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Tópico: Mundo
Derrotar o ninho de víboras
Fred Goldstein (*) — 20 Março 2017
O governo Trump prossegue a sua política de ataque às massas trabalhadoras e imigradas. O chefe do Departamento de Segurança Interna, general John Kelly, assinou diversos memorandos que alargam amplamente a definição de imigrantes indocumentados, imediatamente sujeitos a deportação.
Têm sido realizadas detenções aleatórias em todo o país. O medo instala-se nos bairros, desde Long Island a Los Angeles a Chicago e às áreas de fronteira. Os imigrantes têm medo de andar de carro ou de ir até uma loja com receio de serem apanhados pelos agentes da Imigração e da Alfândega. Atravessar a fronteira é agora considerado um crime sujeito a deportação. Isto aplica-se a 11 milhões de pessoas. Além das deportações, há uma escalada de assédio arbitrário que se multiplica por todo o país.
Para reeducação
15 Março 2017
Uma agente da CIA, a luso-americana Sabrina de Sousa, foi condenada em 2007 por um tribunal italiano a quatro anos de cadeia por cumplicidade no rapto do imã de Milão Abu Omar. A operação foi planeada e executada pela CIA e pelos Serviços Secretos Militares italianos em Fevereiro de 2003 no âmbito das operações “extraordinárias” ditas de luta contra o terrorismo desencadeadas pela administração Bush. Omar foi enviado para o Egipto e aí torturado a cargo do ditador Hosni Mubarak, a quem os EUA encomendavam tais serviços. Apesar de inocente de quaisquer acusações, Omar só foi libertado em 2007.
Nesse ano, a justiça italiana julgou o caso e condenou os implicados no crime, incluindo os agentes da CIA, mas todos acabaram por ser perdoados, por intervenção das autoridades dos EUA. Restava Sabrina.
O caminho para o impeachment de Trump
António Louçã — 6 Março 2017
Ao longo do último século, a história das presidências norte-americanas foi uma ininterrupta passerelle de vilões, cínicos, perversos, tarados, sanguinários, gananciosos ou mentecaptos. Houve entre os inquilinos da Casa Branca quem tivesse alguns destes atributos e houve quem os tivesse todos. Mas é verdade que Donald Trump está para além destas características comuns ou recorrentes das várias presidências.
O novo presidente dos EUA já foi comparado com Nixon pela sua paranóia obsessiva, com Reagan pela sua estupidez ortorrômbica, com Bush filho pela sua ignorância esparvoada. Também se esboçaram comparações com Truman, no que respeita à apetência pelo gatilho nuclear, com Kennedy ou Clinton no que respeita à indiscreta voracidade sexual e, no seu caso, a um exibicionismo verdadeiramente fanfarrão.
A vitória da Síria
Manuel Raposo — 31 Janeiro 2017
A conferência de Astana, Cazaquistão, realizada em 23 e 24 de Janeiro, que juntou os dirigentes sírios e representantes da oposição (basicamente o chamado Exército Livre da Síria), marcou uma importante viragem política na situação vivida na Síria nos últimos seis anos, depois da viragem militar que representou a reconquista de Alepo em final de Dezembro.
Mesmo não podendo para já considerar-se uma vitória definitiva, a mudança que agora se pode observar — traduzida no cessar-fogo, no reconhecimento da legitimidade do regime sírio, na abertura de negociações, no isolamento dos rebeldes — representa uma derrota dos planos dos imperialistas norte-americanos e europeus de fazerem da Síria o que fizeram do Iraque e da Líbia.
Resistir contra o genocídio de um povo
Comité de Solidariedade com a Palestina — 28 Janeiro 2017
Nakba é a palavra árabe para designar a catástrofe que foi a fundação do Estado de Israel no território da Palestina. A “catástrofe” deveu-se ao facto de existir um povo de carne e osso nessas terras supostamente desabitadas que iriam abrigar a invenção de um “povo judeu”. A catástrofe foram os massacres de 1947-48 pelas milícias sionistas, a destruição de aldeias palestinianas e a expulsão dos seus habitantes.
