Tópico: Mundo

“Porque apoiamos o boicote a Israel”

info-palestine.net / CSP — 20 Maio 2012

As condições em que o Estado de Israel tem actuado como ferro de lança do imperialismo, sobretudo norte-americano, estão a sofrer mudanças que favorecem os direitos dos palestinos e dos povos árabes em geral. A resistência palestina em primeiro lugar, depois o forte movimento popular no Egipto que minou a base da mais importante aliança de Israel, finalmente a solidariedade internacional para com os palestinos e o crescente boicote ao apartheid israelita – são factores que complicam a vida à política sionista. Um outro movimento, este interno a Israel, conflui com os demais: o dos refuseniks, militares que se recusam a colaborar na ocupação dos territórios palestinos e a reprimir a população árabe. A declaração que publicamos é o testemunho de dois desses militares.


Importante vitória da resistência palestina

CAPJPO-EuroPalestine / CSP — 18 Maio 2012

A direcção da luta dos presos palestinos em greve da fome desde 17 de Abril, alguns desde há mais de dois meses, chegou ontem a um acordo com o governo israelita, informa uma mensagem do Comité de Solidariedade com a Palestina. Esse acordo, que teve a mediação do Egipto, responde às reivindicações principais dos grevistas: o fim da detenção administrativa, a obrigação de os detidos serem julgados ou libertados e o fim das medidas de isolamento. O governo israelita foi obrigado a ceder diante da determinação dos presos e da onda internacional de solidariedade gerada em torno da luta que se saldou, assim, numa vitória importante para os grevistas e para o povo palestino.


Que mudanças houve na França e na Grécia?

Manuel Raposo — 14 Maio 2012

As eleições, por regra, não revolucionam os regimes que as promovem – quando muito, mostram os limites das mudanças comportadas por esses mesmos regimes. Mas há resultados que são sintoma de alterações que estão a operar-se, que espelham o movimento das classes nelas envolvidas. É o caso das eleições realizadas nos últimos dias em França (presidenciais) e na Grécia (legislativas). Todos os comentários têm dito o óbvio: que em ambos os casos “os eleitores” rejeitaram as políticas de “austeridade” e “penalizaram” as forças que as promoveram. Mas isso é ficar pela superfície da questão. Neste caso, importa mais ver de que modo e quem rejeitou a “austeridade”, e em que estado ficaram os regimes e as forças partidárias em resultado do voto.


Derrota dos EUA e da NATO

10 Maio 2012

A situação no Afeganistão complica-se para os EUA. Depois de um ataque dos talibã à capital Cabul, em Abril, ter tomado conta, durante horas, das zonas onde se situam as embaixadas, o parlamento e o quartel-general da NATO, o presidente Karzai acusou os serviços de informação da NATO de fracasso. Em 1 de Maio, poucas horas depois de uma visita relâmpago de Barack Obama a Cabul, para assinar um acordo de “cooperação” com… o regime imposto pelos EUA, explodiu um carro bomba perto de uma base da NATO. Somado a isto, o presidente francês eleito, François Hollande, declarou que as tropas francesas (3300 homens) sairão do Afeganistão até final de 2012. Cheira a derrota ao estilo do Vietname.


Economia dos EUA estagnada

8 Maio 2012

A anunciada retoma da economia dos EUA dá sinais de fraquezas. Os 3% de crescimento do último trimestre de 2011 desceram para 2%, no primeiro trimestre deste ano. Além disso, estão a ser criados menos empregos dos que os esperados pelos gurus da recuperação e a baixa da taxa de desemprego deve-se ao número crescente de pessoas que desistem de procurar trabalho, por ser inútil. O presidente do Banco Central norte-americano, que tinha lançado foguetes nos dois primeiros meses do ano, teve agora, diante dos dados de Março, de reconhecer que as coisas “permanecem longe do normal”. A estagnação prossegue, afinal; e o crescimento, quando há, é à custa do emprego.


