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Arquivo: Novembro 2008
A força dos negros num Estado cinzento
Rita Moura — 7 Novembro 2008
4 de Novembro de 2008. O dia começou chuvoso na Carolina do Norte, mas a maioria das pessoas estava confiante que o sol ia espreitar mais tarde, com os primeiros resultados das eleições presidenciais. Desde Outubro que se vivem dias interessantes nesta parte do mundo. A última vez que a Carolina do Norte votou democrata foi em 1976. Ainda no ano passado foi referido como “o estado eternamente republicano”. Mas nos últimos meses, a corrida presidencial ficou em aberto. E a força da mudança está nos negros e negras da Carolina do Norte.
A “nacionalização” do BPN
Pedro Goulart —
O governo de José Sócrates anunciou no dia 2 de Novembro, após uma reunião extraordinária do conselho de ministros, a apresentação de uma proposta à Assembleia da República com o objectivo de nacionalizar o BPN (Banco Português de Negócios). A justificação para este acto do governo centra-se na situação de falência técnica em que se encontrava o banco, com perdas acumuladas de 700 milhões de euros, na necessidade de assegurar os depósitos de alguns milhares de portugueses (incluindo as centenas de milhões de euros da Segurança Social que lá se encontram), assim como em tentar evitar a contaminação de todo o sistema financeiro.
Nova greve na Soflusa
3 Novembro 2008
A luta dos trabalhadores da Soflusa contra o processo de revisão salarial continua. Já nos inícios de Outubro se verificara uma greve semelhante. Luta que resulta do facto da administração da empresa não atender às questões colocadas pelos trabalhadores.
Desde as 5h da manhã (e até às 10h) desta segunda-feira, dia 3 de Novembro, foi iniciada uma nova greve de duas horas por cada turno, num processo de luta que se estende por três dias. A adesão esteve na ordem dos 100%, com os barcos parados e as bilheteiras encerradas. Como era prevista esta situação, a administração da empresa viu-se obrigada a disponibilizar transportes alternativos aos utentes.
Bordel-nacionalismo
António Frazão, militante do Partido Nacional Renovador, com cotas em dia, membro destacado e fundador do núcleo de Sintra é acusado de auxílio à imigração ilegal e à prática de lenocínio. Dono de quatro bordéis na zona de Lisboa, explorava 30 prostitutas, num negócio muito rentável para ele. Frazão ainda arranjou o visto de turista para duas imigrantes brasileiras que o auxiliavam no controle e no transporte das mulheres entre as várias casas. José Pinto Coelho, líder do PNR, já disse que se for considerado culpado este militante será expulso – o mesmo não aconteceu aos skinheads “defensores da pátria” condenados por assassínio, agressões, discriminação racial e posse ilegal de armas.
A JCP, o RJIES e as praxes
Diana Dionísio — 2 Novembro 2008
A Juventude Comunista Portuguesa fez um texto intitulado «RJIES – proibição das praxes», que está no seu blog e que enviou para a imprensa. Na semana passada, pelo menos nas paredes da Faculdade de Letras de Lisboa, apareceram uns cartazes impressos a tinta azul com o título Comunicado e esse mesmo texto, assinado pela JCP. Nesse texto, a proibição das praxes e o RJIES (o novo Regime Jurídico das Instituições do Ensino Superior que, sem se chamar “Regime de Privatização do Ensino”, tirou os estudantes nos órgãos de discussão e decisão das escolas e os trocou por representantes de empresas) são metidos no mesmo saco, são “a mesma coisa”, e o apelo é para que todos os estudantes (depreende-se: os que lutam contra o RJIES e os que lutam pelas praxes) se unam.
“Excessiva protecção do arguido”
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, manifestou-se preocupado com o novo Código do Processo Penal que, segundo ele, dá “uma excessiva protecção ao arguido”, esquecendo as vítimas, empatando os processos judiciais e dificultando a prisão preventiva. Já não é o primeiro neste tipo de campanha. Isto é uma chatice! Quando se vive em democracia, ou num arremedo dela, e as pessoas se põem a contestar polícias que torturam, procuradores demasiado criativos ou certas decisões de juízes que não convencem ninguém, as coisas complicam-se no aparelho judicial!