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“Se os nossos filhos passarem fome…”
Oito mil mineiros em greve no norte de Espanha põem a polícia em respeito
Urbano de Campos — 6 Julho 2012
Mais de 200 mineiros de vários pontos do norte de Espanha caminham desde dia 22 de Junho em direcção a Madrid, onde contam chegar no dia 11, numa Marcha Negra em que reclamam a reposição dos apoios estatais à exploração de carvão. Os cerca de 8 mil mineiros espanhóis (das Astúrias e Leão, mas também de Castela e de Aragão) entraram em greve por tempo indeterminado em final de Maio, quando o governo de Rajoy anunciou um corte drástico nos subsídios que ameaça pura e simplesmente fazer encerrar as minas de carvão. A determinação dos mineiros asturianos ficou bem patente nos confrontos com a polícia. E o seu sentido de classe ficou também bem expresso nas sucessivas manifestações já realizadas. Numa delas, uma faixa dizia: “Se os nossos filhos passarem fome, os vossos verterão sangue”.
Para que não se percam os frutos da civilização
Intervenção no Congresso Marx em Maio – Perspectivas para o século XXI (II)
Manuel Raposo — 5 Julho 2012
Nesta segunda parte da intervenção feita no congresso Marx em Maio realça-se a posição das correntes marxistas que mostram as raízes da actual crise mundial. Em vez de culparem o “neoliberalismo”, ou a financeirização do capital, como se a crise tivesse origem numa qualquer deriva ideológica das classes dominantes ou num entorse do capitalismo – aquelas correntes mostram a crise como resultado do próprio crescimento capitalista. É esse crescimento que, contraditoriamente, provoca a queda da taxa de lucro do capital e o declínio de todo o sistema.
Palavras mágicas
António Louçã — 3 Julho 2012
À falta de resolverem problemas, os governos do capital criam cortinas de fumo: palavras, palavras, mais palavras. E como as peneiras não tapam o Sol, e as palavras tão-pouco, todas se desacreditam rapidamente e são substituídas a um ritmo estonteante. Assim, a palavrinha-chave era, há uns tempos, o défice. A obsessão era tal que alguém se sentiu na necessidade de enunciar essa lapalissada, de que “há vida para além do défice” – uma verdade verdadeira desde o tempo dos primeiros protozoários, mas nem por isso muito relevante para lidarmos com problemas dos seres humanos no século XXI.
Dia 30, manifestações pelo Direito ao Trabalho
26 Junho 2012
O agudizar da crise do capitalismo, na sua fase senil, faz alastrar uma calamidade entre as classes proletárias, com milhões de desempregados, precários e pobres. Em Portugal, os governos do patronato projectam em vão uma saída, procurando que sejam os trabalhadores a pagar a crise. Mas é papel dos explorados e oprimidos lutar pelos seus direitos, ao mesmo tempo que dificultam a vida aos capitalistas. No dia 30 de Junho, pelas 15h, promovidas pelo Movimento Sem Emprego (MSE), realizam-se diversas manifestações pelo Direito ao Trabalho: Lisboa, Largo Camões; Porto, Praça da Batalha; Braga, Avenida da Liberdade; Coimbra, Praça da República.
Para que não se percam os frutos da civilização
Intervenção no Congresso Marx em Maio – Perspectivas para o século XXI (I)
Manuel Raposo — 24 Junho 2012
Realizou-se de 3 a 5 de Maio deste ano, na Faculdade de Letras de Lisboa, um congresso designado Marx em Maio – Perspectivas para o século XXI, por iniciativa do Grupo de Estudos Marxistas daquela Faculdade. Foi uma importante ocasião para trazer o pensamento marxista a debate, sobretudo considerando a crise mundial que o capitalismo atravessa e a necessidade de reerguer a luta anticapitalista.
A intervenção que tive oportunidade de fazer será publicada por partes. Nesta primeira parte lembra-se como Karl Marx encarava o combate às contradições do capitalismo e defende-se a ideia de que a actual crise é uma radiografia do estado terminal a que chegou a civilização burguesa. Limitá-la às suas manifestações económicas é um dos vícios que bloqueia o crescimento de um movimento revolucionário.
Amadora: luta pela habitação
22 Junho 2012
Os moradores do Bairro de Santa Filomena (Amadora), ameaçados de despejo das suas casas (pois estas vão ser arrasadas), dirigiram-se pacificamente à Câmara Municipal da Amadora para entregar uma carta ao Presidente, onde expunham as suas razões quanto ao direito à habitação, que lhes querem negar. Trabalhadores com salário mínimo, pobres, desempregados, doentes, não estão em condições de arcar com rendas mais pesadas. A alternativa é ficarem na rua. E como lhes respondeu a Câmara? Com a brutalidade da intervenção da polícia municipal a uma manifestação pacífica. Mas a luta continua. Atentos ao desenrolar dos acontecimentos, manifestamos a nossa solidariedade.
Foi a luta de massas o factor determinante que dominou as eleições na Grécia
José Borralho — 20 Junho 2012
A vitória tangencial da direita, (que fez a burguesia europeia suspirar de alívio) a deslocação de uma enorme massa anti-austeridade para a esquerda moderada, a derrota brutal do KKE, a minimização do PASOK relegado para um plano insignificante e o aumento da extrema-direita, revelam-nos com crueza uma Grécia fragmentada e dominada pela agudização da luta de classes.
A nova governação à direita terá de contar com a oposição de um movimento de massas que claramente rejeita a política de austeridade e de empobrecimento que são a emanação das políticas da troika para toda a Europa.
Cavaco: sempre, sempre com o patronato
19 Junho 2012
Quando se trata de ataque aos direitos dos trabalhadores, Cavaco Silva não tem dúvidas e também não se engana. Agora, sem hesitações de natureza constitucional ou política, promulgou as alterações ao Código do Trabalho, de agrado dos patrões, e exortou a que se “assegure” a estabilidade legislativa “com vista” à “recuperação” do investimento, criação de emprego e relançamento “sustentado” da economia. Com o beneplácito do presidente da República, os trabalhadores portugueses vão ter menos férias e feriados, será alargado o banco de horas e o trabalho extraordinário pago pela metade. O despedimento vai ser mais fácil e o valor das indemnizações reduzido.
Eles condecoram-se uns aos outros
13 Junho 2012
Todos os anos, no dia 10 de Junho, o Presidente da República, como representante das classes dominantes, condecora um conjunto de figuras que, de uma ou outra forma, tenham ou possam contribuir para a coesão e glória do regime. Este ano, entre as dezenas de condecorados, salientam-se os nomes de Lobo Xavier e António Barreto, dois destacados homens de mão do capital, José Hermano Saraiva, historiador e ministro salazarento, vários ex-chefes militares e alguma outra gente do sistema. Pena é que tenham ficado esquecidas duas figuras gradas da pátria e de grande confiança de Cavaco Silva: Dias Loureiro e Oliveira e Costa.
Para que servem os Serviços de Informações?
Proteger o capital e oprimir os trabalhadores
Pedro Goulart — 8 Junho 2012
Segundo Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), ouvido em 1 de Junho na Comissão de Assuntos Constitucionais da Assembleia da República, os relatórios sobre figuras públicas (Pinto Balsemão ou Ricardo Costa, director do Expresso), que foram encontrados na posse de Jorge Silva Carvalho, não terão sido feitos pelos serviços que tutela. E no meio das grandes trapalhadas e da promiscuidade agora vindas a público, também surge um ministro – Miguel Relvas – mentiroso e manipulador, que procura apresentar-se como vítima!