NATO não!
Uma máquina de terror
Pedro Goulart — 18 Novembro 2010
A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma organização político-militar imperialista criada em 1949, pretensamente com o objectivo de se opor ao chamado Bloco Socialista e defender o “mundo livre”. Foi formada de início por 12 países, dois norte-americanos (EUA e Canadá) e dez europeus (França, Itália, Reino Unido, Luxemburgo, Bélgica, França, Holanda, Noruega, Islândia e Portugal). Pouco depois integrou a Alemanha, a Grécia e a Turquia.
Só em 1955, o então Bloco de Leste havia de contrapor-lhe outra organização político-militar, com a criação do Pacto de Varsóvia.
A Nato prosseguiu o seu alargamento, integrando a Espanha em 1982. E nos anos seguintes ao desaparecimento do Bloco Leste absorveu mais doze países dos Balcãs e das vizinhanças da Rússia. Tem presentemente 28 países membros.
Mas o desmoronamento do Bloco de Leste e o desaparecimento desse “inimigo”, enfraqueceu a principal justificação para a existência da NATO. Foi, assim, preciso redefinir do papel da aliança militar imperialista, que procurou novos motivos para justificar a sua existência.
Em 1991 a política da “intervenção humanitária” serviria de cobertura para a primeira acção militar da história da Nato: o ataque à Jugoslávia. Assim surgiram intervenções militares como as da Bósnia e do Kosovo e o ataque à Sérvia.
Pouco depois, a “luta contra o terrorismo” seria o argumento para a intervenção no Afeganistão.
A NATO tem sido um instrumento ao serviço dos EUA, agredindo outros povos, praticando chacinas e infundindo terror, para assegurar a hegemonia mundial do imperialismo norte-americano.
A próxima cimeira da NATO, em Lisboa, visa comprometer ainda mais os países membros, Portugal incluído, nos propósitos imperialistas dos EUA. Por isso mesmo, as campanhas de protesto contra a cimeira de Lisboa denunciam a submissão das autoridades portuguesas à NATO e reclamam a dissolução da Aliança.