Celebrar Zeca e Adriano

26 Janeiro 2012

O movimento Amigos Maiores que o Pensamento, com mais de 460 adesões individuais e 120 colectivas, escolheu as escadas da Casa da Música, no Porto, para arrancar com a celebração da vida e obra de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira. Na passada terça-feira, ouviram-se os bombos do grupo Ritmo de Fogo, seguidos da actuação dos Canto D’Aqui. “José Afonso e Adriano Correia de Oliveira foram exemplos de cidadania política, cultural e social. Tinham uma capacidade de intervenção indiscutível que, ainda hoje, pode e deve servir de estímulo para todos quantos não abdicam das causas da liberdade e da dignidade humana”, lê-se no Manifesto do movimento. Consulta o site.


Mentalização

23 Janeiro 2012

O Banco de Portugal prevê para 2012-2013 forte queda da produção (mais de 3%), desemprego recorde (mais 116 mil despedidos) e quebra sem precedentes do rendimento das famílias (mais de 10%). Em cima deste anúncio de desastre, afirma que há forte probabilidade de tudo ser ainda pior. Mais do que uma previsão, as revelações do BdP são uma espécie de serviço combinado com o governo para ir mentalizando as vítimas do costume.


Que rumo para a luta sindical na resposta à ofensiva capitalista?

Urbano de Campos — 23 Janeiro 2012

manifcgtp.JPGA ofensiva capitalista não tem dado descanso aos trabalhadores e, globalmente falando, as medidas que favorecem o patronato têm sido sucessivamente postas em prática. A resistência, portanto, não tem sido suficiente para travar o ataque. Mas reconhecer isso não significa considerar inútil a resistência que tem sido movida nem declarar o óbito dos sindicatos. Pelo contrário, a renovação da luta de classe dos trabalhadores implica reconhecer que tem sido ela, apesar de todas as fraquezas, a única a fazer frente, de forma continuada, aos ataques patronais. Longe de considerar ultrapassada a actividade sindical, acho que ela precisa de ser incrementada e renovada como luta de classe.


A Maçonaria, hoje

Carlos Completo — 21 Janeiro 2012

alojamozart_henriquemonteiro_72.jpgO forte alarido sobre a Maçonaria que surgiu nas últimas semanas corresponde, como alguns outros alaridos, apenas à espuma que circula à superfície de uma guerra de profundidade entre grupos económicos, em articulação com a grande onda de crise que varre hoje o capitalismo. As questões de fundo, a colocação em causa do próprio sistema, não estão em debate nos média. Não é para isso que os patrões pagam aos jornalistas e aos analistas de serviço.


Hospitais de campanha

21 Janeiro 2012

Em Lisboa, com o encerramento das urgências do hospital Curry Cabral (sem estarem criadas alternativas), aumentaram os problemas no Santa Maria. Um maior afluxo às urgências, particularmente aos fins de semana e às segundas-feiras, traduz-se em corredores cheios de doentes em macas. Uma fonte hospitalar disse ao Público que “o Hospital de Santa Maria virou um autêntico hospital de campanha”. Do mesmo modo, 100 mil utentes de nove freguesias do concelho de Loures, que não são abrangidos pelo hospital de Loures, têm agora de deslocar-se para o São José, superlotando-o. Com este governo, piora, a passos largos, a situação dos utentes do Serviço Nacional de Saúde.


Guantânamo, dez anos depois

20 Janeiro 2012

São 171 os detidos que ainda permanecem em Guantânamo. “A maioria deles, diz Victor Nogueira, da Amnistia Internacional, com uma situação indefinida, sem acusação nem julgamento. No limite, podem passar toda a vida presos. Foram detidos e transportados de forma ilegal, torturados e não têm acesso a justiça”. Só uma hipocrisia criminosa pode silenciar o que se passou nos últimos 10 anos com estes presos, a pretexto de que os EUA seriam uma democracia. Um regime que criou a prisão de Abu Ghraib, que construiu e mantém Guantânamo e que massacrou centenas de milhares de pessoas no Iraque e no Afeganistão não pode ser um regime recomendável. Na campanha eleitoral para a presidência que agora começou, o tema de Guantânamo é passado em silêncio, num acordo tácito entre democratas e republicanos. Não é isto um sintoma de que muita da política de Bush criou raízes?


Grito de revolta

19 Janeiro 2012

O debate sobre o Orçamento do Estado para 2012 mostrou que o povo não vive acima das suas possibilidades mas abaixo das suas necessidades. Portugal vai empobrecer brutalmente com a política da partidocracia PSD/CDS/PS que nos quer obrigar a pagar uma dívida que não devemos. “Não pagamos” deve ser o nosso grito de revolta. Sempre que a tenebrosa troika diz que o governo está a cumprir o seu programa de “apoio” para pagarmos uma dívida que não contraímos, é um péssimo sinal. Quer dizer que vamos continuar a ser roubados por muitos e largos anos. FB


À manjedoura

19 Janeiro 2012

Uma corrida desenfreada aos tachos, é o que se está a passar com as nomeações para cargos dirigentes de empresas ainda públicas, com a Águas de Portugal, ou recém-privatizadas, como a EDP. Sem pudor nem disfarce, autarcas e figuras gradas do PSD e do CDS foram colocados à cabeça de uma e de outra. Estão em causa não apenas os altos vencimentos, mas também a preparação das privatizações que estão na calha. Estes homens de mão bem pagos vão dar início a “um novo ciclo”, como disse a ministra Assunção Cristas. Quer dizer: entregar bens públicos ao capital privado nas melhores condições.


A EDP, as nomeações e o governo

Pedro Goulart — 19 Janeiro 2012

tachos.jpgA polémica suscitada pelas recentes nomeações para os órgãos dirigentes da CGD, EDP e Águas de Portugal, que encheu os próprios média do regime, revela bastante daquilo que é a absoluta falta de vergonha dos dirigentes políticos burgueses quanto à “honestidade” das suas promessas e dos objectivos que dizem prosseguir. Os que quiseram acreditar em Passos Coelho e no PSD, assim como aqueles que geralmente amocham perante as ofensivas do patronato, têm aí bem à vista o tipo de sociedade que estes políticos defendem e a espécie de gente que realmente são.


CGTP convoca manifestação para 11 de Fevereiro

15 Janeiro 2012

A CGTP anunciou que vai convocar uma manifestação nacional, a realizar em Lisboa, para o dia 11 de Fevereiro. Sob o lema “contra o medo e a resignação”, a manifestação tem por objectivo protestar contra o aumento do horário de trabalho, a carestia, o desemprego e os cortes nos salários.


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