Arquivo: Março 2008

Corrupção: uma onda imparável

Pedro Goulart — 24 Março 2008

Já se sabia. Mas, recentemente, os meios de comunicação oficiais têm contribuído com mais pormenores sobre a crescente corrupção que se manifesta, a todos os níveis, onde quer que haja uma alavanca de poder.
Nos governos de Durão Barroso e Santana Lopes foi um fartar vilanagem. Aí, a gente do CDS parece ter tido um papel significativo.


O “terror” posto a nu

Dr Gideon Polya (*) — 21 Março 2008

terror.jpgAs estatísticas sobre mortalidade da Divisão de População da ONU, UNICEF, a literatura médica e outras fontes permitem calcular o risco anual de morte de vários grupos. O risco para a humanidade do terrorismo de Estado praticado pelos EUA e Israel é largamente maior do que o risco do terrorismo não estatal de origem muçulmana.


Greve nos CTT

Contra o novo acordo de empresa, que retira direitos aos trabalhadores, decorreu a 19 e 20 de Março uma greve promovida por cinco dos 14 sindicatos dos CTT. Ao mesmo tempo, foi levada a cabo em Lisboa uma concentração de protesto por cerca de mil trabalhadores. No primeiro dia de greve, apareceram com os pneus furados quatro camiões pertencentes a uma empresa contratada pelos CTT para o transporte de correio, pelo que, contra os propósitos da administração, a paragem na distribuição da correspondência foi efectiva. Perante o incidente, um porta-voz dos CTT informou que tinham “encorajado” os sindicatos a denunciarem os autores dos furos nos pneus – no que só pode ser entendido como um policiesco convite à delação.


Protesto em apoio do Iraque

20 Março 2008

Cerca das 11 horas da manhã de hoje, dia 20, a polícia tentou impedir que um grupo de pessoas colocasse faixas contra a guerra no Iraque em frente da embaixada dos EUA em Lisboa. Os activistas que ali se deslocaram – do Conselho da Paz, do Tribunal-Iraque, de Os Verdes e do Comité Mumia Abu Jamal – foram intimados a identificar-se, mas não cederam à pressão dos polícias e acabaram por pendurar, num viaduto fronteiro à embaixada, duas faixas onde se exigia a retirada das tropas ocupantes do Iraque e em que se evocavam os 5 anos de resistência do povo iraquiano. A acção insere-se num conjunto de actividades a levar a efeito por ocasião da data.


Carta aberta ao primeiro-ministro José Sócrates

iraquefaixaeua_72dpi.JPGNo dia em que se completam 5 anos sobre a ocupação do Iraque por tropas dos EUA, um conjunto de organizações políticas e cívicas decidiu dirigir uma carta aberta ao primeiro-ministro José Sócrates na qual se protesta contra a ocupação, se denuncia a colaboração portuguesa com os crimes cometidos e se exige uma mudança de rumo do governo português a respeito da política de agressão do imperialismo norte-americano.
Nesta data, é bom trazer à memória os actos de cumplicidade das autoridades portuguesas da altura – concretizados na cimeira das Lajes e na cooperação militar e política com as forças invasoras – e, ao mesmo tempo, deixar dito que essa política prossegue sem qualquer alteração pela mão do actual chefe do governo.
Subscrevem a carta, designadamente, a CGTP, o Conselho da Paz, o Tribunal-Iraque, o PCP, o Partido Ecologista Os Verdes, a União dos Sindicatos de Lisboa, o Movimento Democrático de Mulheres, o Comité Mumia Abu Jamal.


Arte comprometida com o destino dos povos

Manuel Monteiro — 19 Março 2008

eurico-carrapatoso_72dpi.jpgEstreou ontem, dia 18 de Março, no Centro Cultural de Belém, a obra musical “Stabat Mater”, versão do compositor português Eurico Carrapatoso. O texto é sobre a dor de uma mãe (a mãe de Cristo).
Em entrevista dada ao Diário de Notícias, e em declarações à Antena 2 da RDP, Eurico Carrapatoso assinalou “a actualidade da mensagem, porque há muitas mães dolorosas”, referindo “as que continuam a perder os filhos em conflitos armados”. E concretiza: “as mães iraquianas que perderam milhares de filhos desde o início da intervenção norte-americana, um crime horrendo de mutilação e assassínio bárbaro”.


Regras dos noticiários de todo o mundo sobre o Médio Oriente

Autor anónimo —

Regra 1. No Médio Oriente, são sempre os árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se “retaliação”.

Regra 2. Os árabes não têm o direito de matar civis. Isso chama-se “terrorismo”.


Plantados no Chão

João Bernardo — 17 Março 2008

plantadosnochao_capa_72dpijpg.jpgDa autoria de Natália Viana, o livro Plantados no Chão, publicado pela editora Conrad, acerca dos assassinatos de militantes dos movimentos sociais no Brasil dos nossos dias, está disponível em versão PDF para download gratuito pela internet.
O endereço é:

http://www.conradeditora.com.br/plantadosnochao.html

O objectivo da autora e dos editores é divulgar o máximo possível o conteúdo do livro, levantando o debate sobre a violência que os movimentos sociais continuam a enfrentar no Brasil.


Democracia

João Bernardo —

Mário Pedrosa, nascido em 1901 e falecido em 1981, foi um marxista brasileiro, activo na ala esquerda do trotskismo, que deixou nome sobretudo como crítico de arte e promotor do vanguardismo estético. Ele escreveu uma obra política que, na minha opinião, se conta − ou devia contar-se − entre os clássicos do marxismo, A Opção Imperialista (Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966), publicado já durante a ditadura militar. O Brasil é um enorme país, e como todos os países desta dimensão é muito provinciano, interessando-se quase exclusivamente pelo que se passa dentro das fronteiras. Ora, A Opção Imperialista é um estudo amplo, de carácter mundial. Decerto por este motivo o livro permanece esquecido no Brasil e, como não foi traduzido para inglês, é ignorado no resto do mundo.


Cinco anos de ocupação, cinco anos de resistência

16 Março 2008

iraq_bennett_cartoon3_96dpi.jpgNa noite de 19 para 20 de Março 2003 todos assistimos impotentes ao bombardeamento de Bagdade. Cinco anos depois, não é possível sermos indiferentes à situação: crimes continuam a ser cometidos no Iraque e, em nome desta guerra que alguns julgam distante e de outros, são condicionadas as nossas liberdades e direitos em Portugal.