Tópico: Ver-Ouvir-Ler

Por uma Vida Melhor

François Pechereau — 15 Março 2008

bloncourt_72dpi1.jpgA exposição, Por uma vida melhor, no museu Berardo, é uma compilação das numerosas fotografias de Gérald Bloncourt que seguem a partida, o trajecto esgotante e, enfim, a chegada aos bairros de lata dos milhares de portugueses que tentaram a sorte em França durante os “Trinta Gloriosos” (anos 50/60/70). Em paralelo às fotos, podem ver-se testemunhos em documentários curtos e artigos de imprensa, dando a imagem mais completa possível daquilo que foi designado “o salto”.


Dorregarai, A Casa-Torre

Pedro Goulart — 13 Março 2008

Já está nas livrarias o primeiro livro de uma trilogia a ser editada pela Deriva e que se enquadra na nova colecção de ficção da editora.
O livro conta a história do último século e meio da nação basca, nomeadamente os acontecimentos militares através dos quais, no século XIX, Madrid consumou o que lhe faltava da conquista do País Basco.


O Lado Selvagem

Cristina Meneses — 12 Março 2008

intothewild_72dpi.jpgAos 22 anos, Christopher McCandless abandona uma vida desafogada (uma família classe média norte-americana nos anos 90) em busca da felicidade que não encontra no mundo de regras e de mentira em que vive. Verdade e felicidade serão as duas faces de uma mesma existência plena?


Uma lenda da música, sempre ao lado da revolução

Manuel Monteiro — 11 Fevereiro 2008

tataguines_72dpi.jpgMorreu agora em Cuba, com 78 anos de idade, Tata Güines, considerado o “rei dos tambores”.
Tata nasceu num bairro pobre de Matanzas. De dia, era aprendiz de sapateiro, à noite percorria os cabarés de Havana, tocando para os turistas norte-americanos, na Cuba do ditador Baptista. Mas cedo se percebeu que o jovem percussionista extraía dos instrumentos um ritmo e um timbre diferentes dos habituais. É então convidado por grupos de jazz e por orquestras de casinos de Havana para actuar para os turistas.


A imigração em Portugal

José Mário Branco — 8 Fevereiro 2008

Relacionado com este importante tema, que o MV começa a abordar no presente número (MV5, Fevereiro 2008), destacamos o importante contributo que é este livro, de autores vários, editado pelo SOS Racismo em 2002. Claro que, desde a data da edição, novos factos e alterações legislativas vieram modificar a situação. Isso não tira importância a esta obra porque, na maioria dos seus capítulos, nos permite ter uma visão global sobre a a questão dos imigrantes em Portugal, com a denúncia das várias perversidades, preconceitos e cinismos que caracterizam as posições oficiais sobre o assunto.


Falam como Frei Tomás

Eugénio Silva —

Os conselhos dos senhores do Minuto Verde, logo pela manhã, podem ser bons. Eu é que tenho dificuldade em ver a utilidade da conversa. Dizia um deles que não devíamos deitar fora os CDs estragados – serviam para bases de copos. Mas cá em casa pomos os copos em cima da toalha da mesa e não usamos bases. Guardar os CDs que os miúdos deitam fora era ter mais tralha em casa. Doutra vez, foi como reduzir o consumo de água. Aconselhavam-nos a comprar uns adaptadores para as torneiras que limitavam o caudal, por mais que as abríssemos. Nós por cá resolvemos a coisa de outro modo: não abrimos tanto as torneiras, e assim poupamos na conta ao fim do mês e no custo dos adaptadores.


Vozes de nós, novo álbum do Cramol

José Mário Branco — 6 Fevereiro 2008

cramol_72dpi.jpgA Ocarina acaba de publicar Vozes de Nós, do Cramol, grupo de cantadeiras fundado em 1979 na Biblioteca Operária de Oeiras. Uma viagem emocionante pelas profundezas do canto rural do povo antigo que vai re-existindo a um século de emigração do campo para a cidade e de revolução tecnológica. 46 temas de todas as regiões de Portugal e alguns das Canárias e País Basco.


O prémio

Eugénio Silva — 3 Janeiro 2008

Há concursos na TV em que se responde por telefone. Nunca respondi, nunca sei ao certo a resposta. Eles dão umas dicas, mas nem sempre as apanho. Depois, o preço das chamadas é a doer. Mas desta vez não resisti. Punham palavras no ecrã em que faltavam letras e a gente tinha de adivinhar. Era: _A_ALHAU À _OMES DE _Á. Fácil. E sempre eram 5 mil euros de prémio!


200 anos de denúncia da escravatura

José Luís Félix —

200ilus_72dpi.jpgNo fim de semana de 8-9 de Dezembro, a Tertúlia Liberdade tomou a iniciativa de realizar uma sessão pública evocativa do fim da escravatura, que se iniciou há 200 anos. O evento, que decorreu nas instalações das livrarias Ler Devagar e Eterno Retorno, teve a colaboração graciosa dos artistas Maria das Graças e Pedro Mota na poesia, Chá Preto na Capoeira, José Mário Branco, Naidy Barreto, Tino Flores, Couple Coffe, Cantadores da Rusga e Kova.M.Most na música. Foi possível levar a cabo esta iniciativa também devido à colaboração de muitos amigos que se associaram ao evento.


Censurado

José Mário Branco — 28 Dezembro 2007

filmecensurado_72dpi.jpgDiz-se que é um entre vários filmes que nos vão chegar dos EUA sobre o tema das guerras do Iraque e do Afeganistão. Era de esperar. Como de costume, a maior parte irá fazer jus à propaganda oficial, com os bons “libertadores” e os “maus” de faca nos dentes. Mas nos “States”, sempre que se manifesta algures no mundo o barbarismo da sua política imperial, aparecem algumas consciências humanistas do cinema que, com crueza e amor pela verdade, realizando filmes independentes e de baixo orçamento, nos dão uma visão bem diferente dessa propaganda oficial.