Conan Osíris ao serviço do apartheid

António Louçã — 6 Abril 2019

Roger Waters escreveu ao cantor português uma carta tocante e fraterna, convidando-o a boicotar o Festival da Eurovisão. Só tinha um erro: considerar Osíris “talentoso”. Na verdade, Osíris é um artista medíocre e cabotino, que irá a Tel Aviv prestar um serviço ao colonialismo israelita e cairá no esquecimento imediatamente a seguir.


EUA em busca de “nova ordem” imperialista

Manuel Raposo — 28 Março 2019

A caminho dos três anos de mandato, já não se pode dizer que Donald Trump seja um simples aventureiro guindado à presidência da maior potência imperialista do mundo por um desvario dos eleitores ou um golpe nas urnas. O seu percurso, espalhafatos à parte, tem mostrado o propósito firme das classes dominantes norte-americanas (pelo menos uma parte determinante delas) de se imporem ao resto do mundo de um modo diferente do que tinham feito até aqui, na tentativa de recuperarem a hegemonia em perda.


O fascismo sob protecção democrática

Manuel Raposo — 22 Março 2019

O atentado que matou 50 muçulmanos na Nova Zelândia parece ter deixado desconcertada a maioria das autoridades internacionais e dos comentadores de serviço, que sempre vêm a terreiro para nos dizer como devemos entender as coisas. Habituados a apontar o dedo ao “radicalismo islâmico” ou à “extrema esquerda”, viram-se na posição incómoda de ter de explicar o acto de um declarado fascista, admirador de Donald Trump.


Extremosos democratas

Urbano de Campos — 15 Março 2019

O Parlamento Europeu enviou à Colômbia uma delegação, que pretendia entrar na Venezuela a 23 de Fevereiro, para apoiar Guaidó e dar cobertura à manobra montada pelos EUA a pretexto da “ajuda humanitária”. Como se sabe, ficaram na fronteira, juntamente com os camiões. Da delegação fazia parte Paulo Rangel (PSD), que se tem destacado no ataque ao regime venezuelano, invocando sempre, claro está, os interesses “do povo”. Ora, o fulano traz consigo uma história que, nesta ocasião, vale a pena relembrar.


Contra o apartheid israelita

14 Março 2019

O jornalista, escritor e activista britânico Ben White, especializado na questão palestiniana, foi convidado pelo Comité de Solidariedade com a Palestina e a Fundação Saramago para uma conferência, seguida de debate, intitulada “O apartheid israelita: o que importa saber”. Terá lugar a 19 de Março, às 18h30, na Fundação José Saramago, em Lisboa.
A sessão insere-se na iniciativa mundial Semana do Apartheid Israelita 2019 que, em Lisboa, conta com mais as seguintes iniciativas co-organizadas pelo CSP:
21 de Março, 18h00 — Mesa redonda com Tiago Rodrigues, Miguel Vale de Almeida e Shahd Wadi, no ISCTE, Av. das Forças Armadas.
25 de Março, 19h00 — Exposição sobre o apartheid e filme sobre Gaza, na Sirigaita, Rua dos Anjos 12F.


Chamar os bois pelos nomes

António Louçã — 11 Março 2019

Nas discussões sobre a violência doméstica, não há dúvidas sobre quem é quem. À direita, aparece-nos um partido – o Vox espanhol – a reclamar o desagravamento das penas previstas para a violência de género. Da esquerda vêm as propostas mais incisivas para combater esse tipo de violência. Mas há surpresas.
Surpreende, por exemplo, que na acesa polémica sobre o juiz Neto de Moura, o PCP recuse criticar o juiz, a pretexto de não querer “individualizar”.


Não se enxergam…

4 Março 2019

Nuno Severiano Teixeira foi ministro da Administração Interna e da Defesa em governos do PS. É professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa e Visiting Professor na Georgetown University, Washington. Escreve para a imprensa na qualidade de fazedor de opinião. Um destes dias, escreveu no Público 103 linhas de texto em que repete as maiores vacuidades de qualquer banal notícia acerca da cimeira de Hanói entre Trump e Kim. Destas 103 linhas usa, a abrir, 42 para nos dar a saber que frequenta “o barbeiro mais famoso de Washington” o qual “corta o cabelo a embaixadores e generais, senadores e Presidentes”. E explica: “Como o preço é módico, é lá que costumo cortar o cabelo”.
Exemplares destes,


EUA e UE perdem primeiro assalto

Manuel Raposo — 1 Março 2019

Se a manobra montada pelos EUA em 23 de Fevereiro, na fronteira entre a Venezuela e a Colômbia, pretendia ser o golpe final contra o regime venezuelano, a coisa fracassou. Contrariamente à dramatização que os meios de propaganda fizeram do caso, entre eles a “nossa” RTP, nem os militares venezuelanos desertaram, nem os confrontos chegaram para justificar no imediato uma acção militar externa. O cavalo de Tróia não atravessou a fronteira.


Marcelo abre caminho

27 Fevereiro 2019

Os pareceres da Procuradoria Geral da República e do Supremo Tribunal Administrativo a favor da requisição civil dos enfermeiros, decidida pelo Governo, deu pretexto ao presidente da República para lançar um aviso aos trabalhadores, especialmente da função pública, sobre as greves. Disse ele que, de futuro, os sindicatos terão de ter uma “preocupação acrescida” quando decidirem fazer greve, brandindo a arma da requisição civil. De facto, os pareceres da PGR e do STA, não tendo analisado os fundamentos da requisição (se houve ou não cumprimento dos serviços mínimos pelos grevistas) deram ao Governo uma espécie de carta branca, que Marcelo pelos vistos quer transformar em regra. Com o ar de paladino


Sobre as greves dos últimos meses

Manuel Raposo — 25 Fevereiro 2019

A agitação que desde há meses tem levado à greve as classes médias assalariadas — enfermeiros, professores, médicos, polícias, guardas prisionais, juízes, outros funcionários públicos — todas elas de algum modo dependentes do Estado, contrasta com a quietude quase geral da massa operária e proletária.


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