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Solidariedade com os trabalhadores e o povo grego
23 Fevereiro 2012
Os trabalhadores e o povo grego têm dado significativas lições de combatividade na luta contra as opressoras e humilhantes medidas/imposições das burguesias europeias. A sua luta merece a nossa admiração e solidariedade. Mas não nos parece que as lágrimas de crocodilo derramadas por alguns subscritores de um Manifesto dito solidário com o povo da Grécia, onde pontificam Mário Soares, Almeida Santos e Ana Gomes, possam confundir-se com a solidariedade dos trabalhadores e do povo português. Pelas responsabilidades/cumplicidades desta gente na exploração e opressão dos trabalhadores e dos povos europeus, designadamente dos portugueses.
Cresce o número de casas entregues à Banca
Como o sistema financeiro espolia o povo
Carlos Completo — 13 Fevereiro 2012
Sabemos das previsíveis e graves consequências que a futura lei das rendas terá para pobres e idosos, muitas vezes despejando-os das suas habitações e, provavelmente, atirando alguns deles para lares e outros para as ruas. Mas hoje vamos referir, em particular, a situação daqueles milhares de pessoas despejadas das suas casas pelos bancos que anteriormente, com grande facilidade, lhes haviam concedido os créditos. E, mais recentemente, verifica-se um significativo acréscimo da execução de hipotecas e/ou das dações em pagamento, sobretudo resultante de um forte aumento do desemprego e da redução do rendimento disponível das famílias. Hipotecas que já hoje estão a atingir pesadamente os próprios fiadores.
Há que lutar! O MV na manifestação de amanhã
10 Fevereiro 2012
O Mudar de Vida, com a sua faixa “Contra o Capital”, vai participar na manifestação de amanhã, 11 de Fevereiro, em Lisboa, convocada pela CGTP. Convidamos os amigos e leitores do MV a reunirem-se na Praça dos Restauradores, junto ao elevador da Glória, pelas 14h30.
À margem dos intermináveis debates travados no parlamento ou nos meios de comunicação, o dia a dia dos trabalhadores torna-se um inferno mantido debaixo de silêncio. O Capital desencadeou uma guerra de classe contra o Trabalho. Isto exige do Trabalho nada menos do que uma guerra de classe contra o Capital. O movimento laboral, com destaque para o movimento sindical, precisa de uma capacidade de resistência acrescida, em número de lutas e em dureza – ao nível das medidas de terror que desabam sobre os trabalhadores. Só o medo pode fazer recuar os patrões e o governo.
Conselhos lúcidos às classes dominantes?
O alerta de Noronha do Nascimento
Pedro Goulart — 7 Fevereiro 2012
Com a crescente ofensiva anti-trabalhadores dos últimos anos, os discursos e as análises das classes dominantes e dos seus assalariados nos média têm vindo a aumentar, recorrendo frequentemente à chantagem. Os analistas de serviço têm-se esforçado por convencer os seus leitores e as audiências da bondade das medidas adoptadas contra os trabalhadores pelos governos lacaios do capital e pelas diversas instituições do regime. Contudo, de vez em quando, surgem algumas vozes mais lúcidas do interior das classes dominantes, que advertem para os perigos que as medidas extremas adoptadas pelos governantes burgueses podem trazer aos seus próprios interesses de classe.
Editorial
Só lutando
3 Fevereiro 2012
Contra todos os anúncios do governo e dos propagandistas da situação, nem 2012 será o final da crise, nem 2013 o início da “recuperação”. Quem desconfiasse das vozes oficiais, já o sabia; mas agora são os próprios a dizê-lo.
Os oráculos do grande capital europeu dizem à boca cheia que Portugal não conseguirá cumprir o plano da troika e que vai precisar de novo “acordo” – significando isso medidas ainda mais brutais contra os assalariados.
Em consonância, o Banco de Portugal prevê uma profunda recessão e desemprego recorde, confirmando o caminho sem retorno do capitalismo português numa Europa em declínio e sugerindo o meio do costume: mais “austeridade”.
O governo admite que o défice teima em não baixar e, pelo processo da “fuga de informações”, sonda a reacção da opinião pública a novas penalizações sobre o trabalho.
Dito
2 Fevereiro 2012
A democracia depende da igualdade, o capitalismo da desigualdade. Numa democracia, os cidadãos chegam à praça pública com um voto cada; numa economia capitalista, os participantes chegam ao mercado com talentos e recursos desiguais e saem do mercado com recompensas desiguais. Nem a desigualdade é um simples efeito lateral do capitalismo. Uma economia capitalista não pode operar sem ela. H. W. Brands, historiador norte-americano contemporâneo (in American Colossus).
Despejos à vista
1 Fevereiro 2012
A nova lei do arrendamento, que a dinâmica ministra Assunção Cristas tirou da gaveta, veio acompanhada de vários argumentos: renovar as áreas urbanas degradadas e acabar com a “injustiça” dos inquilinos que não pagam ou pagam pouco. O fundo da questão é outro: trata-se de valorizar o capital fundiário que perdeu importância face aos investimentos na construção nova e no crescimento urbano. Com estes filões esgotados, procura-se agora fazer da propriedade urbana, nomeadamente da mais antiga, fonte de rendimento que valha a pena. Para isso há necessidade de despejar os inquilinos de baixos recursos, que nunca poderão pagar grandes rendas, libertando os edifícios para novas funções e novos arrendatários mais abonados. Na prática, vamos assistir a uma onda de despejos atingindo sobretudo as famílias mais pobres e os centros urbanos, mais valiosos.
Regresso tardio
31 Janeiro 2012
Regresso ao mar, à agricultura e à indústria, defende o presidente da República e ex-primeiro-ministro que então permitiu a sua destruição a troco de muitos mil milhões. Onde está o rasto do dinheiro vindo da União Europeia que se eclipsou, desbaratado pelos correligionários de Cavaco Silva, e que a troika quer fazer pagar aos portugueses que vivem abaixo das suas necessidades? FB
Aldina Duarte por Manuel Mozos
30 Janeiro 2012
Aldina Duarte, Princesa Prometida, é um cúmplice e excelente documentário de Manuel Mozos centrado sobre a vida desta importante fadista dos nossos dias. No documentário, além de nos brindar com a força telúrica da sua voz, Aldina Duarte expõe-se como uma mulher consciente e corajosa, que não esquece as suas raízes e assume publicamente uma opção de classe. Mesmo que possa persistir alguma ingenuidade da artista (afirmado por uma espectadora no debate que se seguiu à passagem do documentário na Malaposta), tal é largamente compensado pelo humanismo e generosidade que Aldina tem revelado ao longo de algumas das suas entrevistas.
A metade pobre dos EUA
Marx estava certo: aumenta o fosso entre os 99% e os 1%. O capitalismo não pode responder às necessidades humanas
Fred Goldstein, WW / MV — 28 Janeiro 2012
Em Novembro último, o New York Times publicou os dados sobre a pobreza nos EUA, baseados num novo método de cálculo, e avançou que 100 milhões de pessoas, uma em cada três, eram pobres. O número foi chocante. No mês seguinte, a Associated Press revelou que 150 milhões, cerca de uma em cada duas pessoas, era pobre ou “quase pobre”. Isto foi ainda mais chocante. É da relação entre o aumento da pobreza e o crescimento capitalista que fala o artigo de Fred Goldstein, publicado em 21 de Dezembro no jornal Workers World.
