Tópico: Efeméride

Assalto ao quartel de Beja faz 50 anos

9 Janeiro 2012

O Movimento Cívico Não Apaguem a Memória, vai comemorar o 50.º aniversário do assalto ao quartel de Beja – acção ocorrida em 1 de Janeiro de 1962 e inserida num plano para o derrube do regime fascista. Realizar-se-á uma sessão aberta ao público na Biblioteca Museu República e Resistência, na Rua Alberto de Sousa,10 A, em Lisboa, com início às 15h horas, no próximo dia 14 de Janeiro. Serão oradores o coronel Matos Gomes e os historiadores António Louçã e Irene Pimentel, contando-se ainda com a presença de alguns dos participantes naquela acção.


O que faz falta

23 Fevereiro 2011

Em 23 de Fevereiro de 1987 morreu, com 57 anos, o grande Zeca Afonso. Nestes tempos tristes e difíceis das derrotas cinzentas de Outono, faz falta o Zeca para cantar as vitórias que hão-de vir com a Primavera alegre de todas as cores. FB


Fuga de Peniche, há 50 anos

4 Janeiro 2010

Em 3 de Janeiro de 1960, dez presos políticos, entre eles, Álvaro Cunhal, Carlos Costa, Francisco Martins Rodrigues e Jaime Serra, levaram a cabo uma espectacular fuga do Forte de Peniche. O salazarismo e a PIDE sofriam uma pesada derrota: dez destacados militantes comunistas iam continuar cá fora a luta contra a ditadura. Quando muitos procuram branquear os crimes do fascismo, é importante hoje reafirmar a vitória de então. Mas é de assinalar também que o percurso político dos fugitivos não seria o mesmo para todos eles. Francisco Rodrigues demarcar-se-ia da linha dominante no PCP, vincando o sentido de classe, proletário e anticapitalista, da luta contra o fascismo e a guerra colonial.


Nada a comemorar

Manuel Raposo — 29 Dezembro 2009

muroberlim_web.jpgComo Afonso Gonçalves assinala no artigo Berlim em 2009 (publicado em baixo), foi triste a festa com que a burguesia de todo o mundo pretendeu comemorar os vinte anos do derrube do muro. Retomo o tema reforçando a ideia de que a crise do capitalismo esvaziou a festa de qualquer sentido; e dizendo que, em toda esta história, o muro foi uma mera medida defensiva de um regime decadente, sujeito a uma ofensiva sistemática das potências capitalistas.


Berlim em 2009

Afonso Gonçalves — 28 Dezembro 2009

muroberlim2_web.jpgFoi com festejos e alguma pompa que a burguesia de todo o mundo ocidental, acompanhada pela Rússia e restantes países da ex-URSS, comemoraram os vinte anos do derrube do Muro de Berlim. Em contrapartida os saudosistas da URSS viram nisso um lamentável acto de propaganda do imperialismo.
A festa, no seu balanço final, foi triste e um retumbante fiasco porque, entretanto, decorreram vinte anos cujas expectativas de melhores condições de vida trazidas pela conquista da democracia se transformaram numa enorme desilusão para os cidadãos dos países do leste europeu.


A luta nacional dos ferroviários de 1969

PG / sobre uma exposição de Carlos Domingos — 20 Novembro 2009

comboio_web.jpgEm 28 de Outubro passado, decorreu na Câmara Municipal de Lisboa uma sessão comemorativa dos 40 anos da grande luta nacional dos ferroviários, travada em plena era marcelista. Carlos Domingos fez uma palestra em que relatou os acontecimentos da época, mostrando os processos de organização postos em prática, a união conseguida entre os trabalhadores e a vitória conseguida apesar das difíceis condições políticas da altura. É a sua exposição que aqui resumimos.


José Afonso

Pedro Goulart — 14 Agosto 2009

zecaafonso_web.jpgNa passagem dos 80 anos do nascimento de José Afonso (2 de Agosto de 1929) queremos relembrar o músico – grande compositor e intérprete – que nos deixou obras tão belas, generosas e combativas, que hoje permanecem vivas como arte e símbolo da resistência ao fascismo. Das quais destacamos: Os Vampiros, Grândola Vila Morena, A Morte Saiu à Rua, Venham mais Cinco, Utopia, Coro dos Tribunais ou Galinhas do Mato. Mas queremos, sobretudo, salientar a acção do resistente e do homem solidário.


Maio de 68

João Bernardo — 19 Maio 2008

mai68_1.jpgUns jovens interessantes, embora um tanto ou quanto estouvados, erguendo barricadas e lançando pedras à polícia em nome de ideias generosas mas completamente impraticáveis − eis como o Maio de 1968 tem sido frequentemente apresentado na avalanche de artigos e conferências que celebram os quarenta anos passados sobre o acontecimento. Muitos comentadores simpatizam com esse movimento na medida em que o consideram utópico e, portanto, inofensivo. Simpatizam mais ainda quando só vêem estudantes envolvidos, cujos protestos e desordens não punham directamente em perigo a base económica do sistema. Mas Maio de 68 não foi um movimento utópico, foi um movimento derrotado, o que é muito diferente; e mesmo durante a fase inicial, restrita ao meio estudantil, a questão da exploração dos trabalhadores foi determinante.


A via aberta da revolução soviética

M. Raposo — 6 Novembro 2007

fig08_72dpi.jpgDe propósito ou não, os 90 anos que correm em 7 de Novembro sobre a revolução soviética ficam oficialmente assinalados entre nós não pela evocação dos feitos revolucionários de 1917 que puseram fim à Rússia imperial, mas pelos próprios feitos imperiais, recuperados como imagem da Rússia de hoje. Uma exposição, que Putin inaugurou em Lisboa no final de Outubro, de obras do Museu Hermitage (de S. Petersburgo, ex-Leninegrado) evoca a Rússia imperial de Catarina II e de Pedro, o Grande. Não admira.


A chama da revolução

João Bernardo —

Em Setembro deste ano passei uma semana em São Petersburgo, a antiga Leninegrado. Entre o Rio Neva e as traseiras do Museu Russo, nas proximidades do Museu do Hermitage, existe um vasto parque. A primeira vez que o atravessei era de manhã cedo. Eu queria estar à porta do Museu Russo antes da hora de abertura, para ser dos primeiros a entrar. A meio do parque havia uma grande chama, quase rente ao chão, saindo de um plinto baixo, de pedra, e ladeada por quatro bandeiras vermelhas.


< Mais recentes Página 5 de 5