Arquivo: Abril 2009

A maioria dos franceses apoia o sequestro de patrões

Manuel Raposo — 30 Abril 2009

patronssequestres.jpgNo passado dia 28, o canal francês TV5 transmitiu um interessante debate intitulado “Patrões sequestrados: até quando?”. Em discussão, não apenas o sequestro de patrões e administradores, mas de uma forma geral as acções cada vez mais destemidas da parte dos trabalhadores franceses em resposta aos efeitos da crise, particularmente os despedimentos.


Mais desemprego em 2009

29 Abril 2009

Só nos primeiros três meses deste ano inscreveram-se nos Centros de Emprego, segundo dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional, mais de 196.000 desempregados. Como os Centros de Emprego, no mesmo período, só conseguiram arranjar pouco mais 12.000 empregos, isto significa que o número de desempregados aumentou efectivamente mais de 180.000 apenas no primeiro trimestre do ano. A este ritmo, é de prever no final de 2009 uma taxa de desemprego próxima dos 12% e a ultrapassagem dos 650 mil desempregados em Portugal.


Trabalhadores da Refer invadem sede da empresa

Urbano de Campos —

refer.jpgDezenas de dirigentes e delegados sindicais da Refer – Rede Ferroviária Nacional invadiram as instalações da empresa exigindo ser recebidos pela administração. A concentração foi convocada, no dia 23 de Abril, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário. Protestava contra a recusa da empresa em negociar melhores condições salariais e contra a supressão de direitos e procurava fazer entrega à administração de uma proposta negocial.


Trabalhinho de contra-informação

Carlos Completo — 28 Abril 2009

25a2007_cravocaido.jpgO Diário de Notícias publicou no dia 25 de Abril um texto, assinado por Valentina Marcelino, prevenindo-nos contra manifestações convocadas por movimentos “anarco-libertários” para esse mesmo dia. Significativamente intitulado Polícias e secretas reforçaram a vigilância a radicais de esquerda, o escrito indica, como fontes de informação: polícias, SIS, Europol, procuradores, enfim, “as forças de segurança” do sistema.


Semana de consulta dos professores

23 Abril 2009

De 20 a 24 de Abril está a realizar-se uma consulta generalizada aos professores, envolvendo cerca de 1.400 reuniões por todo o país. Estão em debate as propostas do Ministério da Educação (Estatuto da Carreira Docente, Avaliação, Gestão, Concursos). Espera-se que da análise da situação resulte a adopção de uma ou várias formas de luta, propostas pela FENPROF e por várias outras organizações de professores. Vigílias, novas greves, nova manifestação nacional, tais as principais formas de luta que serão propostas aos professores, a levar a cabo no 3.º período deste ano lectivo.


Despedimentos e suspensões

22 Abril 2009

A Qimonda, empresa de alta tecnologia com fábrica em Vila do Conde, despede 600 trabalhadores e suspende (lay-off) outros 800 durante seis meses. Na Coindu, a maior empresa do sector têxtil do país, com fábricas em Famalicão e Arcos de Valdevez, são mais 400 os trabalhadores colectivamente despedidos. Na Yazaki Saltano, que já em 2008 despedira 700 trabalhadores nas suas fábricas de Ovar e Vila Nova de Gaia, são agora cerca de 800 os trabalhadores suspensos durante meio ano. Mas estes, não confiando nas razões dadas pela administração, concentraram-se em protesto, no dia 17, junto à empresa.


Que resposta?

21 Abril 2009

Existe resposta revolucionária para a crise actual? A pergunta tem de ser posta quando se toma consciência da profundidade da crise que o capitalismo mundial atravessa e quando, ao mesmo tempo, se verifica que o poder do capital não está a ser abalado na sua base política. Sem uma resposta dirigida para enfraquecer o poder, o capital fica com toda a margem para reedificar, com mais uma dose de violência, o mecanismo de exploração, cobrando pesados juros à massa trabalhadora.


As lições de 74-75 e a crise actual

Pedro Goulart — 20 Abril 2009

25abril1_72dpi.jpgA maior parte dos que levaram a cabo o golpe militar do 25 de Abril de 1974 pretendiam apenas estabelecer uma democracia formal e acabar com a guerra colonial. Mas, derrubado o regime salazarento, os trabalhadores e a gente de esquerda deste país deram uma lição que hoje devia permanecer bem presente. Não ficaram como abúlicos observadores ou meros analistas dos acontecimentos. Fizeram história pelas próprias mãos.
Os trabalhadores e o povo vieram para a rua, correram com capitalistas e latifundiários, ocuparam fábricas, terras e casas. Geriram, eles próprios, empresas, cooperativas e unidades colectivas de produção. Ganharam liberdade, experiência, auto-confiança, aumento de salários e salário mínimo. Assumiram parte significativa do poder económico e político.


“Patrões, não pagaremos a vossa crise!”

Manuel Vaz (em Paris) — 19 Abril 2009

patraosequestro1_72dpi.jpgA crise aguda do sistema capitalista conduz os actores políticos e económicos da burguesia a batalhar em diversas frentes para suster o fim do mundo (capitalista): introdução maciça de capitais no sistema bancário ameaçado de falência, nacionalizações parciais ou totais do sector, destruição de capital pela baixa acentuada do preço das mercadorias em super-abundância, supressão ou paralisação de segmentos inteiros da produção.


Alcochete, resorts e outlets

Ismael Pires — 18 Abril 2009

freeport72dpi.jpgA frente ribeirinha de Alcochete, entre a vila e a Ponte Vasco da Gama, foi usada desde os anos cinquenta para a seca do bacalhau. Ainda lá se encontram as velhas instalações, agora abandonadas, perdidas numa vasta zona alagadiça onde nidificam e vivem milhares de aves. Devido a ser uma área de alta sensibilidade ambiental encontra-se incluída na Zona de Protecção Especial do Estuário do Tejo e integra a Rede Natura. A legislação proíbe nesta zona todas as actividades que alterem as características actuais.


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