Arquivo: Maio 2010

Sahara Ocidental

13 Maio 2010

Em 30 de Abril, o Conselho de Segurança da ONU adoptou uma resolução em que reafirma o mandato da sua Missão para um Referendo no Sahara Ocidental, bem como todas as suas anteriores resoluções sobre o tema. Esta reafirmação constitui uma resposta directa aos prolongados intentos e tergiversações de Marrocos destinados a desviar o processo de paz dos seus objectivos e que são a organização de um referendo de autodeterminação, que permita ao povo saharaui eleger livremente o seu futuro. Assim, o Conselho reafirma a natureza da questão saharaui como um problema de descolonização, que deve ser resolvido na base da aplicação do direito à autodeterminação dos povos.


O capital financeiro e a incapacidade dos governantes mundiais

Pedro Goulart — 12 Maio 2010

greciaeurobank_web.jpgApesar das evidentes responsabilidades do sector financeiro (mais claras com o início do desmoronamento financeiro mundial nos EUA, em Março de 2007) no agudizar da crise mundial do capitalismo, os banqueiros e os seus homens de mão têm conseguido, apesar do tempo já decorrido, evitar que lhes seja retirada parte significativa do poder e dos lucros do sector. A acumulação obcecada de capital financeiro tem-se mostrado claramente mais forte do que aquilo que pretenderiam fazer alguns governantes mundiais a favor de uma “regulação racional” do sistema. E a situação continua a manter-se – veja-se o que actualmente se passa na Europa, nomeadamente com Portugal, com as agências de rating servindo de veículo a uma forte especulação financeira.


Histeria papal

11 Maio 2010

As decisões do aparelho político dirigente das classes burguesas a propósito da vinda do papa católico a Portugal, revelam a sua refinada hipocrisia, assim como constituem mais uma prepotência em relação às classes exploradas e ao povo deste País. Numa altura de “crise”, em que se exigem enormes sacrifícios aos trabalhadores, esbanja-se grande quantidade de dinheiro (a nível público e privado), numa operação de marketing e fausto, que constitui um enorme escândalo. Isto, para além de considerarmos que as posições assumidas por este papa, ao longo da sua vida, têm sido geralmente retrógradas e violadoras das liberdades dos homens e mulheres deste nosso mundo.


A Swift trabalha de espia para os EUA

Manuel Raposo — 9 Maio 2010

olhoespiao.jpgÀ conta da “ameaça terrorista”, os EUA vasculham, diariamente, 15 milhões de transacções bancárias feitas por cidadãos em 8 mil bancos de todo o mundo. Os dados são geridos pela empresa Swift e incluem os nomes das pessoas (emissários e destinatários) e os comentários escritos que eventualmente acompanhem as transacções. A Swift é uma empresa privada com sede na Bélgica e uma sucursal nos EUA.


O petróleo do Iraque nos negócios de Tony Blair

P / ON / Cristina Meneses — 7 Maio 2010

blairchery_72.jpgO grande sócio de George Bush na invasão do Iraque não queria que se soubesse que estava a beneficiar da guerra que ele ajudou a promover. Mas a entidade pública à qual os ex-detentores de altos cargos devem comunicar as suas actividades comerciais decidiu divulgar a informação, contra a vontade de Blair. A revelação é feita pelo diário espanhol Público e transcrita pelo site www.other-news.info.

Blair foi contratado em Agosto de 2008 pela UI Energy Corporation (UIEC) “como assessor de um consórcio de investidores” dirigidos pela empresa sul coreana, a troco de uma quantia não revelada. A UIEC detém participações em vários contratos de exploração de petróleo concedidos pelo governo curdo sem autorização das autoridades iraquianas.


Canto de Intervenção em Setúbal

5 Maio 2010

zecaafcantointervsetubal_jpg.jpg
Sábado, 8 de Maio, pelas 21h, na Sociedade Filarmónica Capricho Setubalense, a Associação José Afonso (AJA Norte) promove mais um Canto de Intervenção, em que actua o cantor Tino Flores, integrado no conjunto de iniciativas que esta Associação tem levado a cabo a propósito da comemoração do 80.º aniversário do nascimento do Zeca Afonso. Comparece.


Levantamento popular no Quirguistão derrubou governo aliado dos EUA

Manuel Raposo (*) —

kyrgyzstan_72.jpgMilhares de pessoas arriscaram a vida, e dezenas foram mortas, num levantamento popular que derrubou o poder no Quirguistão, uma ex-república da URSS. O regime tinha estreitas relações com os EUA. O presidente deposto, Kurmanbek Bakiyev, tomou o poder em 2005 através de uma “revolução da Túlipa” promovida pelas potências do Ocidente. Uma das maiores bases militares dos EUA foi, então, instalada no país para apoio à guerra contra o Afeganistão. Só em Março, perto de 50 mil tropas dos EUA passaram pela base de Manas.


Ser banqueiro continua a dar

Apesar da actual “crise” económico-financeira, que atinge particularmente as classes trabalhadoras e os pobres, os quatros maiores bancos privados portugueses (BES, Santander Totta, BCP e BPI) ganharam, no conjunto, e apenas no primeiro trimestre deste ano, 362 milhões de euros. E embora tenha descido a margem financeira dos bancos, resultante da queda das taxas de juro, estes rapidamente quase a compensaram através do aumento de 13% nas comissões cobradas aos clientes. Razão tinha Brecht ao colocar a questão: o que é roubar um banco comparado com fundar um banco?


Novo impulso na luta contra a guerra?

MV/A.N.S.W.E.R. — 3 Maio 2010

euamanif20march1_web.jpgNo dia em que se completaram sete anos sobre a invasão do Iraque (20 de Março), milhares de pessoas convergiram para a Casa Branca na Marcha 20 de Março sobre Washington – a maior manifestação anti-guerra desde o anúncio, feito pelo presidente Obama, da escalada da guerra no Afeganistão. Dezenas de autocarros deslocaram-se de, pelo menos, 44 cidades em 19 estados. Os manifestantes desfilaram exigindo “E.U.A fora do Iraque e do Afeganistão já”, “Palestina Livre”, “Reparações para o Haiti” e “Não às sanções contra o Irão”, bem como “Dinheiro para empregos, educação e saúde”. Manifestações idênticas realizaram-se em outras cidades do país.


Greve geral na Grécia, dia 5 de Maio

1 Maio 2010

É um protesto contra a redução dos salários, a diminuição das pensões, o aumento da idade da reforma para os 67 anos, o corte de milhares de empregos e a perda de 13.º e 14.º mês (na função pública), que são as pesadas imposições da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao governo grego. As mais importantes organizações sindicais e sociais gregas convocaram esta greve geral (no sector público e no sector privado) para o dia 5 de Maio. Solidariedade com os combativos trabalhadores e o povo da Grécia.


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