Arquivo: Outubro 2008

A liberdade é uma farsa, a segurança é uma farsa, a ordem é uma farsa

9 Outubro 2008

De cada vez que um governo necessita de segredos,
por segurança do Estado
ou para melhor êxito
nas negociações internacionais,
é o mesmo que negar,
como negaram sempre desde que o mundo é mundo,
a liberdade.


Sites e blogues recomendáveis em língua portuguesa

Pedro Goulart / João Bernardo —

PORTUGAL

Pimenta Negra
Um blogue sobre os movimentos sociais, a ecologia, a contra-cultura, os livros, com uma perspectiva crítica sobre todas as formas de poder.
http://pimentanegra.blogspot.com

O Comuneiro
(…) De todos os cantos do mundo se levanta um mesmo clamor de revolta. ‘O Comuneiro’ pretende ser, dentro do mundo da língua portuguesa, um pequeno labora-tório de pesquisa na busca de um propósito articulado nesta revolta. (…)
www.ocomuneiro.com


A crise do capitalismo e as limitações e inconsequências do sindicalismo reformista

José Manuel Andrade Luz — 8 Outubro 2008

Em recente artigo da responsabilidade do corpo redactorial do MV, critica-se o movimento sindical e em particular a CGTP por não dar uma maior consequência às manifestações e outras formas de luta, inconsequência essa que tem contribuído para uma maior arrogância do governo na aplicação das suas politicas anti-sociais, que têm agravado de forma drástica a situação económica e social das classes trabalhadoras.


“Estes senhores do capital fazem o que querem de nós”

Sérgio Gomes / MV —

capepresso.jpg“Estamos já no limiar da pobreza e em grande desespero. Ajudem-nos, pois um dia poderão estar na nossa situação”. Este o apelo de cerca de 30 trabalhadores despedidos da empresa Capepresso, de Gemunde (Maia), com salários em dívida que chegam a atingir 4 mil euros; sem subsídio de desemprego porque formalmente não foram despedidos e a empresa só lhes dá os papéis se assinarem uma declaração em como não lhes deve nada; obrigados a recorrer a empréstimos informais para poderem fazer face às despesas mínimas de sobrevivência.


Preocupação com os pobres

No seu discurso do 5 de Outubro, onde afirma que “o que é vivido pelos cidadãos não pode ser iludido pelos agentes políticos”, Cavaco Silva manifestou-se preocupado com o desemprego, as pensões de miséria dos reformados, a pobreza e a exclusão social existentes no País. É um facto curioso – muitas vezes os governantes parecem esquecer-se das particulares responsabilidades que têm enquanto titulares do aparelho de Estado. Ontem, enquanto primeiro-ministro (e com os empresários seus amigos), hoje, como PR, em parceria com José Sócrates (e ambos como gestores das classes dominantes), Cavaco Silva é um dos grandes responsáveis pela actual situação vivida em Portugal.


Apoios às PME não se destinam aos trabalhadores

Manuel Raposo — 7 Outubro 2008

camionista72dpi.jpgNo mesmo dia em que Ferreira Leite criticava o governo por não apoiar as pequenas e médias empresas, o governo destinava mais 400 milhões de euros de crédito para as ditas PME, depois de outros 750 milhões se terem esgotado em pouco tempo.
A imprensa brincou com a coincidência, dizendo, conforme a cor, ora que o PS ia a reboque do PSD, ora que as propostas do PSD eram tardias e inúteis. Mas há algo mais do que este lado anedótico.


Paradoxos da história georgiana

António Louçã —

Quem seguiu pela televisão a mais recente guerra no Cáucaso, pôde pasmar diante das imagens de uma estátua de Estaline na capital georgiana, Tbilisi. Não é pouca coisa, numa ex-república soviética, quando sabemos que a implosão da antiga URSS foi acompanhada pelo sistemático derrubamento das estátuas de dirigentes bolcheviques.


A reputação do capitalismo

6 Outubro 2008

“Se entrarmos num período de grande recessão e de perda de empregos, mas os principais administradores continuarem a receber enormes quantias, isso será mau para a reputação do capitalismo” declarou Peter Montagnon, director de investimentos da Associação de Seguradoras Britânicas.


Não vamos ganhar esta guerra

Segundo o Sunday Times, o general Mark Carleton-Smith, comandante das forças britânicas no Afeganistão, declarou numa entrevista que a guerra não podia ser ganha militarmente e que era desejável entrar em negociações com os Taliban. “Não vamos ganhar esta guerra”, disse o general. “Temos de reduzi-la a um nível de insurreição que não constitua uma ameaça estratégica e possa ser controlada pelo exército afegão”. A violência no país atingiu o pior nível desde 2001.


Bolívia: o dilema

João Bernardo —

bolivia1_72dpi.jpgO regime de Morales representa uma enorme ruptura porque surgiu não dos partidos políticos mas dos movimentos sociais, movimentos de massa organizados na base em torno de luta concretas. Foram eles que o levaram ao poder e o têm sustentado. Na Bolívia, a clivagem social corresponde a uma diferença étnica. Os pobres são índios ou mestiços, enquanto os ricos são descendentes dos colonizadores espanhóis. Isto faz com que os confrontos sociais sejam mais drásticos e visíveis, reforçados por uma diferença muito vincada nas tradições culturais, contribuindo para reforçar o racismo da direita.