“Levar os traidores do povo ao pelourinho”

ALR / MR / PG — 9 Abril 2012

Um reformado grego de 77 anos, Dimitris Christoulas, antigo farmacêutico, suicidou-se no dia 4 de Abril com um tiro na cabeça, na Praça Sintagma, no centro de Atenas, frente ao parlamento, para onde habitualmente convergem as manifestações de protesto da população grega. Deixou um bilhete explicando porque punha fim à vida, no qual culpava o governo e as medidas de empobrecimento impostas ao povo grego.


Greve geral no Estado espanhol e demarcações políticas

Carlos Completo — 4 Abril 2012

Em 29 de Março, o Estado espanhol foi confrontado com uma greve geral que abrangeu perto de 10 milhões de trabalhadores. Além das paralisações houve ocupações. Foi ampla a participação de trabalhadores e de militantes anticapitalistas nos piquetes de greve. As principais centrais sindicais, CCOO e UGT, assim como a CNT, a CGT e a LAB, estiveram profundamente envolvidas nas lutas. As fábricas de automóveis, o sector dos transportes (incluindo os transportes aéreos), portos, centros de abastecimento na Andaluzia e Catalunha, sectores químico, mineiro, têxtil e postal, recolha de lixo e mesmo os média do sistema, foram os sectores mais afectados pelas paralisações. Num país com mais de 5 milhões de desempregados e com uma brutal reforma laboral agora imposta pelo patronato e pelo governo de Mariano Rajoy, é natural que cresça o descontentamento e a luta das classes trabalhadoras e do povo contra tais políticas.


Crise humanitária em Gaza

Ziad Medoukh / MV — 23 Março 2012

Quando todas as atenções noticiosas se viram para os três judeus franceses mortos nos atentados de Toulouse (das restantes vítimas quase nem se fala), importa lembrar que a matança diária de palestinianos prossegue às mãos do Estado israelita, quer através de ataques militares, como nas últimas semanas, quer estrangulando a vida das populações árabes, especialmente em Gaza, por meio de um bloqueio criminoso. É para isso que nos alerta o artigo seguinte sobre os efeitos da falta de energia eléctrica na faixa de Gaza, vai para quase dois meses.


Síria: um testemunho de Damasco

Bawsat / MV — 18 Março 2012

A campanha dos EUA e da União Europeia contra a Síria está no auge. Cientes do que sucedeu no caso recente da Líbia com a aprovação de sanções pela ONU, a China e a Rússia decidiram desta vez não ir atrás de norte-americanos e europeus, impedindo assim uma intervenção militar com o aval das Nações Unidas. Mas as potências imperialistas não desistem e fazem tudo para impulsionar a acção armada contra o regime sírio, concretamente fornecendo material de guerra aos rebeldes. A par disso, levam a cabo a indispensável demonização do regime, tal como nos casos antecedentes do Iraque e da Líbia. O testemunho seguinte, uma carta enviada de Damasco e publicada no blogue Spectrum, lança alguma luz sobre o caso.


Ironias da crise

Jorge Beinstein / MV (*) — 16 Março 2012

Pegando em dois factos aparentemente sem relação – a revolta árabe de 2011 e o desastre nuclear de Fukushima no Japão – o economista Jorge Beinstein mostra que ambos decorrem da corrida desenfreada do capitalismo industrial às fontes de energia. Num caso, condenou o Japão a atapetar o seu território, de alto risco sísmico, com uma multidão de centrais nucleares sem controlo eficaz; noutro caso, converteu o mundo árabe numa área subdesenvolvida consagrada à extracção intensiva e ao transporte de petróleo.
“O mundo burguês anterior aos colapsos económicos de 2007-2008”, diz o autor, “encaminhava-se eufórico e triunfalista para um variado leque de crises (energéticas, financeiras, sociais, ambientais, políticas, etc.) cuja convergência dava sinal da proximidade de um ponto de inflexão decisivo, de passagem rápida para uma época turbulenta”. É desta mudança que Beinstein procura captar o sentido.


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