“Controlar” ou impulsionar o protesto social?

Urbano de Campos — 8 Dezembro 2011

grevegeral24nov.jpgO foco dos comentários sobre a greve geral do passado dia 24 incidiu sobre a pequena desordem nas escadas da Assembleia da República e a pancadaria que agentes policiais à paisana deram em manifestantes isolados. Esta violência é um sinal do que o poder é capaz de fazer para se defender dos protestos sociais e merece ser vista a essa luz. Mas mais importante que esses episódios foi o colete de forças em que os diversos representantes do poder tentaram meter os acontecimentos, antes e depois do dia 24, no sentido de encaixar a greve geral nos limites que eles acham aceitáveis quer para o movimento sindical quer para o protesto social em geral.


Em apoio de Jorge dos Santos

7 Dezembro 2011

Depois de uma primeira batalha ganha, com a decisão de um tribunal de Lisboa de não o extraditar para os EUA, Jorge dos Santos (George Wright) terá de passar por segunda prova, uma vez que as autoridade norte-americanas recorreram da decisão. Na próxima 6.ª feira, 9 de Dezembro, na livraria Ler Devagar / Lx Factory, em Lisboa, realiza-se um acto de solidariedade, promovido pela Plataforma Guetto, com a finalidade de divulgar a causa e a situação de Jorge dos Santos e angariar fundos para pagar as despesas legais. Haverá um concerto com diversos participantes e um debate a partir das 21h30 com Ana Benavente, António Pedro Dores (ACED) e um membro do Colectivo Mumia Abu-Jamal.


Dito

4 Dezembro 2011

O objectivo dos bancos é facilitar os negócios, e tudo o que facilita os negócios favorece a especulação. J.W.Gilbart, banqueiro (1794-1863)


As provocações no dia da greve geral

Portugal Uncut / MV — 4 Dezembro 2011

oinfiltrado_72.jpgO blogue Portugal Uncut publicou um relato das agressões e das detenções de que foram alvo alguns manifestantes que participaram no desfile realizado em Lisboa, no dia da greve geral, junto à Assembleia da República. O testemunho, prestado por pessoas que presenciaram os acontecimentos, revelam a presença de agentes policiais provocadores e desmentem as versões oficiais postas a correr pela policia e pelo ministro da Administração Interna. Publicamos a denúncia feita pelo referido blogue.


Emergência social

29 Novembro 2011

O plano (tão cinicamente) chamado de Emergência Social não é para combater a pobreza mas sim para a institucionalizar através da caridade e do assistencialismo hipócrita. FB


De bandeja

25 Novembro 2011

Depois da entrega em bandeja do BPN ao BIC por 40 milhões (custou mais de 4 mil milhões!) seguiu-se a venda da Groundforce da TAP à belga Aviapartner por 3 milhões (que tinha custado 30 milhões). Enquanto o governo anda a vender Portugal aos bocados quase a custo zero, as pequenas empresas, que empregam 80% dos trabalhadores, agonizam sem financiamento bancário e acossadas pelo terrorismo fiscal. FB


Um bobo no Ministério da Economia

Pedro Goulart — 25 Novembro 2011

alvaro_santos_pereira_.jpgNo quadro do debate do Orçamento do Estado para 2012, Álvaro dos Santos Pereira declarou na Assembleia da República, como as televisões, rádios e jornais do regime amplamente confirmaram, que “2012 irá certamente marcar o fim da crise. Será o ano da retoma para o crescimento gradual em 2013 e 2014”. Fez esta afirmação, apesar de já terem sido conhecidas na semana anterior as projecções da Comissão Europeia para a economia portuguesa, que indicam uma recessão de 3 por cento e uma taxa de desemprego de 13,6 por cento, em 2012. Contudo, quatro horas depois, o ministro da Economia de Passos Coelho, recuava, afirmando: “não anunciei o fim da crise. O que disse é que 2012 será o princípio do fim da crise”.


Para mudar de rumo

23 Novembro 2011

A crise do capitalismo assola a Europa e o mundo. Os trabalhadores europeus são os nossos primeiros aliados. Solidariedade e apoio são indispensáveis para reforçar a luta comum. Foi o que os comunistas gregos disseram ao colocar no alto da Acrópole a exortação “Povos da Europa, levantem-se!” Não foi só um pedido de ajuda, foi um apelo à união europeia dos trabalhadores. Cabe aos trabalhadores portugueses corresponder à chamada.

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Para mudar de rumo

22 Novembro 2011

Resistir ao aumento da exploração significa atacar os ganhos do capital; não há terceira via. O capital só sabe combater a crise aumentando a exploração. O trabalho terá de reagir da única maneira eficaz: reclamando medidas que empurrem os custos para cima do capital. Só assim o movimento de resistência acumulará força para travar a ofensiva do poder.

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Para mudar de rumo

21 Novembro 2011

O patronato quer reduzir os assalariados à condição de pobres sem direitos. Esta política precisa de resposta à altura: uma resposta anticapitalista. À cabeça da resistência têm de estar os mais sacrificados – o operariado e os demais trabalhadores assalariados. É essa a primeira condição para que o movimento de protesto não se limite a pedir benevolência ao governo e ao patronato, coisa a que eles serão surdos enquanto não se sentirem em perigo.

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