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Estado espanhol: milhão e meio nas ruas
13 Março 2012
Muitos milhares de trabalhadores (milhão e meio segundo os sindicatos) manifestaram-se dia 12 em dezenas de cidades do Estado espanhol, contra a brutal reforma das leis laborais que o patronato e o governo de Mariano Rajoy querem impor às classes trabalhadoras. As manifestações, convocadas pelas centrais sindicais Comisiones Obreras e UGT, foram fortemente participadas em Madrid, Barcelona, Valência, Bilbau, Sevilha e várias outras cidades. As mesmas centrais sindicais, que apelaram à mobilização dos trabalhadores para a greve geral marcada para o próximo dia 29, exigiram ainda que o governo se sente à mesa das negociações, condição sem a qual não se disporão desmarcar a projectada greve.
Protestos por toda a Espanha
Manuel Raposo — 13 Março 2012
No último dia de Fevereiro, realizaram-se manifestações em mais de 20 cidades espanholas em apoio aos estudantes de Valência e em protesto pelos cortes nos orçamentos das escolas e universidades.
Cerca de uma semana antes, uma manifestação de estudantes em Valência foi brutalmente reprimida pela polícia. As imagens das cargas policiais e as declarações do chefe da polícia tratando os manifestantes como “inimigos” indignaram a população valenciana e de todo o país.
Lutas de empresa: dois casos
Urbano de Campos — 10 Março 2012
As grandes manifestações sindicais, a greve geral de Novembro passado e outras acções massivas de rua, como as dos jovens, expressam a indignação que vai nos trabalhadores e na população atingida pela austeridade. O mesmo se espera da greve geral marcada pela CGTP para 22 de Março. Mas a fraca e esporádica resistência que se pode observar nas empresas, ditada sobretudo pelo medo de represálias, cria um estado de divisão e de falta de confiança que debilita a resposta dos trabalhadores.
Este estado geral tem no entanto excepções que merecem ser divulgadas e evidenciadas. Dois casos de lutas recentes mostram que o caminho da resignação e da derrota não é obrigatório: a paralisação do pessoal da manutenção da TAP, em Lisboa; e a luta vitoriosa dos trabalhadores da Cerâmica Valadares, em Gaia.
Prémio
9 Março 2012
Passou despercebida à maioria dos cidadãos a nomeação, em meados de Janeiro, de Franquelim Alves (militante do PSD, ex-administrador da SLN que controlava o BPN!) para presidente da comissão directiva da Compete, um programa dotado de 5500 milhões de euros para apoiar empresas. O governo salva o BPN com os milhões que tira aos salários dos trabalhadores e premeia a gestão danosa dos seus super-boys com lugares à mesa do orçamento. FB
Obrigado, Mr. Krugman
Pedro Goulart — 8 Março 2012
Podem os trabalhadores portugueses ficar tranquilos. Para se tornarem competitivos, não terão de baixar os salários até ao nível dos chineses: basta que nos próximos cinco anos lhos reduzam apenas 20 a 30% em relação aos salários dos trabalhadores alemães. Para, assim, poderem competir a nível europeu. Não deve haver outra saída. Os custos de contexto, a organização da produção, os lucros dos capitalistas, parecem aqui coisa menor. Ideia agora reafirmada, pesarosamente, pelo economista Paul Krugman, que procura ser “visto como amigo dos trabalhadores”.
Entendidos
6 Março 2012
Depois de umas pequenas escaramuças verbais acerca da política do governo, PS e PSD acertaram agulhas até no que respeita à linguagem. António José Seguro lançou a ideia brilhante de uma “austeridade inteligente” para, diz ele, evitar excessos a que o programa da troika não obriga; e o ministro das Finanças respondeu de imediato com a defesa de uma “austeridade controlada” para, argumenta, evitar uma austeridade descontrolada. O resultado da “inteligência” de Seguro e do “controlo” de Gaspar estão patentes nos últimos números divulgados sobre o desemprego em Janeiro – 14,8%, acima dos 14,6% de Dezembro – e nos valores da quebra económica, que se abeira dos 4% nas previsões para este ano.
Desemprego e autismo
António Louçã — 5 Março 2012
Em poucas semanas, várias anedotas de humor negro sucederam-se em ritmo cadenciado, como se tivessem sido inventadas para nos lembrar o abismo que se cavou entre o modo de vida das classes possidentes e o de massas cada vez mais pauperizadas. Uma, foi a do tribunal brasileiro que condenou um sem-abrigo a uma pena de prisão domiciliária. Outra, foi a da secretária de Estado da Saúde francesa, Nora Berra, que aconselhou os grupos de risco, entre eles os sem-abrigo, a permanecerem em casa enquanto durasse a vaga de frio.
Site do MV foi atacado
5 Março 2012
Durante mais de duas semanas, o site do Mudar de Vida esteve inacessível por força de um ataque que o utilizava como veículo para direccionar os leitores para outros sites, provavelmente para obter ganhos publicitários. Resolvida a questão, voltamos ao contacto com os leitores, agradecendo a todos aqueles que entretanto nos contactaram a perguntar o que se passava.
A mulher, segundo o cardeal
24 Fevereiro 2012
Manuel Monteiro de Castro é um dos novos cardeais aos quais o Papa entregou, no dia 18, os anéis e os barretes cardinalícios. O ministro Paulo Portas, que se deslocou de propósito a Roma, afirmou ser “uma honra” contar com o novo cardeal luso na Igreja Católica. E, em entrevista ao Correio da Manhã e ao Jornal de Notícias, Monteiro de Castro deixava algumas pérolas, afirmando que “A mulher deve poder ficar em casa, ou, se trabalhar fora, num horário reduzido, de maneira a que possa aplicar-se naquilo em que a sua função é essencial, que é a educação dos filhos”. Não sabemos de que século vem este cardeal, mas, pelas afirmações, parece um bocado desfasado destes tempos.
A quem serve a via seguida pela UGT?
Urbano de Campos — 23 Fevereiro 2012
É patético o esforço que João Proença tem feito para demonstrar as “vantagens” para os trabalhadores – e para o movimento sindical, como ele não se cansa de sublinhar – do aval que, por sua mão, a UGT deu à política do governo PSD/CDS no acordo firmado, em final de Janeiro, à sombra da famigerada “Concertação Social”. Na verdade, ninguém vê onde está a vantagem de assinar por baixo medidas de despedimento mais fácil e mais barato, menores subsídio de desemprego, mais horas de trabalho não pagas, menos dias de férias, etc. A evidência é outra: no ambiente de catástrofe e de corrupção em que o país vive, o governo e os patrões compraram, a custo zero, o voto da UGT para que o assalto aos bolsos dos trabalhadores pudesse parecer coisa consentida.