Os que da lei da morte se libertam

Manuel Monteiro — 21 Janeiro 2008

miltonwolff_crop.jpgMilton Wolff foi um daqueles homens cuja vida pode ser apontada como um exemplo do lutador pela liberdade. Morreu agora com 92 anos em Berkeley, Califórnia.
Militante das juventudes comunistas, mal rebenta a guerra civil espanhola alista-se como voluntário e, por feitos heróicos em combate contra as tropas fascistas, foi promovido a comandante da Brigada Lincoln. Hemingway escreveu no fim da guerra civil: “Nove homens comandaram os batalhões da Brigada Lincoln.Quatro morreram; quatro foram feridos. O nono era o bravo Milton Wolf”.

Combateu depois na 2 ª Guerra Mundial, enfrentou a “caça às bruxas” dos mccarthistas, participou em comités contra a guerra do Vietname. Durante a administração Reagan, e quando este financiava os contra-revolucionários na Nicarágua, Wolff entregou pessoalmente 20 ambulâncias ao governo sandinista, o que lhe valeu a fúria dos sectores direitista dos EUA, mas também a admiração e o incentivo de todos os que defendem a liberdade dos povos. Em resumo: uma vida de combatente cuja linha orientadora foi sempre de grande coerência, tendo como meta a total emancipação e liberdade dos povos.

(com base na biografia publicada no DN)


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