Arquivo: Setembro 2007

O 1.º de Maio

23 Setembro 2007

Sabia que… o 1º de Maio, dia internacional dos trabalhadores, comemora a luta dos operários de Chicago, em 1886, pelas 8 horas de trabalho diário?
Nesse dia começou uma greve geral nos EUA. Nos dias seguintes, em
várias manifestações, morreram dezenas de manifestantes. Três anos mais
tarde, a Internacional Socialista, reunida em Paris, adoptou o 1º de
Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores. Em 1919, o senado da
França adoptou as 8 horas e declarou esse dia feriado nacional; o mesmo
fez a Rússia soviética em 1920. Os estadunidenses continuam a não
reconhecer o 1º de Maio como dia dos trabalhadores e comemoram nessa
data, a que chamam May Day, o “dia da fidelidade à pátria”.


Onde está a origem da crise?

8 Setembro 2007

Quando uma empresa está em tão más condições que os direitos dos trabalhadores impedem a sua reestruturação e acaba tudo na falência, não é o trabalho que está a “explorar” o capital ?

Na relação do capital com o trabalho, “exploração” é uma noção precisa. Explorar significa apropriar-se de uma parte do valor produzido pela força de trabalho. No trabalho assalariado, o salário paga apenas uma parte do valor que o trabalhador produz. A diferença entre o valor do que foi produzido e o valor pago pelo capitalista em salários é uma mais-valia que o capital guarda para si. Com essa mais-valia paga as demais despesas da produção e o que sobra é o lucro. O lucro é, portanto, uma parte da mais-valia produzida pela força de trabalho. É esse lucro que faz crescer o capital. O capital vive, assim, à custa de trabalho não pago – portanto, não pode haver, por definição, exploração do capital pelo trabalho.


Poesia em verso

Pedro Goulart —

poesiaemversocor.jpgSaído agora, este livro com textos de Rui Caeiro, Afonso Cautela e Vítor Silva Tavares. Com desenhos de Luís Manuel Gaspar. Interessante.


Encontro de confraternização do Mudar de Vida

dscn0636reduz72dpijpg.jpgO primeiro encontro do MV decorreu no domingo16 de Setembro, em Montejunto, a cerca de 50 quilómetros de Lisboa. Mais de meia centena de amigos e apoiantes do MV, vindos de diferentes pontos do país, almoçaram, confraternizaram, conversaram sobre os mais diversos assuntos e trocaram ideias acerca do projecto do jornal. Foi um importante sinal de interesse e de apoio à iniciativa editorial a que metemos ombros.


Riscos, perdas e ganhos

Um empresário não deve ser premiado, pelo seu risco e iniciativa ? Sobretudo se for um trabalhador que, através do seu empreendedorismo, formou uma empresa e colocou lá todo o dinheiro que juntou com o seu trabalho e pode acabar sem nada? 

Empresário, risco, iniciativa, empreendedorismo são termos equívocos. Falemos, mais simplesmente, de alguém que possui um capital (um capitalista, portanto) e o aplica numa operação lucrativa, por exemplo uma empresa. Postas as coisas assim, pouco importa a origem social da pessoa; o mecanismo de valorização que vai pôr em marcha obedece aos mesmos princípios, seja ele filho de burgueses, seja um trabalhador que passa à condição de capitalista.


IVG ao abrigo da nova lei

7 Setembro 2007

Número de interrupções da gravidez feitas por opção das mulheres em instituições de saúde, até 20 de Agosto de 2007, ao abrigo da nova lei. Muitas destas mulheres salvaram-se de perseguições, humilhações e mutilações.

Total: 526
Região Norte: 117 (22,24%)
Região Centro: 83 (15,78%)
Região de Lisboa e Vale do Tejo: 284 (53,99%)
Região do Alentejo: 19 (3,61%)
Região do Algarve: 23 (4,37%)


Uma luta que transcende o jornalismo

Rui Pereira, jornalista —

maquinaescrever.jpgO veto pelo Presidente da República do Estatuto do Jornalista (Agosto de 2007) é o mais recente desenvolvimento da polémica que os socialistas abriram com os jornalistas, através da controversa proposta de um novo enquadramento para a profissão. Enquanto diploma legal que regula os termos em que o jornalismo é exercido, os direitos e os deveres dos seus profissionais, o Estatuto do Jornalista é um documento sensível.


85 milhões para 59 colégios privados

Enquanto encerrava centenas de escolas no Centro do país (Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu) – o que, além do desperdício de instalações, docentes e pessoal, significou um enorme prejuízo para os que só podem ter os filhos no ensino público – o Governo deu 85 milhões de euros de subsídios aos 59 colégios privados da região.


O capital agradece

As desigualades económicas e sociais voltaram de novo a aumentar em Portugal. Cerca de 25% do produto interno bruto corresponde às grandes fortunas e aos ordenados supermilionários existentes. O governo socialista está a trabalhar generosamente bem. O capitalismo observa e agradece e, obviamente, pagará também bém…!
Fernando Barão
Amadora


Blogue sobre a saúde

Caros amigos:
Tomei contacto com o vosso jornal no 1º de Maio em Lisboa. Fiquei surpreendido pela qualidade da vossa publicação e pela justeza da vossa linha. Foi uma boa surpresa. Tomo por isso a liberdade de vos enviar alguns artigos relativos à situação da saúde em Portugal de um blogue que mantenho na Internet. Podem usá-los livremente como e quando quiserem. Escrevi-os para denunciar o desmantelamento em marcha do Serviço Nacional de Saúde.


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