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Contra a violência policial racista. Concentração em Lisboa, hoje, dia 12, às 17h, Assembleia da República
12 Fevereiro 2015
Num comunicado divulgado ontem, dia 11, o SOSRacismo denuncia as recentes agressões da polícia a moradores da Cova da Moura, apontando-as como actos com motivações racistas, e apela a uma concentração contra a violência policial. Publicamos na íntegra o texto do comunicado.
“A violência policial nos bairros periféricos da Área Metropolitana de Lisboa é sistémica. Muitos já o sabem, outros teimam em não admiti-lo.
Tal como acontece sempre que a polícia exerce violência física e simbólica nos bairros, a maior parte dos meios de comunicação social, através de um circo mediático metodicamente montado pela narrativa oficial das forças policiais, anuncia, grosso modo, que a polícia foi “obrigada a intervir”. E mais uma vez, como é prática corrente para não dizer quotidiana nos bairros em geral e, na da Cova Moura em especial.
Em apoio do povo grego
11 Fevereiro 2015
Convocadas através das redes sociais, vão realizar-se vigílias e concentrações de apoio ao povo grego, hoje e domingo que vem, em vários pontos do país.
Hoje 11 Fevereiro
Lisboa, 18h, Centro Jean Monet
Porto, 18h, Praça Carlos Alberto
Coimbra, 17h30, Praça 8 de Maio
Domingo 15 de Fevereiro
Lisboa, 15h, Largo Camões
Porto, 15h30, Praça da Batalha
Braga, 15h30, Arcada
Faro, 14h30, Consulado da Alemanha
Portimão, 15h30, CM Portimão
Repressão violenta na Cova da Moura
7 Fevereiro 2015
A violência policial voltou, uma vez mais, a um dos bairros populares onde se verifica um autêntico apartheid. Segundo várias testemunhas, os incidentes começaram com a detenção e brutal espancamento de um jovem. Face aos protestos populares, a polícia respondeu com balas de borracha, ferindo, entre outros, uma mulher de 35 anos, que foi atingida por disparos da PSP quando se encontrava na varanda da sua casa. A polícia admite ter disparado “tiros para o ar” quando tentava deter um rapaz.
Na sequência dos incidentes, um grupo de jovens negros, da Associação Moinho da Juventude, deslocou-se à Esquadra da PSP de Alfragide para apresentar queixa. Os jovens foram detidos e violentamente espancados. Cinco ficaram a aguardar julgamento sob a acusação de “invasão à esquadra”.
Terror artesanal vs terror industrial
Manuel Raposo — 29 Janeiro 2015
A onda de condenação do “terror islâmico” lançada pelos governos da UE e dos EUA atinge proporções de histeria. E a coberto disso são tomadas medidas de reforço da vigilância policial com evidentes efeitos imediatos sobre a liberdade de movimento dos cidadãos.
Em França, na sequência dos ataques em Paris, o governo decidiu contratar mais 2680 agentes para os serviços secretos, de segurança e de justiça e gastar com isso mais de 730 milhões de euros nos próximos três anos. Também a redução dos efectivos militares sofre uma travagem. Anuncia-se que mais de 3 mil pessoas “suspeitas” de jihadismo serão alvo de vigilância. Recentemente, uma criança árabe de 8 anos foi interrogada numa esquadra de polícia em Nice acusada de “apologia do terrorismo” depois de ter dito na escola que estava do lado dos homens que atacaram a redacção do Charlie Hebdo.
Por cá, também o Sindicato Nacional da Polícia, seguindo o conselho dos colegas espanhóis, recomenda aos agentes que andem sempre armados, mesmo nas horas de folga e em férias — tudo, uma vez mais, à conta das “ameaças terroristas”.
Greve dos professores à prova de avaliação
28 Janeiro 2015
Vários sindicatos convocaram uma greve de professores e educadores a todo o serviço que seja atribuído entre 1 e 28 de Fevereiro, relacionado com a prova de avaliação de conhecimentos e capacidades (PACC). Trata-se de um protesto contra uma prova obrigatória para quem, mesmo com habilitações académicas para dar aulas, não tem vínculo efectivo, possui menos de cinco anos de serviço e quer candidatar-se a um lugar na educação pré-escolar ou nos ensinos básico e secundário.
