Arquivo: Maio 2010

Marinha israelita faz banho de sangue no mar de Gaza

31 Maio 2010

mardegaza.jpgO Comité de Solidariedade com a Palestina divulgou um comunicado em que denuncia o massacre cometido esta manhã pela marinha israelita contra barcos que levavam ajuda humanitária à população palestiniana da Faixa de Gaza. Também a Comissão Nacional de Apoio ao Tribunal Russell para a Palestina tomou posição pública. O crime está a provocar protestos em todo o mundo e estão a ser convocadas manifestações junto das delegações diplomáticas israelitas. No nosso país, várias organizações apelam a uma concentração junto da embaixada israelita em Lisboa, hoje às 17h30. Para já, aderiram o Comité de Solidariedade com a Palestina, MPPM, Tribunal-Iraque, SOS Racismo, Pagan, Colectivo Mumia Abu Jamal, Fórum pela Paz. Outras organizações estão a ser contactadas ao mesmo tempo que se solicita a todas as pessoas que convoquem amigos e conhecidos por todos os meios.


Povo, não baixes a cabeça!

28 Maio 2010

Estamos perante o ataque mais brutal das últimas décadas às condições de vida dos trabalhadores.
E por vontade dos patrões as coisas não ficarão por aqui. Não lhes bastam as alterações ao código do trabalho, os 700 mil desempregados, a subida dos impostos, o corte nos apoios sociais e no subsídio de desemprego – agora falam à descarada em reduzir salários e despedir livremente.

A resposta a este ataque não está em propor “boas soluções” para a crise do capitalismo.
Patrões e forças do poder sabem onde está a fonte de riqueza que os alimenta. Não é por falta de melhores ideias que espoliam os assalariados. Dar-lhes conselhos é perda de tempo.


Manifestação Nacional Lisboa, 29 de Maio, 15h

27 Maio 2010

A forte ofensiva conduzida pelo patronato contra os trabalhadores, recorrendo a instrumentos como a Comissão Europeia, o BCE, o FMI e a OCDE, e servindo-se internamente dos testas-de-ferro Sócrates e Passos Coelho, precisa de respostas firmes e de massas. A Manifestação Nacional do dia 29, do Marquês de Pombal aos Restauradores, que é um protesto contra as penalizadoras medidas governamentais, pode e deve ser uma dessas respostas. Compete aos trabalhadores ir preparando desde já o prosseguimento da luta, de modo a impedir que sejam os explorados a pagar uma vez mais a “crise” do capitalismo. Participa!


Garzón, um herói dos direitos humanos?

A. Chalmeta, Diagonal / Pedro Goulart — 25 Maio 2010

baltazargarzon_72.jpgRecentemente, no Estado espanhol, foram dirigidos poderosos ataques contra o juiz Baltazar Garzón, por este ter tentado investigar os crimes cometidos durante a ditadura franquista. Parte da esquerda espanhola e dos movimentos sociais mobilizaram-se a seu favor, tentando defendê-lo das manobras judiciais da direita (que visavam afastá-lo) e assumindo-se em apoio das vítimas do franquismo. No país vizinho, houve diversas manifestações e petições de intelectuais em sua defesa, mas considerando apenas este lado da acção do “juiz estrela”. Também, na mesma linha, surgiu em Portugal uma petição a seu favor. Entretanto, Garzón era suspenso das suas funções pelo Conselho Geral do Poder Judiciário.


Mais um pobre

24 Maio 2010

No próprio dia em que PS e PSD impunham o pacote de medidas terroristas contra os assalariados, o secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, pediu ao partido que lhe cortasse, “com efeito imediato”, 5% do ordenado. Este esforço patriótico do pernóstico Relvas, que ganha o equivalente a vice-primeiro-ministro, isto é, 5300 euros por mês, leva-o, coitado, a privar-se de 265 euros mensais. Imagina-se o choque da pobre família quando o solidário Relvas chegar a casa apenas com 5035 euros.


“Tributo solidário” não passou

O projecto de lei do PSD de imposição de um “tributo solidário” a quem recebe prestações sociais foi rejeitado na AR. Votaram a favor deste repugnante projecto apenas o PSD e o CDS. Para o partido de Passos Coelho, o “tributo solidário” assumia-se como “um instrumento de moralização pública”. Tratava-se, na prática, de obrigar quem recebe prestações sociais a retribuir com 15 a 20 horas de serviço social ou em formação profissional. Com tal lei, centenas de milhares de desempregados, após terem descontado, para terem direito a subsídio de desemprego, ver-se-iam coagidos a um trabalho obrigatório e gratuito, a um trabalho escravo. Até aonde eles são capazes de ir!


Os conselheiros da Nação

Carlos Completo — 20 Maio 2010

bolsosvazios.jpgRecentemente, nove ex-ministros das Finanças foram expor a Cavaco Silva (também ele um do elenco) a “preocupação” pela grave situação económica e financeira do País, assim como as razões da sua oposição aos grandes investimentos públicos do actual governo. E, também, o tipo de medidas que consideram ser necessário adoptar face a esta situação. Foram, no fundo, repetir o essencial do que têm propagandeado nos media do sistema.


Solidariedade com o Sahara Ocidental

Hoje, 20 de Maio, duas sessões de apoio ao povo do Sahara Ocidental. Uma, no Auditório Municipal do Pinhal Novo, às 18h00, da iniciativa do Movimento Democrático de Mulheres. Outra, promovida por um grupo de organizações de que fazem parte o Graal e a Acção para a Justiça e Paz, terá lugar em Lisboa no terraço do Graal (Rua Luciano Cordeiro, 24, 6ºA). Em ambas participa Haddu Ahmed Fadel, deputada da República Árabe Saharaui Democrática. O Sahara Ocidental, ocupado por Marrocos em 1975 após a saída dos colonizadores espanhóis, é a última colónia de África e espera que a ONU promova o referendo de autodeterminação acordado em 1988 entre Marrocos e o movimento independentista Frente Polisário.


NATO, guerras e gastos com a Defesa

18 Maio 2010

Na Universidade Lusófona, em Lisboa, efectuou-se no dia 17 de Maio um debate promovido pelo semanário Le Monde Diplomatique, a propósito da próxima cimeira da NATO, que se realiza em Novembro, em Portugal. Intervieram António Almeida Tomé, militar e professor da UL, António Filipe, deputado do PCP, Manuel Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP e o general Pedro Pezarat Correia, na qualidade de membros da mesa, além de alguns elementos da assistência.


Acima das nossas posses

15 Maio 2010

Quando o governo e o PSD, correspondendo às determinações do patronato (nacional e internacional), nos vêm com a cantiga de que os sacrifícios têm de ser suportados “por todos” é bom lembrar alguns números. Por exemplo os que Manuel António Pina divulgou no Jornal de Notícias em 24 de Outubro passado. Aqui vão. Os portugueses comuns que ainda têm trabalho ganham em média pouco mais de metade (55%) do que se ganha na Zona Euro. Mas os gestores de empresas recebem em média mais 32% que os norte-americanos, mais 22,5% dos que os franceses, mais 55% do que os finlandeses, mais 56,5% do que os suecos. Quem vive afinal “acima das nossas posses” – nós ou eles?


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