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Tópico: Liberdades
Chef Avillez colabora
20 Novembro 2016
A fachada do restaurante Cantinho do Avillez, no Porto, foi pintada de vermelho por causa da participação do chef José Avillez num festival gastronómico em Israel. Na fachada podia ler-se: “Liberdade para a Palestina”, “Avillez colabora com a ocupação sionista” e “Entrada: uma dose de fósforo branco”.
O chef José Avillez participou no festival gastronómico Round Tables, em Israel. Trata-se de um festival que decorre até final de Novembro e que conta com a participação de vários chefs internacionais de renome. Mas a visita de Avillez a Tel Aviv gerou críticas, nomeadamente por parte do movimento pró-palestiniano Boicote, Desinvestimento e Sanções, ou BDS — um movimento criado em 2005 para exigir a imediata descolonização israelita e o derrube do muro da Cisjordânia.
O blogue Palestina Vence informa que vários activistas contra o regime israelita de ocupação e apartheid lançaram
Marrocos: de novo a revolta árabe
Manuel Raposo — 10 Novembro 2016
À vista das manifestações de rua realizadas em Marrocos há dias, no final de Outubro, as declarações sucessivas de que a Primavera Árabe de 2011 estaria morta mostram-se prematuras. Uma onda de revolta abalou as principais cidades marroquinas depois de um vendedor de peixe de 30 anos, Mouhcine Fikri, ter morrido de forma bárbara, em Al-Hoceima, no norte do país. Abordado pela polícia, Fikri teve a mercadoria apreendida e acabou por morrer esmagado dentro do camião de lixo chamado para recolher o peixe confiscado. Milhares de pessoas saíram às ruas logo no dia 28, dia da morte, e até 30, altura do funeral — não apenas em Al-Hoceima, mas também em Tetuão, Casablanca, Marraquexe e na capital Rabat.
Governo afasta PJ de formação israelita para interrogatórios
Pedro Goulart — 21 Setembro 2016
Uma decisão do anterior governo PSD/CDS levou a Polícia Judiciária (PJ) a participar, desde Junho de 2015, no Law Train, um projecto de desenvolvimento de tecnologias e métodos para interrogatórios policiais coordenado pela Universidade Bar-Ilan, e que incluía a Polícia Nacional de Israel. Em Agosto último, segundo o Jornal de Negócios, o Ministério da Justiça, com Francisca Van Dunem, decidiu pôr fim a esta parceria, supostamente devido à escassez de meios e redefinição de prioridades.
13 anos depois
EUA “comemoram” aniversário da invasão do Iraque com ataque aéreo à Universidade de Mossul
17 Abril 2016
Entre 19 e 22 de Março, a força aérea dos EUA bombardeou a Universidade iraquiana de Mossul, causando dezenas de mortos e feridos civis. O ataque, desencadeado sob o pretexto de que o Estado Islâmico procedia ao fabrico de bombas nas instalações da Universidade, foi iniciado três dias antes dos atentados de Bruxelas e não mereceu qualquer destaque na comunicação social ocidental. Pode mesmo dizer-se que foi simplesmente ignorado — a melhor forma de tornar “inexistentes” para a opinião pública os actos de terror maciço praticado pelas exemplares democracias europeias e norte-americana.
O mesmo não se passa com as vítimas e em geral no mundo árabe. A iraquiana Souad Al-Azzawi, professora e investigadora em engenharia geológica e ambiental, difundiu nas redes sociais os seguintes testemunhos sobre o ataque, dando conta da barbaridade dos EUA e da revolta das populações atingidas.
Agora a Bélgica
A guerra chegou à Europa
Carlos Completo — 9 Abril 2016
Claro que os recentes actos de terror praticados em Bruxelas, espalhando a morte e o horror entre a população, e levados a cabo por elementos afectos ao chamado Estado Islâmico, do mesmo modo que os anteriormente verificados em Paris, Madrid, Londres, Nova Iorque e outros locais, são altamente condenáveis. Como também o são (não o esqueçamos) as agressões militares efectuadas no Iraque, Palestina, Afeganistão, Jugoslávia, Líbia, Síria (e não só) pelos EUA, pela NATO e por vários países cúmplices desta política imperialista. Política que, sob o pretexto de levar a “democracia ocidental” a outros países e continentes, o que pretende é, de facto, apropriar-se das matérias primas, nomeadamente do petróleo, abrir mercados para os seus produtos e subjugar os povos.