Ainda Charlie Hebdo
A causa das coisas num mundo à beira do caos
José Borralho — 27 Janeiro 2015
Teria sido por acaso que os maiores carniceiros do mundo, os instigadores da violência, causadores de centenas de milhares de mortos e de muitos milhões de refugiados que deambulam pelo Médio Oriente como vítimas de uma tragédia de dimensões universais (iraquianos, líbios, sírios, palestinianos, malianos, etíopes e outros) — teria sido por acaso, pergunto, que os fautores da guerra tivessem encabeçado a manifestação de Paris em “defesa da liberdade de expressão” e de condenação ao acto terrorista que vitimou doze pessoas? Claro que não foi por acaso!
Editorial
Novos donos
26 Janeiro 2015
A afirmação de Passos Coelho de que “os donos do país” estão a desaparecer, significando ele com isso os grandes grupos nacionais apoiados pelo Estado, tem de se entender como uma confissão. Passos Coelho assume, com efeito, o seu papel de agente do capital internacional para o efeito de “libertar” o capital português das suas âncoras nacionais e o levar a fundir-se por inteiro nos grandes grupos espanhóis, europeus ou mundiais. Retirar-lhe o apoio estatal é uma peça dessa manobra, como manda a UE.
É a isso que o primeiro-ministro chama “uma economia mais aberta”. E foi por desempenhar plenamente esse papel, escudado nos interesses maiores do capital europeu, que Passos Coelho, por exemplo, rejeitou os apelos de financiamento estatal por parte do grupo GES-BES — não por bravura política própria ou por pena dos contribuintes.
Lutas dos moradores, lançamento de livro
23 Janeiro 2015
No dia 30 de Janeiro, pelas 18h30m, no Bar A Barraca, Jardim de Santos, é apresentado o livro Sem Mestres, nem Chefes, o Povo Tomou a Rua. Trata-se de um livro sobre as lutas dos moradores no pós-25 de Abril de 1974, da autoria de José Hipólito dos Santos, militante político-social de pendor libertário e bom conhecedor deste tipo de problemas. Edição da Letra Livre.
Ver as origens políticas dos atentados de Paris
Manuel Raposo — 22 Janeiro 2015
“Loucos”, “fanáticos”, etc. são os nomes mais comuns dados aos autores dos atentados de Paris pelos governos europeus, seguidos por grande parte da opinião pública. A “irracionalidade” seria portanto a marca da acção destes “extremistas” que não teriam outro objectivo senão destruir a “civilização ocidental”, pelo ódio que os mobilizaria contra a liberdade e a democracia.
Na verdade, este é o caminho mais curto para evitar a pergunta crucial: quais são as motivações políticas dos atentados?
É esta a questão a que os poderes da Europa querem fugir, porque admitir que haja motivações políticas na origem dos atentados será abrir a porta para julgar o comportamento da União Europeia (bem como dos EUA) em relação ao mundo árabe e muçulmano.
País Basco: sindicatos de classe contra a repressão
22 Janeiro 2015
Vários sindicatos de Espanha divulgaram, em 13 de Janeiro, um abaixo assinado repudiando a detenção de 16 pessoas, entre as quais se encontram vários advogados, assim como a busca a sedes como a do sindicato LAB (*), que se verificaram no País Basco. Afirmam os subscritores: “todas estas actuações pretendem criar um clima de medo e de insegurança e criminalizar pessoas e organizações bascas, como o sindicato LAB, num momento de grande mobilização do povo basco”. E, acrescentam, “não foi por acaso que a operação tenha tido lugar um dia depois da manifestação massiva que se realizou para exigir o respeito pelos direitos humanos dos presos e presas e para a resolução do conflito pela via democrática e do diálogo”.
