Governo afasta PJ de formação israelita para interrogatórios
Pedro Goulart — 21 Setembro 2016
Uma decisão do anterior governo PSD/CDS levou a Polícia Judiciária (PJ) a participar, desde Junho de 2015, no Law Train, um projecto de desenvolvimento de tecnologias e métodos para interrogatórios policiais coordenado pela Universidade Bar-Ilan, e que incluía a Polícia Nacional de Israel. Em Agosto último, segundo o Jornal de Negócios, o Ministério da Justiça, com Francisca Van Dunem, decidiu pôr fim a esta parceria, supostamente devido à escassez de meios e redefinição de prioridades.
A participação de Portugal no projecto Law Train provocou uma posição conjunta de repúdio, promovida pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) e subscrita por diversas organizações (*). Em comunicado, as organizações subscritoras manifestaram a sua oposição ao «envolvimento de Portugal com entidades que fazem da negação dos valores da liberdade e dos direitos humanos a sua missão» e reclamaram ao Governo português que acabasse «de imediato a sua participação no projecto». Alias, são bem conhecidas e largamente repudiadas as práticas de interrogatório “intercultural” das forças de segurança do Estado de Israel e o tratamento dado aos detidos palestinianos, com recurso à tortura.
Contudo, é lamentável que gente que se diz de esquerda e defensora dos direitos humanos ainda continue, por acção ou omissão, a dar cobertura aos torcionários de Israel!
Valentina Marcelino sempre presente
Notícias e artigos desta área contam muitas vezes com a participação de Valentina Marcelino. Presente na defesa de tudo o que é polícia, serviços de informações, repressão, guerras imperialistas e NATO (lembram-se do que ela escreveu em 2010 sobre a cimeira da NATO em Lisboa, “alvo da Al Qaeda e de anarquistas”?),Valentina titulou agora no DN que este “Governo cede a pressão do PCP e afasta PJ de treino com Israel”.
Ao longo dos últimos anos, no DN, além dos muitos artigos reaccionários e provocatórios, Valentina Marcelino tem aperfeiçoado as suas técnicas jornalísticas e feito formação intensiva na sua área, frequentando, entre outros cursos:
Auditora de Defesa Nacional, Segurança e Defesa para Jornalista – IDN, Segurança das Informações Classificadas – GNS, Workshop de Cibersegurança – NATO, Pós-Graduação em Direito e Cibersegurança, Curso avançado Segurança Interna – PSP.
Para dar maior credibilidade ao seu artigo (e às suas ideias), Valentina escora-se no ex-ministro da Justiça Fernando Negrão, que estranha a “intromissão indevida” do ministério na formação dos inspectores. E, além disso, recorre às habituais fontes anónimas dizendo que “tanto na PJ, como em outras forças e serviços de segurança, a notícia, divulgada pelo Jornal de Negócios, trouxe elevada preocupação, uma vez que Israel tem sido ao longo dos anos parceiro de formação a vários níveis das nossas polícias e até das secretas, bem como fornecedor de quase toda a tecnologia de vigilâncias e intercepções telefónicas utilizada pela PJ”.
Como a maioria dos seus congéneres “analistas” económicos e políticos de direita que por aí pululam, e para melhor dar voz aos interesses de classe que defende, Valentina tem, muitas vezes, de torcer os factos, ouvir opositores às suas ideias (às vezes pouco credíveis), e, logicamente, de citar alguns “sábios”. Mas quem conhecer o percurso jornalístico da assalariada Valentina Marcelino dificilmente pode ser levado ao engano.
(*) Organizações subscritoras: Associação 25 de Abril, Associação Abril, Associação Água Pública, Associação Conquistas da Revolução, Associação dos Amigos do Teatro da Liberdade da Palestina (Portugal), Associação Portuguesa dos Juristas Democratas, Colectivo Mumia Abu Jamal, Comité de Solidariedade com a Palestina – BDS Portugal, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos – MURPI, Confederação Portuguesa dos Quadros Técnicos e Científicos, Conselho Português para a Paz e Cooperação, Frente Anti-Racista, Grupo Acção Palestina, Movimento Democrático de Mulheres, Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – MPPM, SOS Racismo, União de Mulheres Alternativa e Resposta, União de Resistentes Antifascistas Portugueses
Comentários dos leitores
•aov 30/9/2016, 12:40
http://barcelona.indymedia.org/newswire/display/506696/index.php
Se distinguió por ser uno de los traficantes de armas más importante del planeta.
Szymon Perski, nacido en Wisniew (Polonia) y mejor conocido como Shimón Peres acaba de morir en Tel Aviv a la edad de 93 años. A este extranjero invasor del territorio palestino se le considera uno de los padres fundadores del estado sionista de Israel.
