Tópico: Mundo

As lamúrias anti-Trump

Pedro Goulart — 31 Julho 2018

Donald Trump, após reunião com Jean-Claude Juncker, em 25 de Julho, anunciou que norte-americanos e europeus “vão trabalhar em conjunto” visando estabelecer uma relação comercial livre de taxas alfandegárias, livre de barreiras e livre de subsídios para bens comerciais. Assim, aquilo que parecia um cenário de guerra comercial EUA-UE, acabou, momentaneamente, por não acontecer. Há uma trégua, foi criado “um grupo de trabalho”, mas a luta prossegue. E Trump já cantou vitória sobre a União Europeia.


Os “nossos homens” nos palcos internacionais

Urbano de Campos — 19 Julho 2018

A eleição, em final de Junho, de António Vitorino como director-geral da Organização Internacional das Migrações, um organismo da ONU, renovou por uns dias a vaidade nacional sobre papel desempenhado “lá fora” pelos “nossos homens”. A lista já vai longa, de facto, o que leva a saloiice dos meios de comunicação e dos dirigentes políticos a descobrir dotes especiais na alma lusa.


Barcelona: 100 mil pela libertação dos presos políticos

16 Julho 2018

No Sábado, 14 de Julho, muitas dezenas de milhares de pessoas percorreram as principais ruas de Barcelona, exigindo a libertação dos presos independentistas e o regresso dos políticos exilados no estrangeiro. A “democracia” e a “justiça” espanhola continuam postas em xeque.
A manifestação foi convocada pela Assembleia Nacional Catalã (ANC), Omium Cultural e Associação Catalã de Direitos Civis (ACDC). O presidente do Governo Regional, Quim Torra, denunciou “o relato fictício com que o Estado construiu uma rebelião que não existiu” e defendeu que “o processo de autodeterminação da Catalunha não seja criminalizado”. A Quim Torra juntou-se a mulher de Carles Puigdemont, presidente do Governo da Catalunha deposto, e a presidente do parlamento catalão, Marcela Topor.


Embaixador-patrão

11 Julho 2018

Com o desplante de um colonialista, o embaixador dos EUA em Portugal fez saber que o seu governo está muito atento aos investimentos chineses em Portugal. Argumentou que os capitais chineses não são bem privados, mas sim estatais, e que assim violam as regras da livre concorrência. Por isso, acrescentou, o que os chineses fazem não é actividade económica mas “intervenção política”. O homem, obviamente, não se enxerga: pela posição que ocupa e pelo aviso que deixou, fez precisamente o que critica nos chineses — intromissão política num país que não é o seu. Mas, por trás do desplante e da incongruência, pressente-se outra coisa: o proteccionismo de Trump não quer ficar-se pelas fronteiras dos EUA, antes pretende ter voz activa nas fronteiras de qualquer Estado, em qualquer parte.


Dissolução da NATO!

8 Julho 2018


Por iniciativa do CPPC e outras organizações, realizam-se em vários pontos do país protestos contra a cimeira da NATO que terá lugar em Bruxelas a 11 e 12 deste mês. Os protestos exigem nomeadamente a dissolução da NATO e o fim das guerras de agressão.
Actos públicos em Évora (7 Julho, 11h, Praça do Giraldo), Lisboa (9 Julho, 18h, Largo Camões), Coimbra (10 Julho, 15h, Praça 8 de Maio), Faro (10 Julho, 18h, Rua Santo António), Porto (12 Julho, 18h, Rua de Santa Catarina).


EUA defendem-se do seu próprio veneno

Manuel Raposo —

O objectivo declarado das medidas proteccionistas aprovadas por Trump, taxando fortemente produtos oriundos do Canadá, da Europa ou da China, é defender a economia norte-americana da concorrência. Mas então cabe perguntar: porque é que a (ainda) primeira economia do mundo se sente ameaçada pelas outras? Porque é que o livre comércio a prejudica depois de a ter ajudado a expandir-se e a dominar o mundo inteiro? Porque é que a “globalização” — até há bem pouco tempo arvorada como bandeira do capitalismo ianque — passou a ser um mal a combater da forma mais extremada?


Em nosso nome, não!

Comité de Solidariedade com a Palestina — 11 Junho 2018

A Câmara Municipal de Cascais, o presidente da República Portuguesa e a Orquestra Metropolitana da Guarda Nacional Republicana resolveram juntar-se ao governo de Israel para a comemoração dos 70 anos da sua existência, isto é, os 70 anos da catástrofe que se abateu sobre o povo da Palestina, num jantar que terá lugar no dia 14 de junho no Casino do Estoril. A denúncia é do Comité de Solidariedade com a Palestina que acusa aquelas entidades de cumplicidade com Israel e reclama que se retirem da comemoração.


De noite todos os gatos parecem pardos

António Louçã — 29 Maio 2018

A vaga de movimentos populistas, nacionalistas e de extrema-direita tem tido o seu reverso na febre unitária que, um pouco por todo o lado, se declara nos arraiais da esquerda. Diante de um perigo agudo, chamemos-lhe fascista ou outra coisa, dir-se-ia que vale tudo.

Assim, a ascensão eleitoral de Donald Trump ocasionou ideias tão peregrinas como a de um jovem deputado português que preconizava o voto em Hillary Clinton como mal menor.


Maio de 68: mais do que a agitação estudantil

Manuel Raposo — 10 Maio 2018

Cinquenta anos passados, não há propagandista, por mais rasteiro, desta burguesia em fim de festa, que não se compraza em declarar morto o movimento de Maio de 68. A evocação que toda a comunicação social dele tem feito — em tom de enterro festivo — só tem lugar, aliás, pelo facto de as classes dominantes considerarem que a coisa é hoje inóqua e que as “transformações” reclamadas nas ruas foram absorvidas pela sociedade burguesa.


Israel, zero pontos!

9 Maio 2018

“Zero pontos para Israel na competição musical da Eurovisão” é uma campanha anual, lançada por cidadãos israelitas que se opõem à ocupação da Palestina e ao apartheid.
A cantora israelita Netta Barzilai representa o Estado de Israel, colaborando nos esforços para limpar a sua imagem internacionalmente. A canção, chamada “Toy”, fala de emancipação feminina e justiça social, enquadrando-se numa contínua tentativa israelita de branquear a opressão do povo palestiniano.


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