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Balanço
13 Fevereiro 2011
O balanço sobre a economia capitalista em 2010 mostra que vivemos a maior crise e recessão capitalista dos últimos 80 anos. A contradição trabalho/capital existe e agudiza-se. A dicotomia esquerda/direita também. A luta de classes e a revolução não morreram. A História não acabou… O marxismo nunca esteve tão vivo, dinâmico, actual e alternativo ao capitalismo como hoje. FB
O mundo a mudar
12 Fevereiro 2011
Finalmente, caiu o ditador Hosni Mubarak, apoiado pelos EUA e Israel! A África do Norte, o Médio Oriente e o mundo estão a mudar… FB
Mubarak caiu!
11 Fevereiro 2011
O vice-presidente egípcio acaba de anunciar que Hosni Mubarak resignou do cargo de presidente, entregando o poder ao Conselho Superior das Forças Armadas. Escassas 12 horas depois de ter dito que ficava, Mubarak cedeu ante a pressão dos manifestantes. A greve geral desencadeada nos últimos dias pela massa trabalhadora em todo o país, o alastramento da revolta, o cerco ao palácio presidencial, ao parlamento e à TV estatal, o assalto a esquadras de polícia mostraram a decisão de combate por parte dos manifestantes e empurraram Mubarak para a única saída que tinha.
Os festejos explodiram de imediato em todo o país. O regime, porém, ainda não caiu. De momento, nem sequer foi levantado o estado de excepção que vigora há 30 anos. As forças armadas, pagas a peso de ouro pelos EUA (1 500 milhões de dólares por ano), foram quem sempre deteve o poder. E o agora vice-presidente, Omar Suleiman, chefe da polícia política, é apontado como “o homem da CIA no Cairo” e como torturador, e tem sido o agente de contacto entre o regime egípcio e os governos israelitas.
O derrube de Mubarak é um começo de vitória. Vamos a ver qual vai ser a reacção nas ruas.
Mudança de tom
11 Fevereiro 2011
No início da revolta no Egipto, Hillary Clinton recomendou a Mubarak que “não tivesse pressa em aplicar medidas duras” contra os protestos, o que foi uma forma de apoiar Mubarak. Os acontecimentos forçaram os EUA a mudar de tom: há duas semanas repetem a ideia de uma “transição ordeira”, o que ainda não é desapoiar o regime egípcio. Interpretando a mensagem a seu jeito, Mubarak diz que não sai por se achar a peça-chave da “transição ordeira”. Apesar de não coincidirem nos termos, ambos convergem nisto: tudo menos deixar o poder cair na rua. Lembra a portuguesa “evolução na continuidade” tentada por Marcelo Caetano. A acção das massas mostra o terreno estreito em que se move o poder burguês.
“Não pagamos a crise deles”
Trabalhadores da INCM paralisam e apelam a uma greve geral do sector público
Urbano de Campos — 11 Fevereiro 2011
Os 700 trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (cerca de 600 dos quais nas instalações de Lisboa) fazem greve hoje, dia 11, em reacção contra os cortes salariais, à semelhança de trabalhadores de outros sectores, nomeadamente os dos transportes.
Em comunicado, a Comissão de Trabalhadores da INCM não apenas explica as razões da luta como lança um apelo para o endurecimento dos protestos, avançando a ideia de uma greve geral que una os trabalhadores do sector empresarial do Estado e da Administração Pública Central e Local.
Egipto: a luta continua
9 Fevereiro 2011
Após duas semanas do começo do levantamento popular contra o regime de Mubarak, centenas de milhares de pessoas voltaram a sair ontem (dia 8 de Fevereiro) à rua em diversas cidades egípcias. E, apesar das dificuldades que o exército tentou impor àqueles que procuravam chegar à praça Tahrir, verificou-se uma das maiores manifestações realizadas até agora nesta praça. Conseguiram mesmo impedir que o actual primeiro-ministro, Ahmad Shafik, chegasse ao gabinete. Poucos acreditam que das “negociações” propostas pelo regime resulte alguma coisa positiva e, assim, estão marcadas três manifestações semanais até que o actual regime caia.
Semana de luta nos transportes
Pedro Goulart — 7 Fevereiro 2011
Trabalhadores dos transportes públicos e das transportadoras privadas iniciaram greves no dia 7 de Fevereiro, em protesto contra os cortes e os congelamentos salariais no sector. Mas, também, face à generalizada ofensiva levada a cabo pelo estado e pelo capital contra os seus direitos económicos e sociais.
Auto-definição
4 Fevereiro 2011
Um voto de apoio ao povo egípcio, proposto pelo Bloco de Esquerda, foi chumbado hoje no parlamento com votos contra do PS e PSD e abstenção do CDS. Não admira, mas vale a pena ouvir as justificações. PS: “o voto do BE é oportunista” – mas o que fica à vista é o oportunismo do PS ao não tomar posição contra uma ditadura por ser aliada da UE e dos EUA. PSD: “ainda não se sabe o desenlace” – ou seja, é preciso ver se Mubarak cai mesmo, e não seremos nós a descalçá-lo. CDS: “há perigo de infiltrações islamistas” (antes diriam “comunistas”) – portanto, na incerteza, Mubarak dá mais garantias. Berlusconi foi mais claro: disse que Mubarak é homem avisado e merece continuar. Há momentos reveladores.
EUA: pelo fim da ajuda a Mubarak
3 Fevereiro 2011
No dia 5, uma marcha sobre a Casa Branca (Washington) vai exigir o fim da ajuda dos EUA ao regime de Mubarak. A acção responde a um pedido de solidariedade dos manifestantes egípcios. A convocatória da coligação ANSWER refere que os manifestantes da Praça Tahrir, brutalmente atacados por jagunços e polícias a mando de Mubarak, fizeram chegar aos EUA pedidos para que seja exigido a Obama o fim imediato do apoio que presta à ditadura. O Egipto é o segundo destinatário “de ajuda externa” dos EUA, 2 mil milhões de dólares por ano, logo a seguir a Israel. Esta “assistência” é usada para comprar as armas que matam os egípcios que se manifestam e para impor o cerco que mata os palestinos de Gaza.
Egipto: dois comentários
3 Fevereiro 2011
36 anos depois, o 25 de Abril chega ao Próximo Oriente, mas em força! Há muito a esperar, creio, sobretudo se a Argélia entrar na dança. MV
Estou solidário com a acção (de apoio à luta do povo egípcio). Parece-me que este vento revolucionário que varre o norte de África é um acontecimento bastante importante e que exige que se faça um colóquio em torno dele. ZM
