Tópico: Mundo

Dois terços do gastos militares mundiais são dos países da NATO

Pedro Goulart — 20 Novembro 2010

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Segundo dados divulgados em Junho deste ano pelo Instituto Internacional de Pesquisas para a Paz de Estocolmo (SIPRI), só em 2009 os gastos militares em todo o mundo atingiram 1,5 biliões (milhão de milhões) de dólares. O valor representa um aumento de 5,9% em relação aos gastos de 2008.
E a perspectiva de gastos é de mais crescimento para 2010. “O governo britânico investiu um total de 15 mil milhões de dólares em operações militares no Afeganistão até Março de 2010. E, para 2010-2011, estão destinados mais 4 mil milhões”, refere Sam Perlo-Freeman, director de um projecto sobre gastos militares do SIPRI.


A estratégia da aranha

Paulo Esperança — 18 Novembro 2010

aranha_web.jpgO novo conceito estratégico da NATO – a debater e aprovar hoje e amanhã, na Cimeira de Lisboa – foi apresentado em 17 de Maio deste ano por um grupo de doze especialistas liderado pela ex-secretária de Estado de Bill Clinton, Madeleine Albright (1), membro do “clandestino” Grupo de Bildeberg e da Trilateral.
O último modelo estratégico da Nato remonta a 1999, ou seja, antes da “campanha” do Afeganistão, da invasão do Iraque em Março de 2003, dos ataques aos EUA em 11 de Setembro de 2001, de todo o desenvolvimento social que tem gerado mudanças de “cor política” na América Latina, da afirmação do Irão, da instabilidade latente em várias ex-repúblicas da antiga União Soviética.

A definição do novo conceito estratégico da NATO estará claramente influenciada pela “actualização” que, sob a administração Obama, os EUA produziram relativamente ao seu próprio conceito estratégico. O anterior estabelecia que as forças armadas dos EUA deveriam estar aptas a disputar vitoriosamente duas guerras simultâneas (perderam as duas em que se envolveram, Iraque e Afeganistão). O actual estabelece que devem estar aptas a disputar uma multiplicidade de ameaças em qualquer parte do mundo e que, para isso, devem contar com as parcerias estratégicas – UE, ONU, etc.


Uma máquina de terror

Pedro Goulart —

natonao1.jpgA NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma organização político-militar imperialista criada em 1949, pretensamente com o objectivo de se opor ao chamado Bloco Socialista e defender o “mundo livre”. Foi formada de início por 12 países, dois norte-americanos (EUA e Canadá) e dez europeus (França, Itália, Reino Unido, Luxemburgo, Bélgica, França, Holanda, Noruega, Islândia e Portugal). Pouco depois integrou a Alemanha, a Grécia e a Turquia.
Só em 1955, o então Bloco de Leste havia de contrapor-lhe outra organização político-militar, com a criação do Pacto de Varsóvia.


Aminetu Haidar em Portugal

9 Novembro 2010

A activista saharauí veio agradecer o apoio que lhe foi dado durante a greve de fome, de 32 dias, em Novembro de 2009, feita em protesto contra as autoridades marroquinas, que não a deixavam entrar no seu país. Regressava então dos EUA onde recebera o Prémio Robert F. Kennedy, atribuído a defensores dos direitos humanos. No dia 10 participará numa sessão pública, promovida pela Reitoria da Universidade de Lisboa, que terá lugar às 18h30 no Salão Nobre da Reitoria da Cidade Universitária. A homenagem tem ainda mais significado depois do massacre praticado por tropas marroquinas, ontem dia 8, num acampamento de saharauís que exigiam o reconhecimento dos seus direitos nacionais.


Liberdade para Cesare Battisti

Carlos Completo — 3 Novembro 2010

cesarebattisti.jpgComo o MV noticiou por mais de uma vez, Cesare Battisti, ex-militante político da esquerda revolucionária italiana, está ilegalmente preso no Brasil, há quase quatro anos. As forças mais conservadoras e reaccionárias deste país pretendem entregá-lo ao fascistóide Berlusconi.
Battisti foi, na década de 70, sucessivamente, militante do Partido Comunista Italiano, da Lotta Continua, da Autonomia Operária e da organização Proletários Armados para o Comunismo. Foi, várias vezes, preso em Itália, abandonando a luta armada em 1978. Conseguiu fugir (em 1981) e exilou-se, passando, depois, “numa fuga sem fim”, por vários países como a França e o México, onde escreveu um livro e exerceu várias actividades culturais. Foi condenado a prisão perpétua em Itália, por via de um “arrependido” utilizado pela justiça italiana.


