Arquivo: Dezembro 2015

Banif: melhor solução, para quem?

Pedro Goulart — 28 Dezembro 2015

banifSegundo o Tribunal de Contas, “entre 2008 e 2014 foram concedidos apoios públicos ao sector financeiro, cujos fluxos líquidos atingiram no final deste período 11.822 milhões de euros negativos” (6,8% do PIB de 2014). Juntando a este total os mais de 3.000 milhões euros, agora reservados para a “resolução” do Banif, é de prever que, no período posterior a 2008, os gastos do estado português para salvar bancos venham a ultrapassar um montante de 15.000 milhões de euros.


Activistas pró-Palestina interrompem concerto do Jerusalem Quartet na Gulbenkian

Comunicado de imprensa do Comité de Solidariedade com a Palestina
 — 17 Dezembro 2015

IsraelPalestina_100Activistas dos direitos humanos interromperam esta noite [16 de Dezembro] o concerto de música clássica do Jerusalem Quartet na Fundação Gulbenkian em protesto contra a associação do grupo israelita com o exército de Israel.
O concerto decorria quando da plateia se levantou um grupo de pessoas gritando palavras de ordem contra os crimes de guerra israelitas. Quando eram levadas para fora da sala pelos seguranças, ainda lançaram para o ar panfletos explicando a razão do seu acto. Passados uns minutos, a cena repetiu-se com um segundo grupo que conseguiu fazer parar os músicos quando gritava “boicote Israel, Palestina vencerá”.


Os conselhos de Luís Amado

13 Dezembro 2015

Luís Amado, presidente do Conselho de Administração do Banif e auferindo de um chorudo salário, tem sido pródigo em declarações e conselhos sobre a melhor forma de governar Portugal. Veio agora, mais uma vez, insurgir-se contra aqueles que defendem a ruptura com a chamada austeridade, que tem infernizado a vida dos trabalhadores e do povo. Contra o fim da austeridade, certamente para poupar dinheiro e entregá-lo aos Bancos a fim de lhes tapar os buracos. Ora, o Banif deve muito dinheiro ao estado português e, como é do conhecimento público, provavelmente será mais um caso (a somar ao BPN e ao BES) que os portugueses vão ter de pagar. Como são repugnantes os conselhos de Luís Amado e de outros conselheiros do mesmo jaez que por aí pululam!


Porque quer António Costa cumprir com os 3 por cento?

António Louçã — 7 Dezembro 2015

PPP_PPC_MLAQue o PS assinou o memorando de entendimento e quer continuar a representar a rábula do bom aluno, já se sabia. Que Centeno vai a Bruxelas demonstrar a sua capacidade para continuar a fazer todos os trabalhinhos de casa, também não é novidade.
O que é novo — e não havia necessidade — é fazer os seus próprios trabalhinhos de marrão e sentir-se também obrigado a fazer os deveres do cábula apanhado em falso. Ora, Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque foram apanhados pela UTAO — em falso, a cabular. Depois de tanta conversa sobre “cofres cheios” e “almofadas protectoras”, depois de tantas promessas eleitoralistas sobre devolução da sobretaxa, descobre-se que afinal as contas estão armadilhadas e “muito dificilmente” se cumprirá os tais 3 por cento do défice.