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Arquivo: Novembro 2007
Um novo jornal de luta, um exemplo a difundir
José Mário Branco — 5 Novembro 2007
Apoiantes do MV fizeram-nos chegar o número zero de um novo jornal comunitário, de distribuição exclusivamente militante, que partiu da iniciativa de jovens músicos do hip-hop de diferentes núcleos da região de Lisboa. GUETO: Olhos Ouvidos & Vozes, impresso e difundido em fotocópias A3, revela o elevado nível de consciência , de lucidez e de determinação para a luta destes jovens dos bairros periféricos de imigrantes.
Diz o editorial: “Racismo, desemprego, falta de oportunidades ou violência policial fazem parte do quotidiano de milhares de jovens dos subúrbios de Lisboa. Connosco não é diferente. A nossa voz não é ouvida, os nossos problemas esquecidos e as nossas vivências caricaturadas ou estigmatizadas. Por isso, é urgente criarmos associações, colectivos informais e jornais que expressem as nossas ideias e opiniões para colocar na cena pública os nossos anseios e reivindicações”.
José Afonso: Reinterpretar o Mestre
José Mário Branco —
A obra de José Afonso é um manancial inesgotável de aprendizagem e de inspiração para as sucessivas gerações de músicos e intérpretes, sobretudo portugueses e galegos. As primeiras iniciativas marcantes terão sido os duplos álbuns Filhos da Madrugada, vários artistas com supervisão de Sérgio Godinho, BMG, 1994, e Maio Maduro Maio, registo do concerto ao vivo de Amélia Muge, João Afonso e José Mário Branco, Sony, 1995.
Lembrar Adriano
Pedro Goulart —
Com a casa cheia e sob o lema “Há sempre alguém que resiste”, realizou-se em 20 de Outubro na Voz do Operário um espectáculo musical por ocasião do 25º aniversário da morte de Adriano Correia de Oliveira. Nele participaram solidariamente, entre outros, Amélia Muge, Fausto, Francisco Fanhais, Janita Salomé, Samuel, Luis Represas, Manuel Freire e Paulo Saraiva.
Este espectáculo integrou-se num conjunto de iniciativas realizadas entre 16 e 20 de Outubro em homenagem àquele cantor e resistente antifascista, sendo, na altura, justamente salientada a necessidade de continuarmos a resistência nos dias de opressão que hoje vivemos.
Fazer do MV um dinamizador do movimento popular
Realizaram-se, nos últimos dias, no norte do país, três sessões de apresentação do nosso jornal. O tema proposto “O que é um jornal político popular?” suscitou debates francos e abertos cujo sentido se pode resumir no seguinte: o povo tem de tomar a política nas suas mãos.
As sessões foram co-organizadas entre o MV e colectivos locais – a Velha-A-Branca (Braga), o Círculo de Arte e Recreio (Guimarães) e a Casa-Viva (Porto).
Depois de apresentado o jornal pelos colaboradores do MV – os jornalistas Renato Teixeira e Rui Pereira, os músicos Tino Flores e José Mário Branco -, rápida e naturalmente os presentes tomaram conta do debate, como se fosse uma “conversa atrasada” que todos temos urgência em retomar.
Henry Ford
Sabia que o fundador da marca de automóveis Ford, Henry Ford, não foi importante apenas por ter introduzido a linha de montagem no fabrico de automóveis e ter comercializado os seus veículos, sobretudo o Ford T, ao alcance da pequena e média burguesias estadunidenses? Ele foi também um campeão da xenofobia anti-imigrantes e do anti-semitismo. O seu livro O Judeu Internacional. O Maior Problema Mundial, uma recolha de artigos que escreveu para o seu jornal Dearborn Independent, ganhou enorme influência logo que foi publicado em 1920. Um dos influenciados foi – está historicamente provado – Adolf Hitler que foi buscar a Ford algumas das ideias fundadoras do nazismo, expressas no Mein Kampf (publicado em 1925-26). Já chanceler da Alemanha, Hitler tinha no seu gabinete uma grande fotografia de Henry Ford.
Acordo de viabilização da Maconde é bom negócio para o BCP
Urbano de Campos — 3 Novembro 2007
O banco liderado por Jardim Gonçalves (BCP) é o principal beneficiário do acordo de viabilização da Maconde, empresa têxtil e de confecções de Vila do Conde.
600 mil em lista de espera
2 Novembro 2007
Segundo um inquérito da Inspecção-Geral de Saúde, de 2006, só à espera da primeira consulta estavam 382 mil doentes. Se a estes adicionarmos os 220 mil à espera de cirurgias chega-se a um total de mais de 600 mil doentes em listas de espera. Mas isto parece não preocupar muito o governo de Sócrates que, para 2008, mantém um orçamento para a Saúde com crescimento inferior ao valor da inflação. Os privados (seguros, hospitais, médicos) agradecem – e os doentes sofrem.
Greve dos funcionários públicos em Novembro
Urbano de Campos — 1 Novembro 2007
A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública marcou, no passado dia 26, uma greve dos funcionários públicos para a segunda quinzena de Novembro. Ao mesmo tempo, foi anunciada a realização de um plenário de trabalhadores em 7 de Novembro, em frente ao ministério das Finanças.
A grande sangreira
J. Félix —
Ao mesmo tempo que o Estado concede milhões e milhões de beneficios fiscais e de toda a ordem às empresas e aos ricos, tem necessidade de ir buscar a compensação desse dispêndio aos serviços públicos.
Salários mínimos
O salário mínimo português actual (reportado a doze vencimentos por ano) é de 470 euros. Os mais altos da União Europeia são os do Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido, Bélgica e França que variam entre 1570 e 1254 euros. Na Grécia e em Espanha são de 668 e 664 euros. Abaixo de Portugal apenas a República Checa (288) e a Polónia (246), mas enquanto nestes países os trabalhadores que ganham pelo salário mínimo são 2% e 4,5%, no nosso país são 5,5%. Entrando em conta com os custo de vida, a comparação é ainda mais penalizadora para Portugal. (Dados Eurostat)