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Tópico: Mundo
“No estamos indignados, estamos hasta los cojones!”
Santiago Cuervo Porras — 20 Julho 2012
Às 2h30 da madrugada dava entrada na Puerta del Sol a “marcha negra”, 19 dias e mais de 400 quilómetros de caminhada sob o sol da Meseta para exigir ao ministério da Indústria que não seja cortada a subvenção ao carvão e se cumpra o que está aprovado nos Orçamentos Gerais do Estado para 2012.
Se a despedida aos mineiros asturianos foi feita por uma multidão em Pola de Lena, antes de subir a Puerto de Pajares, fronteira natural com a meseta leonesa e castelhana, a recepção em Madrid não o foi menos: ao grito de “Esta é a nossa selecção”, milhares de madrilenos desfilaram com a colunas mineiras chegadas de Leão, Astúrias, Aragão, Castela-A Mancha e Andaluzia. Uma vez mais, o povo de Madrid fazia gala da sua afamada solidariedade demonstrada nos momentos mais duros e difíceis da nossa história. As filas de mineiros flanqueadas e protegidas pelos bombeiros da capital recebiam emocionados as demonstrações de afecto dos que ali se tinham congregado.
Para que não se percam os frutos da civilização
Manuel Raposo — 12 Julho 2012
Se, como vimos nos capítulos anteriores, se verifica um bloqueio da acumulação capitalista e se a sociedade burguesa entrou numa fase senil, como se explica que não cresça, neste mundo em crise, o movimento revolucionário? As enormes mutações sociais no proletariado mundial; a dissolução ideológica do marxismo revolucionário no século XX, acompanhando o longo estertor da revolução soviética; e a ausência de um claro ataque político às bases do sistema capitalista – não sendo todas, serão seguramente algumas das razões desse impasse.
“Se os nossos filhos passarem fome…”
Urbano de Campos — 6 Julho 2012
Mais de 200 mineiros de vários pontos do norte de Espanha caminham desde dia 22 de Junho em direcção a Madrid, onde contam chegar no dia 11, numa Marcha Negra em que reclamam a reposição dos apoios estatais à exploração de carvão. Os cerca de 8 mil mineiros espanhóis (das Astúrias e Leão, mas também de Castela e de Aragão) entraram em greve por tempo indeterminado em final de Maio, quando o governo de Rajoy anunciou um corte drástico nos subsídios que ameaça pura e simplesmente fazer encerrar as minas de carvão. A determinação dos mineiros asturianos ficou bem patente nos confrontos com a polícia. E o seu sentido de classe ficou também bem expresso nas sucessivas manifestações já realizadas. Numa delas, uma faixa dizia: “Se os nossos filhos passarem fome, os vossos verterão sangue”.
Para que não se percam os frutos da civilização
Manuel Raposo — 5 Julho 2012
Nesta segunda parte da intervenção feita no congresso Marx em Maio realça-se a posição das correntes marxistas que mostram as raízes da actual crise mundial. Em vez de culparem o “neoliberalismo”, ou a financeirização do capital, como se a crise tivesse origem numa qualquer deriva ideológica das classes dominantes ou num entorse do capitalismo – aquelas correntes mostram a crise como resultado do próprio crescimento capitalista. É esse crescimento que, contraditoriamente, provoca a queda da taxa de lucro do capital e o declínio de todo o sistema.
Para que não se percam os frutos da civilização
Manuel Raposo — 24 Junho 2012
Realizou-se de 3 a 5 de Maio deste ano, na Faculdade de Letras de Lisboa, um congresso designado Marx em Maio – Perspectivas para o século XXI, por iniciativa do Grupo de Estudos Marxistas daquela Faculdade. Foi uma importante ocasião para trazer o pensamento marxista a debate, sobretudo considerando a crise mundial que o capitalismo atravessa e a necessidade de reerguer a luta anticapitalista.
A intervenção que tive oportunidade de fazer será publicada por partes. Nesta primeira parte lembra-se como Karl Marx encarava o combate às contradições do capitalismo e defende-se a ideia de que a actual crise é uma radiografia do estado terminal a que chegou a civilização burguesa. Limitá-la às suas manifestações económicas é um dos vícios que bloqueia o crescimento de um movimento revolucionário.
Foi a luta de massas o factor determinante que dominou as eleições na Grécia
José Borralho — 20 Junho 2012
A vitória tangencial da direita, (que fez a burguesia europeia suspirar de alívio) a deslocação de uma enorme massa anti-austeridade para a esquerda moderada, a derrota brutal do KKE, a minimização do PASOK relegado para um plano insignificante e o aumento da extrema-direita, revelam-nos com crueza uma Grécia fragmentada e dominada pela agudização da luta de classes.
A nova governação à direita terá de contar com a oposição de um movimento de massas que claramente rejeita a política de austeridade e de empobrecimento que são a emanação das políticas da troika para toda a Europa.
Sobre que plataformas se combate na Grécia?
José Borralho — 30 Maio 2012
A propósito da catadupa de manifestos lançados nos últimos dias em apoio de uma solução governamental patrocinada pela Syriza – movimento mais ou menos radical que passou de 4,5% de votos obtidos em 2009, para 16,78% dos votos nas últimas eleições gregas – uns inócuos, outros alimentando claramente a esperança de que seja possível uma grande viragem nos rumos da Grécia com repercussões inevitáveis no resto da Europa, ocorre colocar algumas questões.
O 11 de Setembro de Sarkozy foi curto
ZAV / MV — 29 Maio 2012
A morte, às mãos da polícia francesa, em 21 de Março, do jovem de origem argelina Moamed Merah levanta enormes suspeitas. Assassinato de Estado para obter dividendos políticos? Todo o caso em volta dos sete homicídios de Toulouse, de que Merah foi acusado, só teve como fonte de informação as autoridades francesas, designadamente a presidência e a polícia. As suspeitas lançadas sobre Merah, não são provas provadas.
Juízes europeus querem indulto para Garzón
26 Maio 2012
António Cluny, presidente da Associação de Magistrados Europeus para a Democracia e as Liberdades (MEDEL), afirmou que esta organização, que conta com 15000 membros, pede indulto para o ex-juíz Baltasar Garzón, condenado a 11 anos de inabilitação profissional, por ter ordenado escutas ilegais no caso Gurkel (escândalo de corrupção política ligado ao Partido Popular). Só se lamenta-se que o Supremo Tribunal espanhol e estes senhores magistrados tenham tido diferente atitude (calando-se) aquando dos atropelos aos direitos do povo basco e às autênticas torturas infligidas aos seus presos políticos, ordenadas ou validadas pelo então juiz Baltasar Garzón.
Luta de classes no estado espanhol
Carlos Completo — 24 Maio 2012
Como afirmou a conhecida escritora e jornalista Rosa Montero, a propósito da “crise” que se aprofunda no estado Espanhol, as pessoas estão desesperadas, desoladas e angustiadas com a avalanche de desgraças que lhe estão caindo em cima. Não admira, pois, que as pessoas muito justamente reajam e que, no 1.º aniversário do 15 M (o movimento dos Indignados), várias manifestações tenham sido levadas a cabo no estado vizinho, com eco em oitenta cidades, das quais destacamos os exemplos de Barcelona e Madrid.