Arquivo: Março 2015

As figuras que eles fazem

Pedro Goulart — 30 Março 2015

SL_MRS_DBSurgiu há pouco tempo na comunicação social mais uma polémica menor, contribuindo para distrair os portugueses das questões essenciais do País. Foi quando Cavaco Silva publicou no site da Presidência o prefácio ao seu livro Roteiros IX, onde manda alguns palpites sobre o perfil do seu sucessor. Aí, entre outras coisas, Cavaco afirma que o futuro PR deve ser experiente em política externa, porque esta “é hoje uma das principais funções” inerentes ao cargo. Talvez Cavaco estivesse aqui a pensar na “experiência” política externa do seu correligionário Durão Barroso, que serviu de anfitrião nas Lajes a George Bush, Tony Blair e José Maria Aznar, onde “sabiamente” decidiram a invasão militar do Iraque, para “eliminar as armas de destruição maciça”, que que nunca chegaram a ser encontradas.


Despejos em Santa Filomena, Amadora

No passado dia 26, foram detidos dois activistas pela PSP, quando um grupo de dezenas de manifestantes protestavam contra as demolições ordenadas pela Câmara da Amadora, no bairro de Santa Filomena. Salientamos que vários despejos e demolições violentas têm acontecido neste bairro desde de Junho de 2012.
As demolições agora retomadas traduziram-se, nos últimos dias, no despejo de cerca de 40 pessoas, entre as quais crianças e idosos, que não têm qualquer alternativa de alojamento.


Manifestação em Frankfurt contra a austeridade

22 Março 2015

18 de Março. Cerca de 10 mil manifestantes coordenados pelo movimento anti-austeridade alemão “Blockupy” estiveram nas ruas da cidade alemã de Frankfurt a protestar contra o nefasto papel desempenhado pelo Banco Central Europeu (BCE) como membro das troikas, referindo em particular o caso da Grécia. Frankfurt foi palco de violentos confrontos entre manifestantes e a polícia por altura da inauguração da nova e luxuosa sede do BCE, que acabaria por custar cerca de 1,3 mil milhões de euros. Os manifestantes atiraram pedras contra as janelas de vários edifícios e contra a polícia, incendiando também contentores de lixo e carros policiais. As forças repressivas usaram jactos de água e gases lacrimogéneos contra os manifestantes. Daqui resultaram numerosos feridos e centenas de detidos.


Prisão de antifascistas no estado espanhol

Pedro Goulart —

NoPasaranEm 27 de Fevereiro último, a polícia do estado espanhol deteve oito jovens, de origens comunistas diversas, que terão combatido no Donbass em solidariedade com a revolta popular contra o regime de Kiev. As detenções agora efectuadas, foram levadas a cabo no âmbito da operação antiterrorista Danko, dirigida pela Audiência Nacional espanhola (em muitos casos, um digno sucessor do Tribunal de Ordem Pública da Ditadura) e realizaram-se em Madrid, Barcelona, Pamplona, Cartagena, Gijón e Cáceres.


Que não se percam os ganhos da luta do povo grego


José Borralho — 16 Março 2015

greciaO primeiro ganho da luta que o povo grego desenvolveu contra a austeridade da Troika, através de dezenas de greves gerais e de fortíssimas manifestações e ocupações combativas, foi o esfrangalhamento dos vendilhões “socialistas” do Pasok, que ficaram reduzidos a um grupo insignificante depois de durante anos terem sido os aplicadores, em conjunto com a direita da Nova Democracia, da política austeritária e de endividamento da Grécia.



O segundo ganho da luta do povo grego foi levar ao poder uma coligação de pequenos partidos que em nome da esquerda apresentaram ao povo um programa anti-Troika, anti-austeridade, em essência anti-potência alemã, que provocou em toda a União Europeia um arrumar de forças do capital: todos ao lado da Alemanha, todos contra a Grécia e contra os seus próprios povos.




Uma “democracia exemplar”

15 Março 2015

O Supremo Tribunal dos Estados Unidos recusou recentemente analisar dois recursos relativos aos maus-tratos infligidos aos detidos em Guantânamo e proibiu a divulgação de imagens. Num dos casos, o ex-preso político sírio Abdul Rahim Abdul Razak al Janko pretendia processar a Administração norte-americana pelos prejuízos decorrentes da forma como foi tratado em Guantânamo durante sete anos. O ex-preso afirmou ter sido sujeito a métodos que o tentavam derrubar, física e psicologicamente, que lhe causaram “grave sofrimento”, citando, entre outros: os anos de isolamento, as longas crises de privação de sono, as “severas agressões”, as ameaças, incluindo contra a sua família, bem como a falta de assistência médica e a “contínua” humilhação e assédio.


