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Tópico: Liberdades
“Temos de virar a revolta contra quem nos explora”
29 Fevereiro 2008
Na preparação do dossiê sobre imigração publicado no último Mudar de Vida (edição em papel, de Fevereiro) entrevistámos Timóteo Macedo, dirigente da Solidariedade Imigrante, associação que presta apoio aos imigrantes no nosso país.
Diz o nosso entrevistado: “São os patrões que já não querem empregar os portugueses, nem os imigrantes legais. Querem a imigração indocumentada fragilizada, ilegal, para poderem praticar esse sistema dos negreiros e da escravatura moderna. Os patrões seleccionam, de acordo com a lógica do lucro. Os imigrantes não vêm roubar coisa nenhuma. Há trabalho para todos. Temos que virar essa revolta contra quem nos explora. Contra quem não nos dá trabalho com dignidade, com direitos, com melhores salários.”
Cesare Battisti
Um italiano preso político no Brasil
João Bernardo —
Chamámos a atenção no Mudar de Vida (notícia de 20 de Janeiro de 2008 no site e na pág. 12 do nº 5 do jornal) para o caso do militante anticapitalista italiano Cesare Battisti, cuja extradição o governo italiano tem vindo a reclamar desde 1990.
Em Março de 2007 Battisti foi detido no Rio de Janeiro e levado para o presídio comum do Distrito Federal (Brasília) onde os carcereiros, segundo relata a revista Piauí, além de o insultarem, o agrediram à joelhada e ao pontapé e lhe cuspiram em cima. Depois de ter denunciado esta situação ao Supremo Tribunal Federal, Battisti foi transferido para o cárcere da Polícia Federal, também em Brasília, e embora parassem as agressões, foi-lhe concedida apenas uma visita semanal, durante uma hora, com o máximo de duas pessoas, separados por vidro e conversando por interfone, e só pode receber dois livros por semana. O resto, são as condições habituais das cadeias brasileiras, superlotadas, com os detidos revezando-se para dormir.
Tortura
João Bernardo — 16 Fevereiro 2008
Fala-se muito da abundância de decapitados na Revolução Francesa, e com efeito as guilhotinas contaram-se entre as máquinas mais usadas naquela época, mas é geralmente esquecido o facto de os revolucionários de 1789 terem suprimido a tortura. Até então os interrogatórios haviam sido acompanhados por sevícias, aliás rigorosamente codificadas, e os condenados à morte por razões políticas eram executados no meio dos maiores sofrimentos. Além disso, para que os assistentes não ouvissem as injúrias que os condenados gritavam, os patíbulos eram rodeados por várias fileiras de soldados que tocavam tambores. Tudo isto foi suprimido na Revolução Francesa.
As antenas da democracia (1)
Ver e escutar
João Bernardo — 9 Fevereiro 2008
O semanário The Economist é um dos órgãos de informação mais respeitados em todo o mundo. Ligada ao grande capital transnacional e fiel defensora dos governos norte-americanos, essa revista oculta quando não quer divulgar, mas é muito exacta nos factos que relata, o que a converteu numa leitura obrigatória para os grandes patrões e os administradores das principais empresas. Por este motivo parece-me importante dar a conhecer aos leitores do Mudar de Vida as informações e as passagens mais significativas de um extenso artigo sobre vigilância electrónica publicado em The Economist de 29 de Setembro de 2007. Estou convencido de que os trabalhadores não devem desconhecer aquilo que os capitalistas sabem.
De novo os voos da CIA
Manuel Raposo — 8 Fevereiro 2008
28,57% de uma vida em Guantânamo
João Bernardo — 6 Fevereiro 2008
Há muito tempo atrás, quando eu era jovem, houve uma considerável vaga internacional de protestos porque a Pide, num dos mais vastos ataques dirigidos contra o sector estudantil do Partido Comunista, incluiu entre os detidos o José Augusto, aluno de liceu com catorze anos de idade. Como era menor, no entanto, o José Augusto não cumpriu pena nem em Caxias nem em Peniche e mandaram-no para a Tutoria, onde creio que foi tratado com benevolência porque os directores da instituição não tinham ficado satisfeitos com a função de polícias políticos que o salazarismo lhes atribuíra.
Imigração – Uma lei que proteje as máfias
António Cunha — 30 Janeiro 2008
Do caso dos 23 cidadãos marroquinos que acabaram detidos no Centro de Instalação Temporária do Porto há várias ilações a tirar: sobre a lei de imigração, o papel do governo de Sócrates, a figura do ministro Rui Pereira, e, enfim, sobre o ambiente geral em que Portugal está mergulhado.
Ninguém é ilegal!
Vigília no Porto de solidariedade com os imigrantes marroquinos expulsos
António Cunha — 24 Janeiro 2008
Por volta das 15h30 do dia 23, soara o alarme. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras preparava-se para, ainda nessa tarde, proceder à deportação de mais alguns dos imigrantes detidos no Espaço de Acolhimento de Estrangeiros e Apátridas, Unidade de Santo António, no Porto. Os que chegaram ao local cerca das 16h30 não viram sair ninguém. Por volta das 18h00, a advogada de alguns dos detidos informou que já só estavam seis marroquinos dentro do Centro de Instalação Temporária do SEF. A deportação vespertina já tinha tido lugar.
Terrorismo?
João Bernardo — 22 Janeiro 2008
O terrorismo tem sido definido como o recurso a formas violentas para derrubar as instituições vigentes. O curioso nesta definição é o seu carácter assimétrico, porque o facto de as instituições recorrerem sistematicamente a formas violentas para não serem derrubadas não costuma ser classificado como terrorismo. O que aliás não espanta, porque são os donos das instituições a ditar quem é terrorista e quem não o é.
Milton Wolff
Os que da lei da morte se libertam
Manuel Monteiro — 21 Janeiro 2008
Milton Wolff foi um daqueles homens cuja vida pode ser apontada como um exemplo do lutador pela liberdade. Morreu agora com 92 anos em Berkeley, Califórnia.
Militante das juventudes comunistas, mal rebenta a guerra civil espanhola alista-se como voluntário e, por feitos heróicos em combate contra as tropas fascistas, foi promovido a comandante da Brigada Lincoln.
