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Arquivo: Outubro 2008
Greve na Função Pública
1 Outubro 2008
O dia de luta dos trabalhadores da função pública realizado hoje, dia 1, começou com forte adesão em muitos sectores. Em cinco hospitais de Lisboa e no INEM a greve foi a 100 por cento; e em vários outros hospitais do país as paralisações situaram-se entre 50 e 90 por cento. Também a recolha de lixo e a circulação de comboios foram afectadas desde as zero horas. Outros serviços, como escolas, centros de saúde, postos de segurança social, repartições de finanças, conservatórias, museus paralisaram também. Estão previstas concentrações e desfiles em diversas localidades levantando as exigências dos trabalhadores por melhorias salariais e contra o código do trabalho.
Tranquilidade
Diante da avalanche financeira, Sócrates tranquilizou as famílias portuguesas quanto à segurança das suas poupanças, elogiando “a boa resistência” do sistema financeiro português. Evitar o pânico é a evidente palavra de ordem dos homens do poder e do capital. Percebe-se: é que se as pessoas perderem a confiança nos bancos pode começar uma corrida aos levantamentos, e aí, como dizia um comentador económico, “seria a catástrofe”. Vivemos portanto num sistema em que, no limite, nenhuma garantia pode ser dada da parte das instituições financeiras aos seus depositantes, a não ser que estes tenham sempre total confiança naquelas. Como no caso Dona Branca.
33 mulheres assassinadas
Desde o início deste ano, 33 mulheres foram assassinadas no país pelos companheiros ou ex-companheiros, mais 4 do que em todo o ano passado. Um dos casos mais recentes foi a morte a tiro de pistola de uma mulher às mãos do ex-marido, agente da PSP do Comando de Lisboa. O indivíduo já tinha ameaçado a ex-mulher de morte e por isso fora privado do porte de arma por decisão de um tribunal. A arma usada, diz a PSP, terá sido roubada a um colega.
As eleições no Rio de Janeiro
Alexander Hilsenbeck —
O governo brasileiro, com a finalidade de garantir os “direitos políticos” e o bom andamento das eleições democráticas no Rio de Janeiro [eleições autárquicas de 5 de Outubro], está a ocupar 27 favelas, identificadas como “curral eleitoral”, com um “manto de segurança” formado pelo Exército e pela Marinha. A ocupação militar (pré-agendada para evitar confrontos reais) deve-se ao facto de que traficantes e milicianos (polícias que extorquem a população) estabeleceram tabelas de “portagens” para os candidatos às eleições entrarem nas comunidades, colarem cartazes e pedirem votos.
GNR e trabalhadores guardam bens da fiação Fidar
Celestino Braga —
Agentes da GNR estão a guardar as instalações da fiação Fidar, em Gondar Guimarães, por ordem do Tribunal, que atendeu a um pedido dos trabalhadores. A medida tem carácter cautelar e destina-se a salvaguardar o património da empresa, surgindo depois de algumas escaramuças com a administração. Ironicamente, depois de ter sido chamada para obrigar trabalhadores despedidos da empresa de Gondar, Guimarães, a abandonar as instalações da fábrica, por solicitação da administração, a GNR efectua, juntamente com os operários – acantonados numa tenda às portas da unidade industrial – a acção de vigilância às instalações da Fidar.
Enfermeiros em greve
A direcção do Sindicato dos Enfermeiros informou que a adesão à greve nacional de dois dias iniciada dia 30 se situou entre 60 e 80 por centro, com muitos serviços hospitalares e centros de saúde paralisados a 100 por cento. Dia 1 será realizada uma assembleia geral de enfermeiros para debater formas de radicalizar a luta que podem incluir mais dias de greve; e no final será feita uma manifestação-concentração diante do ministério da Saúde. Os enfermeiros exigem que 5 mil profissionais contratados a prazo passem a efectivos e reclamam a contratação de mais enfermeiros dada a sua escassez para as necessidades de atendimento à população.