como a política de imigração tem sido incapaz de encontrar soluções legais, o governo resolveu recorrer à brutalidade das detenções e das deportações.


Sevilha: centro social resiste ao despejo

Cândido Guedes — 7 Dezembro 2007

casasviejasmanif_72dpi.jpgNo bairro sevilhano de Pumarejo, às 8 da manhã de 29 de Novembro, jovens activistas ofereceram resistência não violenta à força policial enviada pelas autoridades para desalojar o Centro Social “Casas Viejas”, instalado numa antiga fábrica que há cinco anos fora por eles ocupada e recuperada para actividades sociais, de luta e culturais.


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