Arquivo: Outubro 2007

Saúde: nota negativa

22 Outubro 2007

Numa análise aos sistemas de saúde que melhor respondem às necessidades dos utentes, realizada entre 29 país europeus, Portugal ficou em 19.º lugar, muito longe dos valores obtidos pela Áustria, a Holanda e a França. Vários parâmetros foram tidos em conta, como os direitos dos utentes, o acesso directo a especialistas ou o direito a uma segunda opinião. Nota negativa também no respeitante ao tempo de espera, com 7 pontos num máximo de 15. Maus resultados ainda na mortalidade por ataque cardíaco e nos cuidados dentários prestados pelo sistema público.


18 de Outubro

manif18outubro.jpgFoi com evidente incómodo que a generalidade da comunicação social se referiu à manifestação de 18 de Outubro. Percebe-se. Não é todos os dias, em qualquer país do mundo, que 200 mil pessoas descem à rua para pôr em causa o governo. O mar de gente manchou a festa de Sócrates no Parque das Nações, dando a ver aos convidados os limites do poder de persuasão do primeiro ministro português.


Morreu Julieta Gandra

Amílcar Sequeira —

julietagandara.jpgNascida a 16 de Setembro de 1917, em Oliveira de Azeméis, foi para Angola na altura da 2ª Grande Guerra, já médica e casada com Ernesto Cochat Osório, de quem teve um filho. Nas suas deslocações ao estrangeiro, enquanto médica, serviu várias vezes de correio em acções de apoio à luta dos outros movimentos de libertação das colónias portuguesas e até à FLN da Argélia.


Pequena vila dos EUA faz frente aos mercenários da Blackwater

José Mário Branco — 20 Outubro 2007

potrero.jpgImaginem uma pequena vila de 800 habitantes – Potrero, no condado de San Diego, Califórnia – a fazer frente à maior empresa de mercenários do mundo. E a conseguir os seus objectivos. Pelo menos para já.


Euskadi “não está subordinado à Espanha”

O chefe (lehendakari) do Governo Basco, Juan José Ibarretxe, afirmou ao El País que “o Euskadi não é uma parte subordinada da Espanha” e que o povo basco, “exista ou não a ETA”, tem o direito de fazer o seu caminho, “e fá-lo-emos”. O chefe do executivo basco insiste no seu plano para consultar a população basca sobre a relação que quer ter com a Espanha, plano que foi liminarmente recusado pelo presidente do governo, José Luis Rodriguez Zapatero, segunda-feira passada, numa entrevista entre ambos no palácio de La Moncloa.


Opiniões nada científicas

James Watson, Prémio Nobel da Medicina pela co-descoberta da estrutura molecular do ADN, defende que os negros são menos inteligentes do que os brancos. Não baseou esta afirmação em qualquer dado científico. Apenas na sua experiência pessoal. Já antes defendera o direito das mulheres abortarem caso pudesse ser determinada, através de testes, a homossexualidade futura dos seus filhos. Também defendeu a existência de uma relação entre a cor de pele e o impulso sexual.


Estudantes contra a mercantilização do ensino

Hugo Bastos e Pedro Varela —

universidadesprivadas.jpgAnos 90. O governo Cavaco inicia a ofensiva contra a educação, elitizando um dos pilares do progressismo dos povos. “Um povo culto é ingovernável”, já dizia o velhaco do Salazar que também era professor. A introdução das propinas, o início da transferência do custo da educação para os alunos e as suas famílias, desencadeou então um forte movimento de protesto por parte dos estudantes.


Onda de repressão na “democrática” Nova Zelândia

José Mário Branco (com JB, Mídia Independente) — 19 Outubro 2007

novazelandia.jpgCom base numa lei “anti-terrorista”, uma grande operação da polícia neo-zelandesa prendeu 17 activistas em vários pontos do país, no passado dia 15. A acção envolveu mais de 300 agentes. Foram invadidas casas e centros sociais com mandatos de busca e de apreensão. A polícia ainda deteve cerca de 60 pessoas para interrogatório.


Bairros sociais de Almada

Meia centena de moradores manifestaram-se contra o aumento das rendas das habitações sociais para o próximo ano que dizem crescer entre 100 a 300 por cento.


Lei muito ampla

Em nome da Segurança Nacional, o presidente do EUA poderá vetar a lei aprovada na Câmara dos Representantes que visa proteger a confidencialidade das fontes de informação, por entender que é “muito ampla” e diminuiria a capacidade do Governo nas investigações de terrorismo e noutros casos federais.