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Governantes catalães sequestrados em Madrid
Pedro Goulart — 6 Novembro 2017
Oito membros do governo que declarou a independência da Catalunha responderam em Madrid perante a Audiência Nacional, tendo a juíza Carmen Lamela ordenado a sua prisão preventiva, visto considerar existirem indícios de “crime de rebelião”, que pode ser punido com uma pena até 30 anos de prisão.
Os detidos Oriol Junqueras, Meritxell Borrás, Jordi Turull, Raul Romeva, Josep Rull, Carles Mundó, Joaquim Forn e Dolors Bassa foram encerrados em cinco estabelecimentos prisionais de Madrid estando também aí já detidos, desde 16 de Outubro, Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes das duas maiores associações independentistas da Catalunha.
Homenagem à Catalunha
António Louçã — 21 Outubro 2017
Com este título, George Orwell evocou em páginas cintilantes a sua participação na milícia do POUM durante a guerra civil espanhola. A Catalunha de que falava era diferente da que vemos hoje: a Catalunha proletária, que em 18 de Julho de 1936 cercou as tropas golpistas, fuzilou os generais conjurados, ocupou e colocou em autogestão as fábricas abandonadas pelos patrões. E era também a Barcelona que, nas jornadas de Maio de 1937, se encheu de barricadas, contra a tentativa policial de retomar o controlo da central telefónica.
Hoje, a Catalunha volta a ser um exemplo, não tanto por um independentismo burguês que em todo o século XX conduziu a becos sem saída, mas pela luta de massas que bateu o pé à prepotência madrilena. Além de exemplo, a Catalunha é um catalisador de soluções potenciais para alguns dos mais intrincados problemas do nosso tempo.
Falta de vergonha
26 Setembro 2017
É habitual surgirem muitas promessas e grande demagogia nas campanhas eleitorais como aquela que neste momento acontece em Portugal. É apenas mais um exemplo de uma absoluta falta de vergonha o que agora se passa com o PSD em Almada. Maria Luis Albuquerque, ex-ministra das finanças do governo PSD/CDS em tempos da troika, é candidata a presidente da Assembleia Municipal de Almada e vem defender uma baixa de impostos, precisamente o contrário do enorme aumento de impostos que ela e o seu colega Vítor Gaspar aplicaram aos portugueses, particularmente às classes trabalhadoras.
A Catalunha e a “democracia” espanhola
Pedro Goulart — 23 Setembro 2017
O comportamento do governo de Madrid, dirigido por Mariano Rajoy, e com a cumplicidade dos outros partidos espanholistas assim como dos média do sistema, face à vontade dos catalães decidirem em referendo sobre a sua independência, é mais uma demonstração de como os dirigentes da democracia burguesa são capazes de recorrer a todos os meios, mesmo ilegais ou ilegítimos, quando são postos em causa os seus interesses de classe.
Sob a capa da legalidade, a 12 dias do referendo para a independência da Catalunha, e servindo-se do aparelho jurídico burguês do estado espanhol (o mesmo aparelho que foi usado para a repressão dos militantes independentistas bascos e suas famílias) o governo de Madrid desencadeou uma vasta operação repressiva sobre a região, que nos faz lembrar velhas acções autoritárias do estado centralista sediado em Madrid.
AutoEuropa: a luta muda de figura
Qual o rumo quando o patronato rasgar o pacto social?
Manuel Raposo — 17 Setembro 2017
Nos últimos 20 anos, a acção sindical levada a cabo pela Comissão de Trabalhadores da AutoEuropa pautou-se pela procura de resultados práticos. O que se pode chamar um sindicalismo de resultados. Tal foi possível por duas razões relacionadas: uma prosperidade da empresa que lhe permitiu dar benefícios regulares aos trabalhadores (manutenção do emprego e ganhos salariais, por exemplo); e o estabelecimento, nessa base, de um pacto social entre trabalhadores e patronato. Foi a imagem (tardia, embora) do pacto social que vigorou na Europa após a segunda guerra.