Greve geral da função pública dia 13 de Março

12 Março 2015

Devido a esta paralisação convocada pela Frente Comum (CGTP), STE, Fesap (UGT) e apoiada pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM), pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), pela Federação Nacional dos Professores(Fenprof) e pela Federação Nacional da Educação (FNE) é de prever enorme repercussão em numerosos serviços públicos, particularmente em hospitais, escolas, tribunais, centros de saúde, câmaras municipais e juntas de freguesia. Estão em causa numerosas reivindicações dos trabalhadores, entre outras : contra o corte de salários, a não actualização de pensões, o congelamento de carreiras e a requalificação (outra forma de se dizer despedimento). A luta pelo regresso à jornada de trabalho de 35 horas também é retomada.


Austeridade sem fim?

Pedro Goulart — 9 Março 2015

essa-divida-naominhaApesar da obediência canina do governo PSD/CDS em relação aos centros imperialistas europeu e americano, e depois da festejada “saída” da Troika de Portugal — o fim do tempo do “protectorado”, segundo Portas — continuam as avaliações dos organismos troikanos, onde se tecem considerações e traçam orientações visando condicionar a futura governação do País.
Naquela que foi chamada a primeira avaliação pós-Troika, de Janeiro de 2015, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que a passagem do salário mínimo português de 485 para 505 euros foi “prematura” e que o valor anteriormente garantido “não estava num nível tão baixo” que necessitasse do actual aumento. Sabendo que Portugal era, em 2013, o quarto país da zona euro a apresentar custos laborais por hora mais baixos, assim como o pouco que se pode adquirir com 485 euros mensais, é caso para perguntar: quem são as bestas que afirmaram que o salário mínimo de 485 euros, em Portugal, não era assim “tão baixo”?


Manifestações contra a exploração e o empobrecimento, 7 Março

3 Março 2015

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A CGTP convocou para o próximo dia 7 de Março (6 de Março nos Açores e Madeira)uma Jornada Nacional de Luta que incluirá manifestações em todas as capitais de distrito, pela defesa dos serviços públicos e pela reposição dos direitos sociais e laborais dos portugueses.
Locais de concentração:

Aveiro – 15h00, Largo da Estação
Beja – 11h00, Junto à União Sindical

Braga – 15h00, Sector Público (Largo do Pópulo); Sector Privado (Largo da Estação)

Bragança/Mirandela – 15h30, Rua da República, em Mirandela

Castelo Branco/Covilhã – 15h30, Jardim Público da Covilhã

Coimbra – 15h00, Praça da República

Évora – 10h00, Praça 1.º de Maio
Faro – 15h30, Largo do Mercado
Funchal – 6 de Março, 15h30, Praça Central (junto à Secretaria dos Recursos Humanos e Educação)

Guarda – 10h3, Jardim José Lemos

Leiria – 15h00, Largo da Infantaria 7 (junto à Igreja de Sto. Agostinho)

Lisboa – 15h00, Campo das Cebolas
Ponta Delgada, Horta e Faial – 6 de Março, Junto à Assembleia Regional

Portalegre – 11h00, Largo Luís de Camões

Porto – 15h30, Praça do Marquês

Santarém – 15h00, Junto à Segurança Social
Setúbal – 15h00, Praça do Município

Vila Real – 10h00, Mercado Municipal (junto à Rodonorte)

Viseu – 15h30, Rua Formosa


Internacionalismo, exige-se

2 Março 2015

Importantes sindicatos alemães manifestaram o seu apoio à viragem política na Grécia, repudiando as chantagens da União Europeia e apontando o resultado eleitoral como “um veredicto devastador” sobre a política de austeridade. Porque não fazem o mesmo as organizações sindicais e laborais portuguesas?

O sinal dado pelos eleitores gregos requer solidariedade entre todos os trabalhadores da UE, sobretudo dos que estão nas mesmas condições. Só essa solidariedade pode criar uma frente de oposição ao domínio do grande capital imperialista europeu. O reforço da luta contra a austeridade e contra o ruinoso pagamento da dívida, mais do que nunca necessário, passa por essa solidariedade. As vítimas da austeridade não conseguirão alterar os acontecimentos no seu país se não derem apoio e se não contarem com o apoio dos trabalhadores dos demais países na mesma situação.


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