Tópicos
- Aos Leitores (20)
- Breves (968)
- Cartas (44)
- Cultura (42)
- Economia (154)
- Editorial (76)
- Efeméride (50)
- Liberdades (508)
- Mundo (884)
- País (1365)
- Política (1364)
- Sociedade (253)
- Trabalho (446)
- Tribuna (15)
- Ver-Ouvir-Ler (37)
Links
Número de consultas:
(desde 7 Outubro 2007)
Última actualização do site:
6 Maio 2025
Arquivo: Julho 2008
Tudo em regra
11 Julho 2008
Onze soldados paquistaneses foram mortos em 10 de Junho num ataque aéreo norte-americano na fronteira com o Afeganistão quando as forças dos EUA procuravam atacar guerrilheiros talibãs. Aos protestos do governo paquistanês o chefe do estado-maior norte-americano respondeu que o ataque “respeitou todas as regras”.
Quem deve, teme
O Corpo de Intervenção da polícia tem 70 elementos destacados em permanência para vigiar as embaixadas dos EUA e do Reino Unido em Lisboa, um sexto dos efectivos da capital. A decisão de atribuir a missão ao CI e não à Divisão de Segurança, como seria normal, foi tomada em 2001 e teve obviamente natureza política.
Agora, o BNP…
Gestão danosa, viciação das contas, transferência de perdas para offshores, etc., são alguns factos que a Operação Furacão investiga no Banco Português de Negócios e que o colocam à beira da insolvência. A Sociedade Lusa de Negócios, a mesma que foi bafejada com o Siresp, detém o BPN e está a tratar de remendar a situação. (Ver artigo “Negócios em família”)
A ementa da fome
10 Julho 2008
No Japão, a reunião deste ano dos oito países mais ricos do mundo teve como tema central a crise alimentar e a fome. Mas o tema não teve qualquer influência nos almoços e jantares dos chefes de governo que ali se encontraram. Uma média de 24 pratos diferentes, vinhos a 70 euros a garrafa, 25 dos melhores chefes de cozinha do Japão e do mundo, um custo médio de 300 euros por refeição/pessoa. Levantam-se vozes de protesto, fala-se de hipocrisia. Mas onde está o problema? Os líderes do capitalismo limitaram-se a confirmar o que já mostrámos no MV nº 9, que não há falta de alimentos, desde que haja dinheiro para os comprar.
Duas no cravo, uma na ferradura
O grupo Luta Socialista, que integra o Bloco de Esquerda, demarcou-se de uma resolução política da Mesa Nacional, classificando-a de “superficial e politicamente inócua”. O LS critica o texto por omitir a manifestação de 5 de Junho e as paralisações das pescas e dos transportes rodoviários. Mas, logo a seguir a esta crítica pela esquerda – e perfilhando a mesma lógica de aproximação ao PS – ataca o documento pela direita por este não dar relevo ao comício do Teatro da Trindade, que o LS considera “o acontecimento mais relevante para a recomposição da esquerda anti-neoliberalismo desde a fundação do BE”. Nem mais nem menos.
Anticapitalismo na gaveta
Na interpelação a Sócrates no debate parlamentar desta quinta-feira, defendendo um imposto sobre os lucros especulativos das petroleiras, Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, afirmou: “Evidentemente que estamos a falar de lucros especulativos. Não estamos a falar de lucros normais, que são aceitáveis”. Ficamos a saber que, ao mesmo tempo que diz defender uma sociedade socialista (onde os lucros serão socializados), o PCP acha que os lucros “normais” do capital são aceitáveis. (Ver neste site artigo “Não gosto que nos chamem ladrões”)
«Não gosto que nos chamem ladrões»
João Bernardo —
Em Junho de 2008, segundo a Direcção Geral de Energia do Ministério da Economia, o preço sem impostos da gasolina e do gasóleo em Portugal era superior ao preço médio no núcleo de 15 países da União Europeia (anterior ao alargamento de Maio de 2004). Em relação à gasolina era superior em 0,6% e, relativamente ao gasóleo, era superior em 1,9%. Como estas médias ocultam variações consideráveis, é útil saber que em relação à Alemanha, Áustria, Finlândia, França, Irlanda, Reino Unido e Suécia, o preço da gasolina sem impostos em Portugal era superior entre 1,4% (Finlândia) e 16,9% (Irlanda), sendo superior ao da Alemanha e Suécia sem impostos em mais de 7%. Quanto ao gasóleo, e relativamente à Alemanha, Áustria, Finlândia, França, Irlanda, Inglaterra e Suécia, o preço sem impostos em Portugal era superior entre 2% (França) e 21,1% (Irlanda), sendo superior ao preço sem impostos da Finlândia e Inglaterra em mais de 7%.
Estado social e assistência pública
Pedro Goulart — 8 Julho 2008
A existência actual e oficial de mais de 430 mil desempregados (embora a realidade seja bastante mais grave do que os números oficiais) conduz-nos a uma série de interrogações. Como é que a estes 430 mil desempregados correspondem apenas 250 mil subsídios de desemprego (números também oficiais, referentes ao primeiro trimestre de 2008)? E às outras quase duas centenas de milhar de desempregados, o que lhes acontece? Dão-lhes dinheiro para montarem uma empresa? Dão-lhes o Rendimento Social de Inserção? Dão-lhes a Remuneração Mínima Garantida? Ou, simplesmente, sugerem-lhes que vão roubar?
Encontro de precários em Lisboa
Realiza-se ao longo da tarde do próximo domingo, dia 13 de Julho, no Teatro da Comuna em Lisboa (Praça de Espanha), um encontro de trabalhadores precários por iniciativa dos Precários Inflexíveis. Participam também elementos do grupo anti-recibos verdes FERVE. A precarização das relações de trabalho, que está no centro da crise social do mundo capitalista, será debatida à luz do recente “livro branco” do governo, a que os precários chamam “livro branqueador”. É importante participar e apoiar este movimento de luta contra a precariedade e a retirada das conquistas sociais dos trabalhadores. (ver neste site a secção Vai Acontecer)
Contra o G-8
7 Julho 2008
Como tem sido habitual todos os anos, milhares de pessoas manifestaram-se no dia 5 de Julho, em Hocaido, norte do Japão, contra a reunião do G-8 (reunião das 8 nações mais ricas do mundo), que começa dia 7 naquela cidade e se prolonga por três dias. Os manifestantes protestavam contra o agravamento da pobreza e o aumento da dependência mundial dos combustíveis fósseis. E gritavam diversas palavras de ordem como: “Somos contra o encontro das nações ricas” e “Quem deu ao G-8 o direito de organizar o mundo?” Quando os capitalistas conferenciam, que se cuidem todos os oprimidos. Porque eles estão a dirimir, provisoriamente, os seus conflitos e a prepararem a melhor forma de prosseguir a exploração dos trabalhadores e a opressão dos povos.