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Tópico: Mundo
Regimes em desgaste
13 Fevereiro 2013
O escândalo de corrupção que atingiu o PP espanhol provocou uma queda de popularidade do partido e do governo, segundo sondagem recente. Apesar disso, o PSOE, na oposição, não ganha adeptos. Também por cá o PS não recupera eleitores na proporção do descrédito que atinge o governo de Coelho. Tudo indica que, sob pressão da crise, um número crescente de cidadãos vê nas principais forças do poder duas faces da mesma moeda. A sucessão de governos PS/PSD ou PSOE/PP, que até há pouco parecia inquestionável, começa a ser posta em causa. Na verdade, é a base social das forças do poder que vai sendo desgastada. Por enquanto, apenas por um virar de costas – amanhã certamente por uma rejeição activa.
Os fundamentos do capitalismo entram em decadência
Fred Goldstein / MV — 7 Fevereiro 2013
Conforme sublinham vários autores marxistas, a presente crise capitalista tem por origem uma queda da taxa de lucro dos capitais, em consequência do enorme progresso tecnológico verificado, digamos, no último meio século e no consequente aumento da produtividade do trabalho.
Com efeito, e como Karl Marx fez notar, o crescente peso das inovações tecnológicas no sistema produtivo capitalista aumenta a composição orgânica do capital, isto é, a proporção entre o capital constante (maquinaria, instalações, matérias primas, etc.) e o capital variável (salários). Por outras palavras, a proporção entre trabalho morto e trabalho vivo. Esta alteração orgânica está na origem da queda da taxa de lucro dos capitais, uma vez que, para um dado capital total, diminui a proporção de força de trabalho, o único factor responsável pela criação de valor novo.
Crimes na Saúde
O resultado de um inquérito ao Hospital de Stafford foi de tal modo grave que obrigou a um pedido de perdão público do primeiro-ministro britânico, David Cameron, na Câmara dos Comuns, com palavras que caracterizam razoavelmente a situação: “Centenas de pessoas sofreram uma terrível negligência e maus-tratos… A muitos foi-lhes administrada a medicação errada. Muitos permaneceram deitados em cima da própria urina, por falta de ajuda. Os familiares eram ignorados ou repreendidos quando chamavam a atenção para a falta de cuidados mais elementares, quando tentavam salvar os seus entes queridos de um sofrimento terrível e mesmo da morte”. E em vários outros hospitais britânicos terão acontecido casos idênticos, que vão agora ser averiguados.
Grassa a corrupção no Estado espanhol
Pedro Goulart — 4 Fevereiro 2013
Os últimos dados sobre a corrupção nas cúpulas do Partido Popular (PP), no poder, assim como sobre a monarquia espanhola, são bem significativos do grau de apodrecimento a que chegou o Estado espanhol. A corrupção é um facto inerente ao capitalismo, mas não podemos deixar de denunciá-la, por uma questão ética e como combate político.
Um jornal do regime espanhol, “El País”, divulgou agora documentos de Luis Bárcenas (ex-tesoureiro do PP), que mostram pagamentos regulares aos principais dirigentes do partido entre 1990 e 2009 e referem doações de alguns dos principais empresários espanhóis, fundamentalmente do sector da construção.
Somos mesmo 99%?
Fred Goldstein / MV — 28 Janeiro 2013
Uma das palavras de ordem mais marcantes das manifestações realizadas nos EUA com a designação Occupy Wall Street (OWS) foi sem dúvida a que dizia “Nós somos os 99%” – querendo significar com isso que uma larga maioria da população se opõe ao domínio da grande finança. A frase, pela sua eficácia, propagou-se a outros protestos mesmo fora dos EUA, nomeadamente Portugal. No entanto, ela encerra uma mistificação sobre as divisões de classes: nem a força de trabalho, nem, muito menos, as posições anticapitalistas correspondem a 99% da população, em qualquer parte do mundo. As desigualdades e o domínio dos meios de produção, que as manifestações combatiam, não são na realidade entre 99% de um lado e 1% do outro. O real conteúdo da frase não é anticapitalista, mas antimonopolista. É o que diz Fred Goldstein (*) no seguinte comentário acerca do assunto.
