Arquivo: Julho 2009

Unir a luta dos imigrantes com o movimento operário

Manuel Vaz — 30 Julho 2009

travailleurs_unis_72dpi.jpgNa série “Três perguntas a…”, que Manuel Vaz iniciou com centro na realidade francesa de hoje, publicamos desta vez um texto que aborda a questão antiga mas actual da presença e do peso dos imigrantes na luta de classes em França – na sequência dos acontecimentos, de que o Mudar de Vida deu conta, da Bolsa do Trabalho de Paris. Vistos sempre e paradoxalmente como um motor de luta e um freio pelas organizações operárias indígenas, os imigrantes constituem sem dúvida um ponto de referência clássico em matéria de internacionalismo e solidariedade. Destacam-se, nesta entrevista, os esforços dos meios da esquerda revolucionária francesa para reerguer um movimento operário anticapitalista assente em critérios de luta de classe.


Refugiados e deslocados

Continua a aumentar por todo o mundo o número de refugiados e deslocados. Hoje, já são mais de 42 milhões. Isto acontece devido a condições de vida degradantes, a problemas climáticos (por exemplo catástrofes) e por causa das guerras (promovidas por uns países contra outros ou por grupos militares dentro de um mesmo país). Para a ACNUR (Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), um dos pilares de apoio a refugiados e deslocados, os cenários prioritários da sua intervenção são o Afeganistão, Paquistão, Sudão, Somália, Congo, Palestina e Iraque.


Corticeiros em luta

29 Julho 2009

Os operários corticeiros da região Norte encetaram no dia 27 de Julho uma semana de protestos contra os salários em atraso e os despedimentos, assim como a favor de aumentos salariais para o sector. Pelo meio, denunciam o lay-off, os despedimentos colectivos e as falências fraudulentas. Está marcada uma marcha dos trabalhadores corticeiros pela região e uma vigília frente à associação dos empresários do sector, em Santa Maria da Feira. Os operários procuram envolver nestas lutas, e bem, não apenas os trabalhadores corticeiros mas também a população.


Contra o golpe militar nas Honduras

26 Julho 2009

honduras72dpi.jpgNa próxima terça-feira, 28 de Julho, tem lugar em Lisboa (Rossio, 19 h) uma concentração de solidariedade com o povo hondurenho e de repúdio do golpe de Estado levado a cabo há um mês que instaurou uma ditadura militar neste país centro-americano.
Desde 28 de Junho, sucedem-se as manifestações populares em defesa das liberdades e do presidente eleito Manuel Zelaya. Foi lançado um apelo à greve geral e solicitado apoio internacional à resistência do povo hondurenho. A repressão policial e militar causou já numerosas mortes e detenções.


O modelo de Soares e de Perestrello

Carlos Completo — 24 Julho 2009

Em recente entrevista a um semanário, Marcos Perestrello, actual candidato do PS à Câmara de Oeiras, critica o PSD e o CDS por atacarem o investimento público e pretenderem “rasgar” os avanços sociais que o governo de José Sócrates teria levado a cabo nos últimos tempos. Perestrello sugere que, como consequência da crise e da política do PSD e do CDS, aqueles dois partidos de direita deixariam parte dos portugueses “à beira da estrada”, excluídos da economia e da sociedade. Eles representariam, assim, o capitalismo desumano, o mau capitalismo.


Import/export de lixo tóxico

22 Julho 2009

É velha e sórdida a história dos países ditos desenvolvidos que procuram exportar o seu lixo tóxico para os países com mais baixo nível de desenvolvimento. Agora, foram quase 100 os contentores, com centenas de toneladas de lixo tóxico (fraldas, preservativos, seringas e pilhas), vindos do Reino Unido e descobertos nos portos brasileiros de Santos e Rio Grande. Apesar das investigações ministeriais, prossegue o negócio sujo de quem, nos “países ricos”, não quer assumir o tratamento dos seus próprios lixos, com comerciantes sem escrúpulos e ávidos de dinheiro dos “países menos desenvolvidos”.


Balanço de uma festa espectacular e chauvinista

Manuel Vaz — 21 Julho 2009

fete-nacionale-johnny-sarko-bis-72dpi.jpg14 de Julho é o dia da festa nacional em França comemorativa da tomada da Bastilha, início do processo revolucionário que conduziria à queda da monarquia absoluta em 1789. Hoje, a burguesia rodeia o acontecimento de festejos espectaculares, demagógicos e chauvinistas com o intuito de seduzir as multidões.
Segundo os números da polícia, que neste caso pratica a inflação – e exactamente o contrário quando se trata de manifestações hostis ao governo – as multidões afluíram por toda a parte onde o Estado lhes proporcionou encontro.


O antiterrorista

20 Julho 2009

António Nunes, presidente da Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) acaba de obter um Mestrado com 18 valores na Universidade Nova de Lisboa. Talvez a tese que defendeu – subordinada ao tema “Terrorismo, novos terrorismos e segurança interna em Portugal” – ajude a explicar a sanha repressiva com que a ASAE muita vez actuou. Na dissertação, António Nunes contou com um júri onde participaram conhecidas figuras da direita portuguesa ligadas aos serviços de informações: Jorge Bacelar Gouveia, presidente do Observatório de Segurança, Crime Organizado e Terrorismo, José Manuel Anes, especialista em terrorismo islâmico e Heitor Romana, director de formação do SIS.


Se eles não confiam…

19 Julho 2009

Lopes da Mota, magistrado e presidente da Eurojust, é fortemente suspeito de ter exercido pressões sobre outros magistrados para que arquivassem o processo do caso Freeport. O presidente da Eurojust veio agora levantar um incidente de suspeição, exigindo o afastamento do magistrado Vítor Silva, que dirige o processo disciplinar que então lhe foi instaurado. Diz aí Lopes da Mota que o magistrado Vítor Silva “não é imparcial”. Quando eles não confiam uns nos outros, isto é, na justiça praticada em Portugal, o que há-de pensar o simples cidadão?


Porque se justifica um boicote académico a Israel

Rachel Giora / MV — 18 Julho 2009

boicotisrael_72dpi.jpgRachel Giora, destacada feminista israelita e professora de Linguística na Universidade de Telavive, apela ao boicote contra Israel numa carta, divulgada em final de Maio pelo colectivo “Jewish Peace News”, em que apoia os esforços desenvolvidos pelo Comité Britânico para as Universidades da Palestina. Na sua mensagem, refere alguns dos êxitos do movimento de boicote até à data e explica porque se justifica um boicote académico. Publicamos um resumo das principais passagens.


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