Tópicos
- Aos Leitores (20)
- Breves (968)
- Cartas (44)
- Cultura (42)
- Economia (157)
- Editorial (76)
- Efeméride (51)
- Liberdades (519)
- Mundo (893)
- País (1371)
- Política (1377)
- Sociedade (260)
- Trabalho (449)
- Tribuna (15)
- Ver-Ouvir-Ler (37)
Links
Número de consultas:
(desde 7 Outubro 2007)
Última actualização do site:
18 Novembro 2025
Tópico: Liberdades
Jornalismo isento… de vergonha
2 Agosto 2017
O Congresso dos EUA aprovou novas sanções contra a Rússia, em mais um capítulo da novela sobre a suposta interferência dos serviços secretos russos nas eleições presidenciais norte-americanas. Donald Trump, que teria sido o beneficiário da marosca, e apesar das suas promessas de boas relações com a Rússia, disse-se disposto a aprovar a medida. Em resposta, o presidente russo Vladimir Putin anunciou a expulsão de 750 funcionários diplomáticos norte-americanos. Comentando esta decisão russa, o correspondente da RTP em Moscovo, Evgueni Muravich, desvalorizou a razão invocada por Putin e sentenciou que a expulsão se deve ao facto de Putin precisar de um “inimigo externo” para manter os níveis de popularidade e agregar os russos em torno da sua política. Ora aqui está
Jornalismo livre?
Carlos Completo —
O tipo de tratamento que alguns órgãos da comunicação social deram aos dolorosos acontecimentos recentes em Pedrógão Grande foi pretexto para a vinda a lume de fortes críticas a parte do jornalismo que hoje se pratica em Portugal. Ecos de falsos suicídios e manchetes sobre listas ampliadas de mortos tiveram grande repercussão na comunicação social, causando grande indignação mesmo até entre muitos dos que ainda acreditavam na independência e seriedade de órgãos da comunicação social como o Expresso do dr. Balsemão. Já não falamos sequer de notícias veiculadas por pasquins como o CM, SOL ou i.
Repressão e xenofobia avançam na Europa
Carlos Completo — 23 Junho 2017
A grave crise económica que atinge o capitalismo a nível mundial, os problemas criados pelas muitas centenas de milhares de imigrantes que aportaram e aportam ao continente europeu (em grande parte fugidos das guerras desencadeadas e alimentadas pelo imperialismo ocidental), assim como as acções terroristas do chamado Estado Islâmico, são factores poderosos que servem de pretexto aos governos europeus para a adopção de medidas securitárias que afectam grave e diariamente o campo dos direitos sociais e humanos dos cidadãos.
Em memória de Alípio de Freitas
14 Junho 2017
Morreu Alípio de Freitas. Nos seus 88 anos de vida podem contar-se várias vidas. Nascido em Trás-os-Montes, foi padre. Viajou para o Brasil e empenhou-se, ainda como sacerdote católico, na luta dos pobres. Passou pela URSS e por Cuba. Regressou ao Brasil depois de 1964, já não como padre, e integrou a luta amada contra a ditadura. Foi preso em 1970 e torturado. Após 9 anos de cadeia, foi libertado na condição de apátrida. Rumou a Moçambique para junto dos camponeses pobres. Regressado a Portugal em 1983, participou nas acções populares e nas lutas da esquerda. Integrou, desde 2004, a Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque.
No início deste ano, inúmeros amigos prestaram-lhe homenagem na forma de um livro — “Palavras de Amigos” (*) — com mais de uma centena de depoimentos. Como evocação do lutador incansável, deixamos aos leitores o texto em que Alípio de Freitas, nesse mesmo livro, conta em traços largos a sua própria vida.
Guterres com Trump ao lado de Israel
Manuel Raposo — 27 Maio 2017
Dias depois da proeza de censurar a denúncia do apartheid israelita contra a população palestina (ver texto “Gueterres ajoelhado”, aqui publicado em 2 de Abril), o secretário-geral da ONU António Guterres, discursando a 23 de Abril no Congresso Mundial Judaico, em Nova Iorque, fez uma verdadeira profissão de fé na defesa de Israel.
Quando milhares de prisioneiros palestinos estão em greve de fome, declarou-se “na primeira linha contra o antissemitismo”. Ignorando o desrespeito sistemático de Israel pelas resoluções da ONU, afirmou que Israel deve ser tratado “como qualquer outro” estado. Desprezando a sabotagem israelita à formação de um estado palestino, defendeu “o direito inegável” à existência de Israel. Condenou o “discurso de ódio” antissemita, escondendo o discurso de ódio dos sionistas contra os palestinos. Fugindo de tratar os temas quentes, não disse palavra sobre o recente ataque militar de Israel ao aeroporto de Damasco nem sobre as ameaças ao Irão.