A tentativa recente da administração da AE de impor o trabalho ao sábado pagando-o como se não fosse dia de descanso é uma nuvem negra sobre o dito pacto. E obriga os trabalhadores a pensarem que tipo de resposta deve ser dada e, mais geralmente, que tipo de sindicalismo é hoje necessário. É para essa reflexão que as linhas seguintes procuram contribuir.
Terror “branco”
13 Setembro 2017
As autoridades do Reino Unido anunciaram a detenção, em princípio de Setembro, de quatro membros de um grupo neonazi entre os quais estão militares no activo. São suspeitos de estarem a preparar atentados terroristas no país, diz a polícia. Se os indivíduos fossem árabes ou muçulmanos, não faltariam vozes a falar num “confronto de civilizações” visando destruir a “nossa democracia” e o “nosso modo de vida”.
Aproveitadores
11 Setembro 2017
O PSD, que, há coisa de um ano, juntamente com o CDS, bramava contra a paralisia dos sindicatos, acusando-os (visando sobretudo a CGTP) de estarem feitos com o governo, parece ter passado das palavras aos actos. Dizem as más línguas que o protesto dos enfermeiros tem a mão do PSD. Na verdade, a acção conta com o apoio da UGT, liderada por esse exemplo de lutador sindical que em 2015 pugnou pela reedição de um governo PSD-CDS, em vez da aliança do PS à esquerda. E conta, claro, com a movimentação incansável da actual bastonária da Ordem, Ana Rita Cavaco, membro do conselho nacional do PSD. O propósito seria entalar o governo nas vésperas das eleições autárquicas.
Verdade ou não, o certo é que a direita vê nisso o sinal
Maravilhas do privado
10 Setembro 2017
No dia 4 de Setembro, o Colégio Ramalhete (privado), no Porto, fez saber que não reabriria neste ano lectivo. Noventa crianças do pré-escolar e do ensino básico ficaram assim sem escola a poucos dias do começo das aulas. Os porta-vozes do colégio deram como razão para o encerramento um “imprevisto inesperado” (sic), e pronto. Deixar dezenas de crianças à porta da escola e pais sem saberem o que fazer à vida: eis uma das liberdades do capitalismo que os defensores da “iniciativa privada” evitam comentar.
Tropas portuguesas para o Afeganistão
"Disponibilidade total", diz o ministro Azeredo Lopes
Pedro Goulart — 10 Setembro 2017
Segundo a agência Lusa (com fonte no Ministério da Defesa), o governo português estaria a “negociar” com a NATO o envio, em 2018, de uma força militar para o Afeganistão. A força portuguesa a enviar seria composta maioritariamente por militares do Exército e teria dimensão equivalente ao contingente que Portugal retirou do Kosovo em Maio passado. Logo no mês seguinte, o ministro Azeredo Lopes, solícito, apressava-se a afirmar em Bruxelas, na sede da NATO, que há da parte de Portugal “uma disponibilidade total”, admitindo a possibilidade de juntar a “força de reacção rápida e a formação e o treino, em torno dos 170 homens”, a enviar para onde a NATO considerasse necessário.
Reaccionário como de costume
Cavaco Silva na Universidade de Verão do PSD
Pedro Goulart — 4 Setembro 2017
Na Universidade de Verão do PSD, perante o tema “Os jovens e a política: quando a realidade tira o tapete à ideologia”, Cavaco Silva, agarrando-o, disse que na zona euro “os governos podem começar com alguns devaneios revolucionários mas acabam sempre por se conformar com as regras da disciplina orçamental”. O ex-Presidente da República afirmou que “a realidade ao tirar o tapete à ideologia projecta-a com uma tal força contra a retórica daqueles que no Governo querem realizar a revolução socialista, que acabam por perder o pio ou fingem que piam, mas são pios sem qualquer credibilidade porque não são mais do que jogadas partidárias”. Cavaco, grande defensor da austeridade para os trabalhadores e o povo e de bons lucros para os patrões, aproveitou para bater forte e feio nos partidos da “geringonça”, solução que nunca engoliu bem. Mas (ignorância ou demagogia?) onde foi ele buscar a informação que todos ou alguns partidos da coligação das esquerdas do regime pretendem fazer a revolução socialista?