Su familia hizo aliyah a Tel Aviv en el año 1934. Desde temprana edad se enroló en la Haganah tomando parte en sus “gloriosas” actividades terroristas. Participa de manera sobresaliente en la guerra Árabe-Israelí cumpliendo a cabalidad su función de asesino y sicario. Israel precisaba desocupar el territorio palestino para acoger al pueblo elegido por Yahvé. Por sus destacadas dotes organizativas Ben Gurion le encargó el papel de acelerar al máximo la carrera armamentística del nuevo estado judío. Shimón Peres era el responsable directo del programa nuclear israelí (Dimona) y el intermediario en la compra de los cazabombarderos Mirage franceses. Israel pretendía así erigirse en potencia regional y disuadir a sus enemigos de cualquier posible agresión. A tal punto llegó su gran amistad con el gobierno de Francia que tenía un despacho secreto en el palacio del Elíseo.
Shimón Peres fue un extraordinario relaciones publicas y forjó una profunda amistad con los más destacados líderes mundiales. Supo mover con inteligencia las fichas de la diplomacia a favor de la causa sionista. Gracias a este laborioso trabajo Israel ha visto legitimada su soberanía sobre un territorio ilegítimamente ocupado.
Shimón Peres ocupó importantes cargos en el gobierno de Israelí: ministro de Defensa (guerra), ministro de Relaciones Exteriores, Primer Ministro y por último presidente de Israel. Por lo tanto es el directo responsable de las agresiones y bombardeos, ejecuciones extrajudiciales y violación de los derechos humanos que ha sufrido durante décadas al pueblo palestino. Él ha sido la cabeza pensante del terrorismo de estado en su máxima expresión. Peres fue quien nombró a Ariel Sharon para que comandara las tropas del Tzahal que invadieron el Líbano. Las mismas que posteriormente cometieron la masacre de Sabra y Chatila. Siempre permaneció en la sombra para guardar las apariencias y dar la imagen de un hombre justo y honorable.
Shimón Peres contribuyó enormemente a cimentar la alianza estratégica con el gobierno racista Sudafricano de Pieter Botha. Israel colaboró muy estrechamente en el desarrollo del programa nuclear Surafricano. Sus diabólicos proyectos se hicieron realidad cuando en aguas del Atlántico sur realizaron una prueba atómica secreta (operación Phenix).
En el currículum de Shimón Peres hay que señalar sus relaciones amistosas con regímenes dictatoriales como los de Augusto Pinochet en Chile, Ríos Montt en Guatemala, Videla en Argentina, con D´Aubuisson de Arena en el Salvador, Somoza en Nicaragua y posteriormente con los gobiernos ultraderechistas colombianos de Álvaro Uribe y Juan Manuel Santos. EE.UU en su ofensiva anticomunista utilizó a Israel para que asesorara militarmente y proveyera de armas a sus aliados.
Shimón Peres se distinguió como uno de los miembros más destacados del movimiento sionista mundial y ficha clave del lobby judío (que es el principal valedor de Israel en los EE.UU). En incontables oportunidades negoció con Washington el aumento de la ayuda militar con el fin de consolidarse como la potencia más temida de Oriente Medio. Él afirmaba que Israel es la primera línea de fuego del occidente civilizado en su enfrentamiento contra el “terrorismo islámico”
Shimón Peres ha sido en realidad uno de los mayores traficantes de armas a nivel mundial. Un título adquirido gracias a que ejerció el papel de representante exclusivo de la industria bélica israelí -una de las más pujantes del mundo-
Astutamente intervino junto a Isaac Rabin en el proceso de paz palestino- israelí en el que pactaron con Yasser Arafat los tristemente célebres “acuerdos de Oslo” Por tal motivo obtuvo el premio Nobel de la Paz (compartido con Yasser Arafat) Durante el tiempo que ocupó la silla de Primer Ministro dio luz verde a las más sangrientas operaciones militares como “las Uvas de la Ira” en el sur del Líbano, o los indiscriminados bombardeos contra la Franja de Gaza y Cisjordania.
Israel prepara las honras fúnebres de este “ángel exterminador”. Seguramente a su postrer despedida asistirán los más importantes líderes mundiales y personalidades de reconocido prestigio. Por ley hay que rendirle un merecido homenaje a tan ilustre “apóstol de la paz”. Dirán los sepultureros que esta es una pérdida irreparable para el mundo libre que lucha por preservar los valores de la libertad y la democracia
Carlos de Urabá 2016.