Mais de 1500 presos palestinos em greve de fome
Urbano de Campos — 17 Maio 2017
Entre 1500 e 2000 palestinos detidos nas prisões israelitas entraram em greve de fome a 17 de Abril, exigindo o fim dos maus tratos a que são sujeitos e reclamando condições de detenção dignas, de acordo com as regras do direito internacional. Liberdade e Dignidade é a bandeira do movimento.
O protesto responde a um apelo lançado inicialmente por Maruan Barguti, um dos líderes da Fatah da Cisjordânia, preso desde 2002 e condenado por Israel a cinco penas de prisão perpétua por ter organizado e conduzido as Intifadas de 1987 e 2000. Negociações feitas nas próprias prisões entre militantes da Fatah e do Hamas estabeleceram um acordo para esta greve de fome conjunta, depois aprovada pelos dirigentes políticos da Cisjordânia e de Gaza.
Guterres ajoelhado
Manuel Raposo — 2 Abril 2017
Durou menos do que seria de esperar a anunciada “nova era” da ONU, com o recém-eleito secretário-geral António Guterres à frente. Dois meses depois de ter tomado posse, Guterres viu-se confrontado com um relatório publicado sob responsabilidade da Comissão Económica e Social para a Ásia Ocidental, um organismo da ONU liderado pela jordana Rima Khalaf, de que fazem parte 18 países árabes, que acusava Israel de praticar apartheid contra a população palestina. “Israel estabeleceu um regime de ‘apartheid’ que domina o povo palestino como um todo”, dizia o texto.
Cedendo, sem apelo e sem resistência, às pressões dos EUA e de Israel — que não se fizeram esperar — Guterres mandou retirar o relatório do site da ONU. Recusando-se a aceitar a decisão, Rima Khalaf demitiu-se em protesto.
Para reeducação
15 Março 2017
Uma agente da CIA, a luso-americana Sabrina de Sousa, foi condenada em 2007 por um tribunal italiano a quatro anos de cadeia por cumplicidade no rapto do imã de Milão Abu Omar. A operação foi planeada e executada pela CIA e pelos Serviços Secretos Militares italianos em Fevereiro de 2003 no âmbito das operações “extraordinárias” ditas de luta contra o terrorismo desencadeadas pela administração Bush. Omar foi enviado para o Egipto e aí torturado a cargo do ditador Hosni Mubarak, a quem os EUA encomendavam tais serviços. Apesar de inocente de quaisquer acusações, Omar só foi libertado em 2007.
Nesse ano, a justiça italiana julgou o caso e condenou os implicados no crime, incluindo os agentes da CIA, mas todos acabaram por ser perdoados, por intervenção das autoridades dos EUA. Restava Sabrina.
Terror contra ciganos no Alentejo
27 Fevereiro 2017
Em comunicado divulgado em 24 de fevereiro, o SOS Racismo dá conta de uma série de ataques recentes cometidos contra os ciganos residentes na povoação de Santo Aleixo da Restauração, Moura, que surgem na sequência de outros ataques e ameaças cometidos entre setembro e novembro do ano passado. Nos últimos dias houve ameaças de morte pintadas por toda a povoação, bombas foram lançadas para os quintais das casas. Antes disso, tinham sido colocados caixões junto das portas, um cavalo foi envenenado, e foram incendiados carros, casas e uma igreja. Como refere o SOS Racismo, apesar da gravidade destes actos e das denúncias feitas, as autoridades nada fizeram, encorajando deste modo os criminosos, que continuam impunes. É este o texto divulgado.
Resistir contra o genocídio de um povo
Comité de Solidariedade com a Palestina — 28 Janeiro 2017
Nakba é a palavra árabe para designar a catástrofe que foi a fundação do Estado de Israel no território da Palestina. A “catástrofe” deveu-se ao facto de existir um povo de carne e osso nessas terras supostamente desabitadas que iriam abrigar a invenção de um “povo judeu”. A catástrofe foram os massacres de 1947-48 pelas milícias sionistas, a destruição de aldeias palestinianas e a expulsão dos seus habitantes.
A grande tragédia desta catástrofe é a voracidade insaciável do Estado de Israel, que até hoje omite desenhar as suas fronteiras nacionais em qualquer atlas geográfico, na certeza de que elas serão sempre e sempre alargadas.