Israel, um estado mercenário
Manuel Raposo — 15 Janeiro 2013
Nos primeiros dias de Dezembro, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou por grande maioria – 174 votos, com 6 contra (incluindo EUA e Israel) e 6 abstenções – uma resolução em que é exigido a Israel que abra o seu programa nuclear à inspecção da Agência Internacional para a Energia Atómica. Israel recusa confirmar ou negar que tem armas nucleares, mas toda a gente sabe que as tem e que elas lhe foram fornecidas, em primeira mão, pelos EUA.
Potências da NATO não olham a meios para anexar a Síria
Il manifesto / MV — 13 Janeiro 2013
Dizendo-se “profundamente preocupados com a escalada de violência” que ameaça transformar o conflito sírio numa guerra regional, há quem reclame “o fim de todas as formas de violência armada”. Quem são estes pacifistas? Os membros do Grupo de Acção para a Síria, que reuniu em Genebra a 30 de Junho e emitiu um comunicado de encerramento com tais declarações.
Liderando o coro pacifista estão os Estados Unidos. Na realidade, são eles o maestro da operação de guerra em curso, que, depois de destruir o Estado líbio no ano passado, está agora a tentar desmantelar a Síria. Agentes da CIA, escreve o New York Times, que operam clandestinamente no sul da Turquia, estão a recrutar e a armar grupos que combatem o governo sírio.
Quais são afinal os “estados-pária”?
Manuel Raposo — 7 Janeiro 2013
Em final de Novembro passado, a Assembleia Geral da ONU aprovou por esmagadora maioria dos seus 193 estados membros o reconhecimento da Autoridade Palestina como estado observador, o que equivale a reconhecer de facto a existência de um estado palestino soberano. A proposta teve evidentemente a furiosa, mas inútil, oposição dos EUA e de Israel e mereceu da parte do estado sionista represálias contra os palestinos.
A votação da proposta mostrou o isolamento a que estão neste momento remetidos tanto Israel como os EUA. Com efeito, 138 estados votaram a favor, 9 contra e 41 abstiveram-se. Quem foram os do contra? Israel e os EUA, claro, a que se juntaram o Canadá, a República Checa (o único da Europa), o Panamá e quatro pequenos estados do Pacífico (Ilhas Marshall, Nauru, Palau e Micronésia).
Em 2013
PCR — 31 Dezembro 2012
Em 2013 não sei se Obama continua a tolerar o aliado israelita e quantos palestinianos vão morrer, se o Irão anuncia a bomba nuclear, se a guerra termina na Síria, se o Líbano vai sobreviver, se os atentados prosseguem no Iraque, se mais tropas estrangeiras retiram do Afeganistão, se Guantánamo vai encerrar.
Em 2013 não sei se a Coreia do Norte prescinde de lançar mísseis, se as tiranias vão soçobrar, se novas bases militares serão instaladas no Pacífico, se mais países serão invadidos e destruídos, se mercenários serão recrutados e empréstimos financeiros para a reconstrução concedidos.
Mais um massacre
18 Dezembro 2012
Nos EUA do livre mercado, incluído o das armas, onde vigora a lei capitalista do salve-se quem puder, onde domina a lei da força, incluída a da agressão imperialista e assassina de outros povos, é lógico que, neste caldo de cultura, proliferem espíritos doentios, capazes de cometerem massacres do tipo do agora verificado numa escola primária de Connecticut, onde morreram quase 30 pessoas, sobretudo crianças. Massacres que se assemelham em muito àqueles que uns EUA orgulhosos dos seus feitos levam a cabo em vários pontos do mundo. E não será com as orações dos bispos ou com os choros de Obama que estes graves problemas da sociedade norte-americana se resolverão.