Tópico: Mundo

Berlim em 2009

Afonso Gonçalves — 28 Dezembro 2009

muroberlim2_web.jpgFoi com festejos e alguma pompa que a burguesia de todo o mundo ocidental, acompanhada pela Rússia e restantes países da ex-URSS, comemoraram os vinte anos do derrube do Muro de Berlim. Em contrapartida os saudosistas da URSS viram nisso um lamentável acto de propaganda do imperialismo.
A festa, no seu balanço final, foi triste e um retumbante fiasco porque, entretanto, decorreram vinte anos cujas expectativas de melhores condições de vida trazidas pela conquista da democracia se transformaram numa enorme desilusão para os cidadãos dos países do leste europeu.


Mais 30 mil

Manuel Baptista — 16 Dezembro 2009

obamaafghanistan_web.jpgPerante um eleitorado democrata que pensa, por dois terços, que a guerra não merece a pena ser combatida, Obama envia o segundo reforço de tropas para o Afeganistão, menos de um ano após tomar posse, isto apesar da situação do emprego e do défice catastrófico.
Não se trata de «mau aconselhamento técnico» do seu gabinete. Trata-se sim de uma clara fuga para a frente, sem outro fim que não seja evitar um colapso completo e uma retirada sem glória.


Louco?

O italiano Massimo Tartaglia agrediu Silvio Berlusconi na cara com uma miniatura da catedral de Milão, cortando-lhe um lábio e partindo-lhe alguns dentes. Os jornais e a televisão arrumam o caso dizendo que Massimo é louco. Mas resta saber a ligação do acto com as constantes malfeitorias de Berlusconi (repressão de trabalhadores, perseguição a imigrantes, atentados às liberdades) ou com o desespero gerado pela frouxa e “civilizada” oposição institucional em Itália. Louco ou não, Tartaglia fez o que muitos italianos (e outros pelo mundo fora) gostariam de fazer. Pelo menos, teve o mérito de quebrar a imagem de impunidade e de intocabilidade que o mafioso até agora ostentava.


Solidariedade com Aminetu Haidar

Manuel Raposo — 13 Dezembro 2009

aminetuhaidar_72.jpgAminetu Haidar, uma mulher sarauí impedida pelas autoridades marroquinas de entrar no seu país, está desde 15 de Novembro em greve de fome no aeroporto de Lanzarote, Espanha, para onde foi recambiada depois de detida, interrogada e privada do passaporte. O seu protesto é contra a arbitrariedade a que foi sujeita mas também contra a ocupação do Sara Ocidental por Marrocos e pela Mauritânia desde 1975.


O que Obama não disse: há apenas 100 combatentes da Al Caida no Afeganistão

ABCNews/Manuel Raposo — 11 Dezembro 2009

karzai_72.jpgBarack Obama decidiu enviar mais 30 mil soldados para o Afeganistão, a um custo de 30 mil milhões de dólares por ano, justificando a medida com o que chamou o “cancro” da Al Caida. De acordo com um artigo publicado em 2 de Dezembro pela ABCNews, Obama omitiu um facto importante: os serviços secretos norte-americanos reconhecem que há apenas cerca de 100 membros da Al Caida no país inteiro.


O boicote a Israel tomou balanço há um ano e cresce rapidamente

Manuel Vaz — 9 Dezembro 2009

bibeau_web.jpgRobert Bibeau, funcionário aposentado do Ministério da Educação do Quebeque, é um especialista em questões de educação e projectos educativos através da rede Internet. Dirige, desde Abril 2009, o grupo Samidoun (Resistência) que no Quebeque tem vindo a apoiar o movimento de boicote contra Israel, denominado BDS. Com efeito, em 2005, 170 organizações da sociedade civil palestiniana decidiram lançar um apelo mundial de boicote, que designaram BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções). Em véspera do dia 27 Dezembro 2009, data do primeiro aniversário do massacre de Gaza que fez 1 300 mortos e mais de 5 mil feridos numa vintena de dias, procuramos, com Robert Bibeau e em 3 perguntas, delinear os objectivos do movimento de boicote e estabelecer um primeiro balanço geral.


Grécia rebelde

8 Dezembro 2009

Assinalando o primeiro aniversário do assassinato do jovem Alexandros Grigoropoulos pela polícia, milhares de estudantes, professores e outros trabalhadores vieram para as ruas de Atenas e de outras cidades gregas manifestar-se (como há um ano) contra a repressão e as más condições sociais vividas neste país, nomeadamente o desemprego. Dos confrontos violentos entre manifestantes e polícias já resultaram numerosos feridos de um e outro lado e quase mil manifestantes presos. Solidariedade com a luta (que continua) dos trabalhadores e estudantes gregos.


A escravatura não acabou

Francisco Colaço Pedro — 4 Dezembro 2009

escravatura.jpgA “crise” mundial está a fazer crescer o apetite pelo trabalho escravo: a cada dia que passa, milhares de pessoas são vendidas e forçadas a trabalhar ou a prostituir-se. O tráfico de seres humanos, escravatura dos tempos modernos, está a aumentar por todo o Mundo. A maior parte das histórias não são tão espectaculares – e não têm final feliz.


Dubai: o capitalismo em sobressalto

Pedro Goulart — 1 Dezembro 2009

dubaitowers.jpgBastou que o grupo Dubai World, sob controlo do governo do Dubai, pusesse em causa a amortização atempada das suas emissões obrigacionistas (no valor de 40 mil milhões de euros), para que as praças financeiras mundiais entrassem em depressão. Os estragos causados pela recente “crise financeira” mundial estão ainda bem presentes e os investidores permanecem nervosos.

O Emirado do Dubai é um dos sete que constituem os Emirados Árabes Unidos, cuja federação mantém relações fortes com os países capitalistas ocidentais, particularmente com o Reino Unido e os EUA.


SOS Honduras

29 Novembro 2009

hondurasgolpe_72dpi.jpgTrês dezenas de organizações portuguesas (cívicas, políticas, sindicais) lançaram um apelo aos chefes de estado e de governo reunidos em Lisboa na XIX Cimeira Ibero-Americana (que decorre neste fim-de-semana) para que, de forma clara e sem ambiguidades, condenem o golpe militar levado a cabo nas Honduras em 28 de Junho passado. A mensagem denuncia os preparativos dos golpistas para se legitimarem no poder através da convocação de eleições que não oferecem garantias de liberdade.
Em Julho deste ano, um mês depois do golpe, as mesmas organizações convocaram um protesto de repúdio pelo golpe militar, associando-se à movimentação internacional pelo restabelecimento pela legalidade nas Honduras. Na altura, o protesto apontou as responsabilidades dos EUA nos acontecimentos, mostrando que o golpe faz parte duma ofensiva das forças reaccionárias e imperialistas para contrariar os avanços de vários povos do continente americano na defesa da sua soberania e de sistemas sociais mais justos e igualitários.


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