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18 Novembro 2025
Tópico: Trabalho
Luta de classes, senhores, é luta de classes!
Manuel Raposo — 18 Novembro 2025

Para o patronato nacional e para as forças políticas que o representam, o padrão de governação ideal é o da troika. Essa referência da nossa história recente não pode ser esquecida porque está aí a evidência prática dos propósitos do Governo e das confederações patronais ao meterem mãos à revogação das leis laborais. Submeter o trabalho à exclusiva vontade de gestores e patrões (e mesmo aos humores de uns e outros), retirar ao trabalho os meios de resistir às medidas ditatoriais que o capital entenda levar a cabo, reduzir os trabalhadores a um somatório de indivíduos facilmente manipuláveis, colocá-los em concorrência fratricida uns com os outros (nacionais ou imigrantes) – é essa a finalidade, mal disfarçada com a propaganda reles de “fazer crescer o país”.
Greve geral. Reerguer a luta dos trabalhadores
Editor / António Barata —

As medidas propostas pelo Governo de alteração ao código do trabalho, fruto de uma concertação absoluta com as confederações patronais, não deixam margem para dúvidas sobre o que pretendem: cortar nas condições de vida dos assalariados e reduzi-los a uma massa de gente sem capacidade de resistência que cada patrão possa manipular como e quando quiser. Depois da grande e combativa manifestação do passado dia 8 contra o pacote laboral, a questão que se coloca é a de fazer da greve geral marcada para 11 de dezembro um ponto de viragem na resistência dos trabalhadores ao patronato e à direita.
NATO e UE empurram-nos para a guerra
Manuel Raposo — 17 Julho 2025

As últimas semanas deram a conhecer mais um capítulo do avassalamento da Europa perante o imperialismo norte-americano. Os 5% de despesas militares exigidos por Trump aos membros da NATO, mais o compromisso dos europeus de sustentarem a guerra na Ucrânia comprando material militar aos EUA, mais as tarifas aduaneiras impostas às exportações europeias significam a completa submissão da Europa aos desígnios norte-americanos.
O que a onda de despedimentos anuncia
Urbano de Campos — 20 Dezembro 2024

Com ar ufano, o primeiro-ministro fez-nos saber que Portugal é “um farol de estabilidade” na Europa – nas finanças, na política, na paz social. Montenegro não podia ter escolhido melhor ocasião para o auto-elogio: precisamente quando milhares de trabalhadores são lançados no desemprego por centenas de empresas que promovem despedimentos colectivos, e quando mesmo os economistas mais optimistas e os empresários mais voluntariosos anunciam que está montado o palco para uma tempestade perfeita que ameaça o país e toda a Europa.
Crónica de um 25 de Abril diferente
Manuel Raposo — 28 Abril 2024

O país foi palco de uma das maiores manifestações de repúdio pelo fascismo. Muitas centenas de milhares de pessoas comemoraram o 25 de Abril deste ano não apenas como uma evocação saudosa, mas como uma exigência de luta do momento presente. Foi a resposta, dada na rua, aos avanços da direita e da extrema-direita conseguidos nas urnas há mês e meio. Decididamente, o voto não é a arma do povo.
O nervo do 25 de Abril
Urbano de Campos — 25 Abril 2024
O Apelo da Comissão Promotora das Comemorações Populares do 25 de Abril retoma sem surpresa as mesmas ideias vagas de todo os anos, resumidas na frase: “alegria e confiança no futuro”. Não se poderia pedir mais a uma comissão que visa chamar o maior número de manifestantes ao desfile comemorativo. Mas, sem intenção de estragar a festa – em que empenhadamente participamos – , tem lugar perguntar como se pode “avançar na concretização dos direitos” da maioria, “combater as desigualdades” que crescem, ou melhorar a vida “dos que têm cada vez menos” sem pôr em causa o regime consolidado neste meio século.
Sentença do BCE: os assalariados que paguem
Manuel Raposo — 1 Julho 2023

Fiel ao preceito de “primeiro manducar, depois filosofar”, o fórum do Banco Central Europeu reunido em Sintra começou com um jantar no dia 26. No encerramento, dois dias depois, a presidente Christine Lagarde não deixou margem de dúvida acerca de quem deve pagar os custos da inflação e do tem-te-não-caias da economia europeia: os trabalhadores assalariados. As piores previsões feitas no final do ano passado confirmaram-se por inteiro: retrocesso económico, subida dos preços, desvalorização dos salários. Mas houve quem ganhasse: o grande capital.
A exploração de trabalho infantil nos EUA
Editor / Workers World — 17 Março 2023

Como a base da civilização é a exploração de uma classe por outra classe, alertava Friedrich Engels em 1884, cada progresso da produção é simultaneamente um retrocesso na situação da classe oprimida. Poderia pensar-se que, século e meio volvido, tal drama tivesse sido ultrapassado e que o “crescimento económico” proporcionasse óbvio bem-estar às populações colocadas na senda do “progresso”. O dia a dia dos trabalhadores de hoje, em todos os cantos do planeta, desmente tal ideia. Mas a denúncia recente de exploração de mão-de-obra infantil nos EUA vem dar ao caso uma outra dimensão.
Ponto de mira
Uma dívida que não é nossa, uma guerra que não queremos
Editor — 13 Outubro 2022
Quer o Orçamento do Estado quer o “acordo de rendimentos” firmado há dias na Concertação Social consagram a perda de poder de compra dos trabalhadores diante da inflação. Nem os salários são aumentados ao nível da carestia, nem a especulação com os preços é travada. Esta espoliação marca a linha política do Governo e mostra — para lá de todas as “ajudas” e de todo o palavreado — quais as classes sociais que o Governo sacrifica no altar da crise económica.
O significado de “reconstruir” a Ucrânia
Editor / Michael Roberts — 23 Setembro 2022

As notícias e discussões sobre a guerra na Ucrânia, essencialmente centradas sobre os confrontos militares e políticos, têm deixado na sombra operações de outra ordem, decorridas nos bastidores internacionais do poder, que são cuidadosamente furtadas à opinião e ao julgamento públicos. Estão neste caso as repetidas reuniões à volta da “recuperação” ou da “reconstrução” da Ucrânia. Estas iniciativas, apresentadas como gestos de solidariedade e de apoio, mal mascaram as ambições económicas do capital ocidental a respeito dos recursos naturais da Ucrânia, entre eles a sua imensa riqueza agrícola.