O arrastão de Colónia
Urbano de Campos — 15 Março 2016
Em Junho de 2005, toda a comunicação social portuguesa fez parangonas com o que chamou o “arrastão” de Carcavelos. A PSP de Lisboa acusou “cerca de 500 indivíduos negros” de atacarem, roubarem e agredirem banhistas. “Testemunhas” confirmaram os maiores desmandos, comerciantes da praia fecharam os estabelecimentos. O presidente da CM de Cascais, verberou os “delinquentes” e “marginais”. A polícia aconselhou “os políticos” a “saber ler os sinais”. Dirigentes partidários reclamaram medidas de segurança reforçadas. Tudo se revelou falso.
Operação Condor: “Na história do mundo”
15 Fevereiro 2016
Manuel Contreras e muitos outros agentes das ditaduras sul-americanas foram formados na Escola das Américas, dirigida por militares e pelos serviços secretos norte-americanos. Foi uma academia de instrução militar onde os EUA treinavam militares aliados da América Latina durante a Guerra Fria. O insuspeito congressista Joseph Kennedy II chamou-lhe em 1994 (em todo o caso já depois do fim da ditadura chilena…) “escola de ditadores“, dizendo que “produziu mais ditadores e assassinos que nenhuma outra na história do mundo”.
Operação Condor: “500 anos por pagar”
A Operação Condor (ver artigo ao lado) foi da responsabilidade de Manuel Contreras, general chileno, braço direito de Pinochet. Chefe da polícia política criada pela ditadura militar em 1974, a DINA, concebeu e montou em 1975 a Operação Condor, reunindo Chile, Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Terão sido eliminados 100 mil opositores dos regimes em menos de duas décadas. Com o fim da ditadura chilena, Contreras, acusado de implicação directa em milhares de assassinatos, foi julgado e condenado a 529 anos de cadeia dos quais cumpriu perto de 20. Morreu em 8 de Agosto de 2015. Quando se soube que Contreras estava à beira da morte, houve manifestações nas redes sociais chilenas “rezando” para que ele não morresse, dizendo “Ainda faltam 500 anos por pagar”; ao mesmo tempo, muitos outros chilenos saiam à rua festejando o fim do torcionário.
Operação Condor ainda voa
Manuel Raposo (*) — 14 Fevereiro 2016
Numa entrevista conduzida pelos jornalistas Pedro Caldeira Rodrigues e José Manuel Rosendo (Lusa) o activista dos direitos humanos paraguaio Martín Almada revelou que a Operação Condor continua activa na América Latina e ameaça os regimes progressistas do continente.
O testemunho, prestado em 18 de Dezembro passado — e que assinalou o 40.º aniversário da assinatura do pacto de colaboração policial entre várias ditaduras latino-americanas — não teve eco na imprensa portuguesa, apesar da gravidade da denúncia feita por Martín Almada. Quando todos os regimes do nosso Ocidente democrático se mostram tão preocupados com os actos de terror que os atingem de vez em quando, é bom que se atente na escala industrial de mais este exemplo de terror de Estado de âmbito não já nacional, mas multinacional.
Activistas pró-Palestina interrompem concerto do Jerusalem Quartet na Gulbenkian
Comunicado de imprensa do Comité de Solidariedade com a Palestina — 17 Dezembro 2015
Activistas dos direitos humanos interromperam esta noite [16 de Dezembro] o concerto de música clássica do Jerusalem Quartet na Fundação Gulbenkian em protesto contra a associação do grupo israelita com o exército de Israel.
O concerto decorria quando da plateia se levantou um grupo de pessoas gritando palavras de ordem contra os crimes de guerra israelitas. Quando eram levadas para fora da sala pelos seguranças, ainda lançaram para o ar panfletos explicando a razão do seu acto. Passados uns minutos, a cena repetiu-se com um segundo grupo que conseguiu fazer parar os músicos quando gritava “boicote Israel, Palestina vencerá”.