A grande tragédia desta catástrofe é a voracidade insaciável do Estado de Israel, que até hoje omite desenhar as suas fronteiras nacionais em qualquer atlas geográfico, na certeza de que elas serão sempre e sempre alargadas.
Justiça de classe
Christine Lagarde culpada mas sem punição
Pedro Goulart — 23 Dezembro 2016
A Justiça francesa considerou agora a diretora-geral do FMI culpada por “negligência” num processo de pagamento estatal ao empresário Bernard Tapie, quando Christine Lagarde era ministra das Finanças do então presidente Nicolas Sarkozy. Os juízes responsáveis por este processo alegaram que o falhanço da ex-ministra das Finanças em contestar a indemnização de cerca de 404 milhões de euros atribuída ao empresário tinha sido negligente e levado à utilização indevida de fundos públicos. Mas, sem vergonha, o mesmo Tribunal de Justiça da República de França não aplicou qualquer punição a Christine Lagarde nem, tão-pouco, ficou registada qualquer condenação no seu cadastro criminal.
Seis milhões de crianças morrem por ano de causas evitáveis
Pedro Goulart — 9 Dezembro 2016
Segundo dados da UNICEF, seis milhões de crianças continuam a morrer no mundo todos os anos devido a causas que são evitáveis. Apesar dos progressos alcançados nas últimas décadas — há 15 anos havia quase o dobro das crianças hoje nesta situação — a UNICEF recorda que as crianças dos agregados familiares mais pobres têm duas vezes mais probabilidades de morrer antes dos cinco anos do que as crianças dos meios mais ricos. E a verdade é que doenças infecciosas, diarreia, desidratação mortal e subnutrição crónica, causas de morte da maior parte destas crianças, seriam tratáveis a custos relativamente baixos.
Até à vitória, sempre!
Manuel Raposo — 27 Novembro 2016
Num exercício de jornalismo cínico, a comunicação social (nacional e estrangeira) está a fazer da morte de Fidel Castro um espectáculo de audiência garantida — temperando, claro, a imagem de ídolo popular e de revolucionário (a que não podem fugir) com a de “ditador”. Neste jogo, valem mais os festejos boçais dos imigrados cubanos nos EUA e os comentários rançosos dos “dissidentes” pró-americanos do que o apreço da maioria da população cubana pelo papel de Fidel na revolução de 1959 e na transformação de Cuba desde então. É mais uma tentativa de enterrar a ideia de revolução social com um dos últimos revolucionários do século XX.
Chef Avillez colabora
20 Novembro 2016
A fachada do restaurante Cantinho do Avillez, no Porto, foi pintada de vermelho por causa da participação do chef José Avillez num festival gastronómico em Israel. Na fachada podia ler-se: “Liberdade para a Palestina”, “Avillez colabora com a ocupação sionista” e “Entrada: uma dose de fósforo branco”.
O chef José Avillez participou no festival gastronómico Round Tables, em Israel. Trata-se de um festival que decorre até final de Novembro e que conta com a participação de vários chefs internacionais de renome. Mas a visita de Avillez a Tel Aviv gerou críticas, nomeadamente por parte do movimento pró-palestiniano Boicote, Desinvestimento e Sanções, ou BDS — um movimento criado em 2005 para exigir a imediata descolonização israelita e o derrube do muro da Cisjordânia.
O blogue Palestina Vence informa que vários activistas contra o regime israelita de ocupação e apartheid lançaram
Militares portugueses saem do Kosovo
Pedro Goulart — 15 Novembro 2016
Após 18 anos na missão militar da NATO, termina em meados de 2017 a presença portuguesa no Kosovo. Entrevistado pela Lusa, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, justificou a decisão afirmando que as “condições estratégicas e operacionais que ditaram o envio da força portuguesa se alteraram, nomeadamente as condições de segurança e estabilidade no território, hoje francamente mais favoráveis ao normal desenvolvimento do Kosovo”.
Actualmente, estão 189 militares portugueses no Kosovo, mas o contingente já chegou a exceder os 300, como aconteceu de 1999 a 2001, ano em que parte dos militares regressou a Portugal.