Democracias e direitos humanos

29 Outubro 2010

Os crimes praticados pela coligação ocidental, particularmente pelos exércitos norte-americano e britânico no Iraque e no Afeganistão, embora em grande parte conhecidos do público, estão hoje bem mais às escâncaras com os documentos secretos recentemente divulgados pelo site Wikileaks e pelo jornal Guardian. Só não vê quem não quer ver. Os factos (torturas, assassinatos, etc.) deviam fazer corar de vergonha e gritar de indignação qualquer ser humano. Mas estes são sentimentos que os acérrimos defensores da superioridade moral das (suas) “democracias ocidentais” não têm. E, hipocritamente, continuam a dar a sua cobertura cúmplice aos nefandos crimes do imperialismo.


Acesa luta de classes em França

Pedro Goulart — 26 Outubro 2010

manifestation_jeunes_france.jpgNos meses de Setembro e Outubro, milhões de trabalhadores e estudantes têm participado em numerosas greves e manifestações nas ruas de França. Foram várias as jornadas de luta, algumas envolvendo mais de três milhões de pessoas. Em alguns casos, com confrontos entre os manifestantes e a polícia. E com mais de 2000 detidos desde o início da luta. Há muito que a França não via manifestações de tal dimensão.
Operários, funcionários públicos, professores, estudantes liceais e do ensino superior têm vindo a protestar contra a nova lei das reformas do governo de Sarkozy, que decidiu elevar de 60 para 62 anos a idade mínima de acesso à reforma e de 65 para 67 anos o direito a aceder a uma pensão completa. Trata-se de fazer face a um forte ataque do governo a direitos fundamentais dos trabalhadores.


O lado explosivo da questão

Manuel Raposo — 20 Outubro 2010

mineros-chilenos.jpgTodos quiseram tirar proveito do drama dos mineiros chilenos. O presidente Piñera, com a fanfarra da “unidade nacional” (em torno dele, claro), forma de deixar na sombra a bandalheira permitida aos patrões da mina que foi o factor responsável pela situação. A agência espacial norte-americana, a NASA, porque forneceu a “tecnologia espacial”, ganhando com isso uma face de “utilidade pública”. O Papa, arvorando o “milagre” sem o qual o salvamento ficaria sem explicação, esquecendo por que motivo a acção divina não impediu a derrocada nem obrigou os patrões chilenos a cumprir regras de segurança.


Solidariedade com militantes saharauis

19 Outubro 2010

A Amnistia Internacional apelou às autoridades marroquinas a que procedam à libertação imediata e sem condições de três militantes saharauis que estão presos há mais de um ano e começaram agora a ser julgados com outros quatro companheiros (estes em liberdade provisória), todos acusados de “atentado à segurança interna e à integridade nacional”. “É verdadeiramente inaceitável que as autoridades marroquinas inculpem estas sete pessoas por terem visitado livremente e sem segredos um acampamento de refugiados e se terem encontrado e reunido com membros da Frente Polisário”, declarou Malcolm Smart, da Amnistia Internacional.


NATO em debate

11 Outubro 2010

O novo conceito estratégico da NATO vai estar em debate numa conversa com Reiner Braun, organizada pela Plataforma Anti Guerra Anti Nato (Porto, 14 de Outubro, 21h30, Livraria Gato Vadio, Rua do Rosário, 281).
Em Novembro deste ano, a NATO realiza uma cimeira em Lisboa para definir a nova estratégia. Um grupo de “peritos” onde pontificava Madeleine Albright fez sair um texto de recomendações, no qual a palavra “desarmamento” não aparece. Reiner Braun, co-presidente do Comité de Coordenação Internacional da Coligação No to War No to Nato, vem ao Porto desmontar o significado das palavras de Madeleine Albright: “A Aliança deve ser versátil e flexível neste período de incertezas no século XXI”.


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